1.7.12

A final dos opostos


Neste domingo, Espanha e Itália repetem a partida inaugural do Grupo C e enfrentam-se novamente na finalíssima da Eurocopa 2012. Se por um lado a presença espanhola, não assusta pelo fato da Fúria ter conquistado dois importantes títulos recentemente (o da Euro 2008 e o da Copa de 2010), poucos preveriam a chegada dos italianos na decisão... 

O time da Espanha permanece praticamente inalterado. Exceto pela ausência de David Villa (que lesionado, não disputa o torneio), a base que mescla os principais jogadores de Real Madrid e Barcelona é a mesma (dos onze titulares, apenas David Silva, avante do Manchester City, não atua em nenhum dos dois clubes espanhóis). Entrosamento, paciência e extrema habilidade técnica é a chave para o sucesso dos comandados de Vicente Del Bosque. Ver a seleção aurirrubra em campo, dá gosto. Bola de pé em pé, várias inversões e um ótimo volume de jogo. Até mesmo os italianos, especialistas em marcação, deverão sofrer para não deixarem os espanhóis dominar as ações da partida. 

A Itália, por sua vez, vem com um time totalmente reformulado. Após os vexames acumulados nos últimos torneios, o treinador Cesare Prandelli decidiu aposentar de vez a velha geração de Del Piero, Totti e companhia para apostarem em nomes mais jovens, como Balotelli, Marchísio e Montolivo. Entre os titulares, apenas os “vovôs” Buffon, Barzagli e Pirlo têm mais de 30 anos de idade... Outra inovação na Azzurra aparece no esquema tático. Para quem está acostumado a vê-la limitando-se a defender, atacando somente em bolas paradas, surpreender-se-á com a fluidez de seu meio-campo e a velocidade de seus contra-ataques.

Por isso, fica a dica: se você está chateado pelo fato de não poder ver nenhuma partida do Campeonato Brasileiro, delicie-se com esta final que você provavelmente não irá se arrepender... 

Ficha técnica:

Espanha vs. Itália 

Espanha: Casillas, Arbeloa, Piqué, Sergio Ramos e Alba; Busquets, Xabi Alonso e Xavi; David Silva, Fàbregas e Iniesta. Técnico: Vicente del Bosque. 

Itália: Buffon, Balzaretti, Barzagli, Bonucci e Chiellini; Pirlo, Marchisio, De Rossi e Montolivo; Cassano e Balotelli. Técnico Cesare Prandelli. 

Destaques: Xavi: É o cérebro do time de Del Bosque. Concentra a maioria das jogadas e passa a bola com muita qualidade. Pirlo: Remanescente da geração que conquistou a Copa de 2006, é o atleta que comanda o meio-campo italiano e lança bolas (paradas ou não) com perfeição. 

Por que dá Espanha? Possui um time mais experiente, que toca bola com primazia. Todos os atletas são técnicos, mesmos os zagueiros. Utiliza muito bem o fato de não possuir um centroavante mais fixo e possui um trio de ataque que se reveza e confunde a marcação adversária.

Por que dá Itália? Possui um eficiente sistema de marcação. Têm velozes atacantes que podem usufruir da lentidão zaga adversária e dos espaços deixados por seus alas. Além disso, está muito motivada, pode usufruir do “fator zebra” para empurrar o favoritismo em cima da Roja.