O Japão, por sua vez, apresenta o esquema mais defensivo desta Copa: 4-1-5-0. Isso mesmo. Os nipônicos jogam sem um centroavante nato e seu homem mais ofensivo (Honda) é um meia de origem. Contudo, os Samurais Azuis tem seus méritos. São muito obedientes taticamente, correm bastante e marcam muito bem. E até poderiam ter tido melhor sorte, se o arqueiro Kawashima não tivesse falhado no gol rival, ou se Okazaki acertasse sua cabeçada no último minuto.
A outra partida do Grupo E apresentou um futebol totalmente oposto. Certamente a vitória da Dinamarca sobre Camarões por 2 a 1 marcou uma das melhores, se não a melhor, partida do torneio até então.
Com os veteranos Geremi, Emana e Alex Song presentes desde o início, Camarões mostrou um estilo de jogo muito mais ofensivo, do que aquele que fora apresentado na estreia. Impôs seu ritmo desde o início, atacou os dinamarqueses e foi presenteado com o tento de Eto’o, após a falha de Poulsen. Faltou, porém, maior equilíbrio. O meio-campo dos Leões Indomáveis mostrou fragilidade em sua marcação e deixou muitos espaços para os contra-ataques dos vikings, sobretudo nas costas do ala Assou-Ekoto.
A Dinamáquina também se apresentou melhor. Soube manter a tranquilidade quando esteve em desvantagem no placar. Além disso, o acerto de posicionamento da zaga (Agger e Kjaer), que não deu espaços a Eto’o e Webo, e o bom desempenho de Rommedahl foram fundamentais para a virada. Com o resultado, Camarões é o primeiro país eliminado, enquanto que a Holanda é a primeira classificada. Já a Dinamarca joga sua sorte com os japoneses e quem passar provavelmente morrerá ainda nas oitavas.
No outro jogo do dia, Austrália e Gana também maltrataram a jabulani e ficaram no 1 a 1. Melhor para os surpreendentes africanos, líderes do grupo até o momento. No jogo, um belo resumo desta Copa. Muita marcação, falha de goleiro, expulsão infantil e incompetência ofensiva.
Saindo atrás do placar, Gana deteve a bola por maior parte do tempo e sufocou os encolhidos australianos. Os Black Stars, porém, não conseguiram livrar-se da forte retranca adversária. Nem mesmo a expulsão de Kewell, no penalti que originou o gol de Gyan, fez os ganeses adiantarem sua marcação. Apesar de habilidosos, Asamoah e Ayew seguravam a bola em demasia e limitavam-se a arrematar bolas de média e longa distância.
3 comentários:
Como escrevi alguns posts abaixo, a Holanda do Sneijder ta jogando um futebolzinho bem fraco... Como sempre, destruindo antes das competições, e decepcionando na hora que precisa.
Do jogo da Australia contra Gana, achei que a expulsao do australiano foi um pouco pesada... é interpretativo mesmo, mas acho que um amarelo tava de bom tamanho... 11 contra 11 seria outro jogo
Sem contar que Gana só fez gol de pênalti até agora...
Arthur,
Concordo que a expulsão parece injusta. Mas está na regra. Evitar uma situação clara de gol é cartão vermelho. A dúvida no lance é a seguinte: Marcar a falta e expulsar o jogador ou mandar o lance seguir porque interpretou que não houve intenção. Penalty + amarelo não existe nesse caso.
Abs
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