24.10.12

Italianos em baixa

1 a 1 - Empate heroico frente a Juventus
Dinamarqueses do Nordsjaelland comemoram gol de Beckmann
 
Ao final da terceira rodada da fase de grupos da Champions League já podemos tirar algumas conclusões. Talvez a principal delas é a de que a decadência do futebol italiano diante seus principais adversários europeus está cada vez mais evidente.

Não bastasse a decepcionante eliminação da Udinese ainda na fase eliminatória frente ao Braga, após o ex-botafoguense Maicosuel desperdiçar um pênalti batido com muita displiscência, os atuais campeão e vice do Calcio, Juventus e Milan, também não fazem campanhas convincentes. Pelo menos por hora.

Invicta na temporada, La Vecchia Signora faz uma campanha tranquila na liga local, permencendo na ponta da tabela quatro pontos a frente do vice-líder Napoli. O problema é que o time de Turim não consegue obter os mesmos resultados quando atua no torneio continental. Após três empates seguidos, conclue-se que o maior pecado da Juve é a falta de improviso. Burocrática, quando não força situações para as perigosas bolas paradas de Pirlo, limita-se a rodar a bola de um lado a outro até que apareça um atleta em condições de efetuar o chute.

Apesar de formar a base da seleção italiana e possuir uma defesa respeitável liderada pelo quarteto formado por Buffon, Chiellini, Barzagli e Marchísio, os alvinegros não conseguem manter a mesma consttância quando atacam. Talvez até seja por isso que um dos artilheiros da equipe até o momento seja o volante Vidal, com 4 tentos anotados. Nem mesmo a sombra do grandalhão Bendtner fizeram Vucinic e Giovinco melhorarem seu desempenho...

Já pelos lados de Milão, a situação é ainda pior. Ostentando apenas a décima quinta colocação na Série A, os milaneses sofrem as consequências de terem realizado uma tardia renovação em seu elenco. Sem Nesta e Thiago Silva a defesa rossonera abusa dos erros. Apesar de possuir boas peças no meio-campo que destacam-se pela virilidade como Boateng e Emanuelson, o setor ainda sente a ausência de um meia cerebral. Montolivo deveria ser este meia. Mas ainda não é.

Outro ponto discutível são as escalações de Massimiliano Allegri. Apesar do treinador ter todos os méritos por ter bancado a titularidade do jovem atacante El-Shaarawy (artilheiro da equipe na temporada com 6 gols), não dá para entender certas preferências como o inconstante Abbiati ou o inoperante Bojan Krkic. O time limita-se a contra-atacar. Não à toa Los Diávolos acumulam vexames em casa, como nas derrotas para Sampdoria e Atalanta ou no empate com o Anderlecht.

Ainda assim, confio em minha opinião e acredito que os italianos estarão na próxima fase da competição. Uma coisa, porém, é certa: se ambos desejam enfrentar os maiores esquadrões do Velho Continente em pé de igualdade muitas coisas terão que melhorar...

11.10.12

Já é

Pintou o campeão? Fluminense supera, em Salvador, 
o ascendente Bahia e abre nove pontos do vice-líder 
Anos atrás se você fosse numa balada no Rio de Janeiro a abordagem mais direta ao encontrar uma garota era simples. Bastava perguntar: Já é, ou já era? Se a moça dissesse “já era”, amigo, você poderia virar às costas e procurar outro “alvo”. Mas se a resposta fosse “já passa é”, “tu” podia comemorar. O xaveco havia dado certo... 

Brincadeiras à parte, não pensei numa alusão melhor para ilustrar o atual momento do Fluminense no Brasileirão 2012. Demonstrando um aproveitamento invejável o Tricolor das Laranjeiras aproveita-se da irregularidade de seus adversários para permanecer cada vez mais intacto na ponta da tabela.

Seguindo a máxima de que um bom time inicia-se por um bom goleiro, o Flu possui o melhor arqueiro da competição até o momento. Com valorosas defesas, Diego Cavalieri passa muita confiança a seus defensores. Comtodo respeito a corinthianos e botafoguenses, mas não dá para entender por que o arqueiro é preterido na seleção de Mano Menezes diante opções como Cássio e Jefferson. Diego é melhor que ambos.

Sem contar no outro nome esquecido pelo treinador da seleção: o centroavante Fred. Apesar de não contar com o mesmo fôlego de outrora, na época da Copa de 2002, o atual artilheiro do Campeonato Brasileiro certamente é um dos destaques da posição na atualidade, ao lado de Leandro Damião e Luís Fabiano. Experiente, alia explosão e oportunismo.

Além dos dois, o campeão brasileiro de 2010 conta com vários nomes de destaque, como o habilidoso Thiago Neves, o cerebral Deco, o vigoroso Gum ou o veloz Wellington Nem. Ótima base que, mesclada a jovens promissores como Digão, Samuel e Marcos Júnior faz dos “Guerreiros cariocas” o time a ser batido. Até mesmo atletas que andavam em baixa como Carlinhos, Jean e Leandro Euzebio melhoraram veementemente.

E convenhamos que, cá entre nós, depois da acachapante derrota do vice-líder Atlético-MG frente ao Internacional, mesmo que o Grêmio passe pelo Sport amanhã, não há como não imaginar que mediante tais circunstâncias se o campeonato fosse personificado numa funkeira, ela diria: “Fluminense já é!”

7.10.12

Domingo de dérbis

Cristiano Ronaldo comemora seu primeiro gol contra o Barça
Tudo igual na Catalunha

Devido às eleições, o futebol brasileiro viveu um incomum ostracismo neste domingo, uma vez que a rodada fora antecipada para o sábado. Desta forma, os fãs do futebol nacional que quiseram acompanhar um joguinho tiveram que recorrer à Europa. Menos mal que o dia foi recheado por vários clássicos no Velho Continente. Bem, se você não sabia disso e não acompanhou as partidas confira o que rolou neste dia 07: 

Barcelona vs. Real Madrid 
Os protagonistas de sempre 


No Camp Nou não foi apenas o jogo que terminou em igualdade (2 a 2). Messi e Cristiano Ronaldo, com belas atuações, também empataram em seu duelo particular com dois tentos cada. Afinal, apesar de a partida ter sido disputada na Catalunha foi o time merengue quem comandou as ações da primeira etapa e por pouco, não abriu dois gols de vantagem frente ao rival. Ah, se Benzema e Di Maria tivessem acertado o alvo... 


Méritos para José Mourinho e seu 4-4-1-1 que conteve os avanços dos alas blaugranas (Daniel Alves e Jordi Alba) e minou os perigosos lançamentos em profundidade de Xavi e Iniesta. É lógico que, se a bola na trave de Montoya tivesse entrado, todos lembrariam que o Barça foi mais consistente na etapa complementar e, ao contrário do primeiro tempo, encurralou o adversário. Placar justo.     

Milan vs. Internazionale 
Faltou pontaria


Três minutos de jogo. Este foi o momento em que Samuel marcou de cabeça o único tento do Derby della Madonnina.   Engana-se, porém, quem acredita que o jogo foi fácil. Exceto por dois lances isolados de Milito, após o “gol relâmpago” os neroazzurris praticamente não incomodaram o arqueiro Abbiati. Substituindo o poupado Sneijder, nem o brasuca Phillipe Coutinho repetiu as boas atuações de outrora e acabou substituído. 


Mesmo com um atleta a mais durante bom tempo (Nagatomo foi expulso aos 2 minutos da segunda etapa), a equipe rossonera foi incapaz de furar o forte bloqueio adversário. Para piorar, o treinador milanês Massimiliano Allegri escala mal o ataque e insiste com El-Shaarawy e Bojan, ao invés de Pazzini e Robinho. Não à toa, foram os avantes reservas que originaram um pênalti ignorado pelo árbitro. Ainda assim, não há como poupar a incompetência ofensiva de Boateng, Montolivo e companhia. 

Olympique de Marselha vs. Paris Saint-Germain
Quarenta e cinco minutos e só 


No Velodróme, cada etapa teve uma história diferente. No 1º tempo, marselheses e parisienses fizeram uma partida bem movimentada com várias chances de gols para ambas as equipes. Gignac duas vezes e Ibrahimovic também duas vezes deram números ao placar. Destaque negativo, inclusive, para o posicionamento errôneo dos defensores brasileiros Thiago Silva e Alex no segundo gol do francês.  


Na etapa complementar, houve outro jogo. Os pontas-de-lança Valbuena (pelo lado do Olympique) e Menez (pelo lado do PSG) que eram os motores de suas equipes até então, cansaram. A partir daí ambos evitaram avançar e desproteger-se defensivamente. A meu ver, ponto negativo para a equipe do treinador Carlo Ancelotti. Uma vez que o PSG possui um melhor elenco e uma maior qualidade na reposição de atletas, não dá para entender esta postura demasiadamente defensiva.

3.10.12

Restam 3

Faltando pouco mais de dois meses para o início do Mundial de Clubes da FIFA, três das sete vagas para a edição de 2012 permanecem em aberto. Além dos anfitriões, que esperam o término do campeonato local para definir seu representante, África e Ásia também não têm seus campeões. Para entrar no clima do torneio o Opinião FC mostra quais são os candidatos a estas vagas. Confira...

Palpites Opinião FC: Urawa Red Diamonds (JAP), Al-Ittihad (ASA) e Esperance (TUN)


Japão
A sete rodadas do fim, três equipes encabeçam a J-League: o Sanfrecce Hiroshima, o Vegalta Sendai e o Urawa Red Diamonds. Líder da liga e detentor do artilheiro do certame, o japonês Hisato Satõ – com 18 gols, o Sanfrecce dos selecionáveis Nishikawa, Moriwari e Mizumoto deveria ser o principal favorito. Ou então, poderia ser o surpreendente Vegalta dos brasileiros Wilson (ex-Corinthians) e Deyvid Sacconi e dos coreanos Park Joo-Sung e Ryang.

Prefiro, porém, apostar numa virada do Urawa, clube mais tradicional do país que tem um elenco que consegue mesclar nomes experientes como Abe, Suzuki, Hirakawa e Tsuboi com jovens promessas como Makino, Kashiwagi e Haraguchi. Além disso, o Urawa ainda enfrenta seus dois principais concorrentes, ou seja, depende apenas de suas forças...

Ásia
Com o término das quartas-de-finais asiáticas nesta última quarta-feira, quatro times restam na briga: os sauditas Al-Ittihad e Al-Ahli, o uzbeque Bunyodkor e o sul-coreano Ulsan. Após eliminar o milionário chinês Guangzhou Evergrande de Conca, Lucas Barríos e Muriqui, o Al-Ittihad aparece como o maior favorito. O elenco dos Tigres é muito experiente: possui uma zaga experiente com Al-Montashari, Tukar e Hazzazi, além de um meio-campo repleto de atletas rodados como Diego Souza, Noor e Mbami...

Correndo por fora temos o Ulsan, única equipe invicta da competição, que tem bons valores como o veloz meia-atacante Lee, o experiente capitão Kwak Tae e o desconhecido avante brasileiro Rafinha. Os outros semifinalistas podem ser considerados totais azarões. Se o Al-Ahli aposta na trinca ofensiva formada pelos estrangeiros Victor Simões-Diego Morales-Al Hosni, o Bunyodkor (ex-time de Rivaldo) confia no entrosamento da equipe e no potencial do seu treinador Mirjalol Qosimov (que também comanda a seleção).

África 
Pouco mais adiantada em relação aos demais, a Liga Africana inicia suas semifinais neste fim de semana. Atual campeão africano e base da seleção tunisiana (com sete selecionáveis, dentre eles o goleiro Cherifia, os defensores Chemmam e Hichri e o meia Traoui), o Esperance é o principal candidato a vaga. Reforçado pela aquisição do ganês Emmanuel Clottey, artilheiro do torneio pelo Berekum Chelsea com 12 gols, os aurirrubros só não podem tropeçar na soberba ao enfrentarem o Mazembe. 

Liderado pelo folclórico arqueiro Kidiaba o campeão congolês possui quase os mesmos jogadores que surpreenderam o Inter em 2010, como Kalaba, Singuluma, Nkulukutu e Mputo. Entrosamento não será problema.

No outro jogo, o envelhecido Al Ahly deve passar pelos nigerianos do Sunshine Stars. Há varios nomes conhecidos na equipe egípcia: Aboutrika, Gomaa, Geddo, Fathy, Moteab, Bakarat... Além deles destaque para a jovem dupla ofensiva formada por Konan e Mahmoud “Trezeguet” Hassan. Quanto ao Sunshine, uma provável classificação seria milagrosa. Formado por vários desconhecidos, mesmo no continente, os nigerianos dependem, e muito, dos gols da revelação Azuka.

22.9.12

A ressurreição das Águias

100% de aproveitamento na Bundesliga: Inui e Rode comemoram
 o segundo gol marcado pelo japonês na vitória contra o Nuremberg

Todo início de temporada europeia é a mesma coisa. Mesmo com a presença de vários elencos estelares, é comum aparecer um time mediano que, sem investir valores astronômicos, quebra alguns prognósticos e realiza uma inesperada boa campanha. Desta vez, a surpresa vem da Bundesliga: é o Eintracht Frankfurt.

Apesar de acumular alguns sucessos, (um vice-campeonato europeu, uma Copa da Uefa e um Campeonato Alemão), já faz quase 20 anos que a equipe rubro-negra não realiza uma boa campanha. De favorito, o Frankfurt tornou-se mero coadjuvante. Participações na Segunda Divisão Alemã tornaram-se uma constante...

Vice-Campeão da Bundesliga 2 em 2011/12, os Die Adler (Águias em alemão) trouxeram atletas bons e baratos, como Aigner, Inui e Trapp, além de manterem seus principais atletas como o promissor Sebastian Rode e bom finalizador Alexander Meier (artilheiro do clube na temporada passada com 17 gols).

No 4-1-4-1 do Eintracht todos os atletas ajudam na marcação;
No ataque, muita velocidade e precisão nas bolas aéreas
O esquema montado pelo rodado treinador Armin Veh é muito equilibrado. Jung e Oczipka pouco avançam e ajudam constantemente a zaga latino-americana formada pelo peruano Zambrano e pelo brasileiro Anderson (ex-Flamengo). A bola pouco ameaça a meta do seguro goleiro Trapp. No meio, Schwegler cuida da cabeça-da-área, enquanto que os velozes Inui, Rode, Aigner e Meier (este com maior frequência) revezam-se para municiar o trombador centroavante Occean (ex-Greuther Furth).

Apesar de defensiva, a tática tem dado resultados. Após quatro jogos e quatro triunfos consecutivos frente à Bayer Leverkusen, Hoffenheim, Hamburgo e Nurenberg, o Frankfurt terá sua prova de fogo na próxima terça, dia 25, quando enfrentar o atual campeão Borussia Dortmund. Será o divisor de águas para mostrar se as Águias voltarão a alçar maiores voos ou se apenas passam por uma boa fase. Ou alguém já se esqueceu do próprio Hoffenheim na Bundesliga 2008/09 e seu triste desfecho?

20.9.12

Atalho para a Libertadores


Que a Copa Sul-Americana não é um torneio que encanta o torcedor brasileiro, todos sabemos. Apesar disso, não podemos nos esquecer de que, além da premiação em dinheiro, o campeão classifica-se para a Copa Libertadores de 2013. Certamente, um caminho muito mais fácil do que permanecer entre os melhores do torneio nacional...

São Paulo vs. LDU Loja (EQU)

Dentre os quatro brasileiros que estão na disputa, o São Paulo é aquele que, ao menos na teoria, teve mais sorte. Afinal, ninguém em sã consciência apostaria que a LDU Loja eliminaria o tradicional Nacional de Montevidéu. Contando com uma equipe mediana, que subira recentemente para a 1ª Divisão, os equatorianos já estão no lucro.

Dessa forma, o Tricolor deve enfrentar um time muito cauteloso, que se projeta pouco ao ataque e depende de bolas aéreas. Destaque para o desconhecido brasileiro Fabio Renato (artilheiro do torneio até o momento com 5 gols), o jovem Johnny Uchuari e os experientes Walter Calderón e Franklin Salas. Se Los Albos perderem de pouco, já sairão contentes...

Opinião FC: São Paulo 90%, LDU Loja 10%

Grêmio vs. Barcelona de Guayaquil (EQU)

Quem acredita que o Tricolor gaúcho terá vida fácil, engana-se. Campeão do 1º turno do Campeonato Equatoriano, o ”Barça sul-americano” possui uma equipe equilibrada que mescla atletas já tarimbados com jovens revelações locais.

Apesar de possuir cinco equatorianos selecionáveis (o goleiro Banguera, os zagueiros Jayro Campos e Erazo, o armador Michael Arroyo e o centroavante Narciso Mina – atual artilheiro da liga local), Los Canarios sofrem pela falta de constância dos seus meio-campistas que geralmente abusam da forte marcação, realizando faltas violentas e perigosas. Se os Amarelos fossem mais disciplinados teriam passado pelo Táchira e pelo Cobreloa com maior facilidade.

Opinião FC: Grêmio 70%, Barcelona 30%

Palmeiras vs. Millonarios (COL)

Já garantido na Libertadores do próximo ano e mais preocupado com o risco de queda no Campeonato Brasileiro, o desmotivado Palmeiras. Se não fosse por este motivo, tinha tudo para ser o embate mais emocionante e equilibrado desta fase.

Após ficar mais de 20 anos sem conquistar um título nacional, o campeão da Copa Colômbia possui um time rápido que às vezes peca por expor-se demais ao ataque. A equipe conta com bons valores como o arqueiro Ramos, o central Román Torres, o meia Candelo e a dupla de ataque formada por Rentería (ex-Santos) e Wilberto Cosme, que junta fez cinco dos oito tentos anotados pelos Azuis. Enfim, El Ballet Azul que já eliminou Guarani e Inti Gas deve avançar às quartas...

Opinião FC: Palmeiras 35%, Millonarios 65%

Atlético-GO vs. Universidad Católica (CHI) 

Em situação semelhante ao do Verdão (brigando para não cair na liga nacional), os atleticanos deram azar. Experimentado internacionalmente e mais acostumado com torneios continentais, o Universidad é favorito frente ao lanterna do Brasileirão. Não à toa, o atual campeão da Copa Chile despachou os encardidos Blooming e Tolima.

As vindas do promissor Álvaro Ramos e do veterano argentino Sixto Peralta, serviram apenas para reforçar o bom elenco dos Cruzados, que já contava com o experiente Christián Álvarez, o rodado Rodrigo Valenzuela e o polivalente Michael Ríos. Diante adversários tecnicamente superiores e virtuais candidatos ao título, tudo culmina numa derrota goiana.

Opinião FC: Atlético-GO 25%, Universidad Católica 75%

18.9.12

Champions League 2012-13 - Parte II


Grupo E: Chelsea (ING), Juventus (ITA), Nordsjaelland (DIN) e Shakhtar Donetsk (UCR) 

Atual campeão europeu, os Blues rejuvenesceram o elenco. Saíram Bosingwa, Kalou, Raul Meirelles e Drogba (o herói do título) e chegaram os promissores Marín, Hazard, Oscar e Azpilicueta. Apesar de equilibrado e forte defensivamente, é um time que depende muito das bolas paradas, dos lançamentos e dos momentos de lucidez de Lampard. E cá entre nós, Nando Torres ainda não convence...


Ao lado dos londrinos, La Vecchia Signora aparece como favorita a vaga. Base da atual seleção italiana, a campeã do Calcio trouxe Rubinho, Lúcio, Asamoah, Bendtner e Isla. Mesmo desfalcada pelas saídas de Del Piero, Krasic, Grosso e Elia, a Juve mescla jogadores aguerridos (como Vidal e Marchísio) com habilidosos (como Giovinco e Pirlo). Pode dar certo.


O time mais brasileiro do torneio deve contentar-se com a 3º posto. Tricampeão ucraniano e detentor de 100% de aproveitamento na liga local, o Shakhtar é osso duro. Além dos brasileiros, destacam-se o croatas Eduardo da Silva e Srna, além do armeno Mkhitaryan, artilheiro da equipe na temporada com 11 gols. Quanto ao atual campeão dinamarquês pouco pode se esperar. Apesar de possuir um conjunto entrosado, não conta com atletas de renome. Destaque apenas para o meia Lorentzen e o avante Beckmann. Mero coadjuvante.

Quem classifica? Chelsea e Juventus
Europe League (3º colocado): Shakhtar Donetsk
Tem brasuca aí? David Luiz, Ramires, Oscar e Lucas Piazon (Chelsea); Rubinho e Lúcio (Juventus); Fernandinho, Willian, Douglas Costa, Alan Patrick, Alex Teixeira, Ilsinho, Luiz Adriano e Dentinho (Shakhtar Donetsk)


Grupo F: BATE Borisov (BEL), Bayern de Munique (ALE), LOSC Lille (FRA) e Valencia (ESP) 

Na busca por um parceiro de ataque para Mario Gomez, os vice-campeões da Champíons não renovaram os contratos de Pranjic e Olic e contrataram Pizarro e Mandzukic. Além dos dois atacantes, Shaqiri, Dante e Martínez também desembarcaram em Munique. Com a permanência de Ribery, Schweinsteiger, Mulller e Neuer, os bávaros estão ainda mais fortes. Candidatos ao título.


Com a venda de Alba, Topal e Hernandez, o Valencia trouxe Fernando Gago, João Pereira, Cissokho e Sergio Canales (a maior promessa espanhola dos últimos anos), além de adquirir Valdez e Guardado por empréstimo. Com Diego Alves no gol, Banega no meio e Soldado à frente, os Ches deverão incomodar. Já o LOSC tem pretensões menores. Sem Hazard, seu principal articulador, trouxe Sidibé, Martin e Kalou. Muito pouco. Mesmo contando com atletas experientes como Landreau, Rozehnal, Pedretti e Mavuba, os franceses já ficarão felizes se terminarem em terceiro lugar.

Contando com a experiência de Hleb e os gols de Rodionov o hexacampeão bielorrusso sonha com uma vaga na Europe League. Dono de uma forte defesa liderada por Simic e Bordachev, o BATE venderá caro a derrota, principalmente em seus domínios. Será o termômetro da chave.

Quem classifica? Bayern de Munique e Valencia
Europe League (3º colocado): LOSC Lille
Tem brasuca aí? Rafinha, Dante e Luiz Gustavo (Bayern de Munique); Tulio de Melo (LOSC Lille); Diego Alves e Jonas (Valencia)

Grupo G: Barcelona (ESP), Benfica (POR), Celtic (ESC) e Spartak Moscou (RUS) 
Após destacar-se no Valencia, o novo lateral-esquerdo
da Fúria
foi contratado antes mesmo da Euro 2012
As vindas de Song e Jordi Alba só fizeram os catalães da atualidade ficar ainda mais fortes. Não suficiente pelo elenco recheado de craques como Iniesta, Pedro, Cesc, Xavi, Messi e Villa, os blaugranas também contam com os jovens que surgiram na categoria de base (La Masía) como Thiago, Cuenca, Fontás... Tal como ocorrera na temporada anterior, o maior inimigo do Barça é o próprio Barça.


Os outros integrantes da chave aparecem equilibrados. Mesmo com a saída de Witsel e Javí Garcia, os Encarnados trouxeram apenas Eduardo Sálvio. No restante, os destaques benfiquistas ainda estão nos sul-americanos Maxi Rodriguez, Luisão, Aimar, Gaitán e Oscar Cardozo. O time deve brigar pela classificação com o Spartak. Apesar de estarem em má fase na Russian League, os alvirrubros reforçaram-se com Insaurralde, Rômulo, Kalsstrom e Jurado (por empréstimo). Tem boas peças como Suchy, De Zeuuw e Emenike, principal atacante da equipe. Prova disso fora a eliminação imposta ao Fernebahce de Kuyt e Alex.


Correndo por fora, aparecem os campeões escoceses. Mais fraco do que em edições anteriores, possui um esquema muito retrancado e totalmente dependente dos gols de Samaras e do individualismo de Commons e Wanyama. Não empolga.

Quem classifica? Barcelona e Benfica
Europe League (3º colocado): Spartak Moscou
Tem brasuca aí? Dani Alves e Adriano (Barcelona); Artur, Luisão, Jardel, Bruno César, Lima e Alan Kardec (Benfica); Rafael Carioca, Romulo, Ari e Welliton (Spartak Moscou)


Grupo H: Braga (POR), Cluj (ROM), Galatasaray (TUR) e Manchester United (ING)

Para não repetir o pífio desempenho da temporada passada (3º na fase de Grupos), os vice-campeões ingleses investiram em bons nomes, como Kagawa e Van Persie. Isso faz com que Alex Fergunson não possua um “onze” definido. O padrão muda de acordo com o adversário. Apenas Carrick e Vidic são intocáveis. Não resta dúvidas de que os Devils tem time para ser campeão. O problema é fazer com que Rooney, Nani, Valencia estejam sempre inspirados. Sem eles, fica difícil.

O atual campeão da Super Lig briga com os portugueses pela segunda vaga. Reforçado por Cris, Felipe Melo, Hamit Altintop e Amrabat, os turcos contam com outros atletas com experiência internacional, como Elmander, Muslera, Hakan Balta, Umut, Baros e Eboué.  Trata-se de uma equipe equilibrada e difícil de ser batida. Dará trabalho aos maiores clubes europeus... Já o Braga, utilizando a política do “bom-e-barato”, foi às compras sem gastar alto. Destaque pra as chegadas de Beto, Rúben Amorim e Rúben Micael (os dois últimos, ambos por empréstimo). Com a venda da dupla de ataque formada por Lima e Nuno Gomes, olho em Alan, Hugo Viana e Helder Barbosa.

Considerado uma surpresa por conseguir eliminar o Basel, o Cluj possui um elenco sem estrelas. Além do conjunto, o destaque do campeão romeno fica pela veloz dupla de ataque formada por Kapetanos e Sougou. Luta para perder por poucos gols de diferença.

Quem classifica? Manchester United e Galatasaray
Europe League (3º colocado): Braga
Tem brasuca aí? Baiano, Ismaily, Paulo Vinícius, Douglão, Mossoró, Leandro Salino, Alan, Paulo César, Michel e Carlão (Braga); Rafael Bastos e Luís Alberto (Cluj); Cris e Felipe Melo (Galatasaray); Rafael e Anderson (Manchester United)

17.9.12

Champions League 2012/13 - Parte I

Jogadores do Chelsea comemoram inédita conquista
da Champions League 2011/12 - Rumo ao bi?
Amanhã começa a fase de grupos da 58ª edição do torneio interclubes mais importante da Europa: a Champions League. O regulamento é o mesmo. Dos 76 participantes iniciais, sobraram 32, que foram divididos em oito grupos com quatro times cada. Duas equipes de cada chave classificam-se para a fase de “mata-mata”, na qual restarão apenas duas agremiações que duelarão pelo título no dia 25 de maio de 2013, em Wembley, Londres. Façam suas apostas...

Grupo A: Dínamo Zagreb (CRO), Dynamo de Kiev (UCR), Paris Saint-Germain (FRA) e Porto (POR) 

Diante das equipes do Leste Europeu, franceses e portugueses aparecem como maiores favoritos, nesta ordem. O PSG, o “novo rico” europeu trouxe reforços valiosos como Ibrahimovic, Lavezzi, Thiago Silva e Van der Wiel. Se estes atletas entrosarem a tempo, o atual vice-campeão francês terá time para brigar em pé de igualdade com qualquer rival europeu.

Entrosamento este, que não falta ao atual campeão português. Desfalcado pela venda de três titulares (Hulk, Álvaro Pereira e Guarín), os Dragões apostarão suas fichas na espinha dorsal latina formada por Helton, João Moutinho, Lucho Gonzáles e Jackson Martínez, o maior reforço portista.

Quanto aos Dínamos não há muito que esperar. Dentre os dois, o campeão ucraniano possui um elenco mais experiente, com nomes como Miguel Veloso, Taiwo, Nico Kranjcar e Ideye Brown – nigeriano autor do gol da classificação. Já o Zagreb, tem tudo para ser a “baba” da chave. O ponto forte dos croatas é o setor de marcação liderado pelos veteranos Leko, Simunic e Tonel.

Quem classifica? Paris Saint Germain e Porto
Europe League (3º colocado): Dynamo de Kiev
Tem brasuca ae? Samir (Dínamo Zagreb); Danilo Silva, Betão, Leandro Almeida, Dudu e Rafael Araújo (Dynamo de Kiez); Thiago Silva, Alex, Maxwell e Nenê (Paris Saint Germain); Hélton, Fabiano, Danilo, Alex Sandro, Maicon, Fernando, Kléber e Kelvin (Porto).

Grupo B: Arsenal (ING), Montpellier (FRA), Olympiacos (GRE) e Schalke 04 (ALE) 

Maiores favoritos da chave, os londrinos tentarão compensar a perda de duas importantes peças (Van Persie e Song) com a vinda dos medianos Podolski, Giroud e Santi Cazorla. Com Arshavin e Arteta na armação e Mertesacker na zaga, os ingleses devem classificar-se com sobras. Apostar, porém, que os Gunners consigam surpreender rivais mais renomados parece difícil...

Os outros integrantes aparecem bem equiparados, com ligeira vantagem a equipe de Gelsenkirchen. Na ausência do veterano Raúl (que foi para o futebol árabe) as atenções caem nos pés do recém-chegado Affelay. Além dele, os alemães confiam no poderio ofensivo do trio Huntelaar-Farfán-Obasi e na garra de Barnetta (outra “cara-nova”).

Para compensar a saída do artilheiro Giroud, o Montpellier trouxe o promissor Herrera. No mais, manteve a mesma base campeã da Ligue One. Enquanto Hilton toma conta da defesa, os africanos Utaka e Belhanda cuidam da parte ofensiva.  Detentor de 14 títulos nacionais nos últimos 16 anos, o bicampeão grego investiu em atletas tarimbados, como Contreras e Diakité. Apesar de possuir um elenco experiente, com Pantelic, Torosidis e Papadopoulos, sentirá a ausência de seu ex-goleador, Mirallas, que foi para o Everton.

Quem classifica? Arsenal e Schalke 04
Europe League (3º colocado): Olympiacos
Tem brasuca ae? André Santos (Arsenal); Hilton (Montpellier) e Diogo (Olympiacos)

Grupo C: Anderlecht (BEL), Málaga (ESP), Milan (ITA) e Zenit (RUS) 

Pazzini comemora seu terceiro
gol frente ao Bologna: 1º Triplete
Renovação. Esta palavra marca o momento dos italianos. Além da venda de Ibra e Thiago ao PSG, veteranos como Seedorf, Gattuso, Zambrotta, Inzaghi e Nesta também saíram. As novidades são as vindas de Montolivo, de Jong, Boján e Pazzini (envolvido numa troca com Cassano). Pouco? Não se engane. Os “encardidos” rossoneros podem ir longe...

Após abrir os cofres para trazer Witsel e Hulk, o campeão russo aparece como segunda força da chave. Trata-se de um elenco equilibrado, com Malafeev no gol, Bruno Alves na zaga, Denisov no meio e Kerzhakov na frente.

Estreante na Champions, o quarto colocado espanhol perdeu nomes importantes como Van Nistelrooy (que se aposentou), Santi, Mathijsen e Maresca e reforçou-se apenas com “trintões” outrora esquecidos como Saviola e Santa Cruz. Mesmo assim, um time que tem Demichelis, Toulalan e Joaquín não deve ser menosprezado. Por fim, temos o campeão belga, que praticamente não alterou seu elenco. Os holofotes ainda concentram-se no armador Gillet e na dupla de ataque formada por Mbokani e Jovanovic. Candidato a saco de pancadas.

Quem classifica? Milan e Zenit
Europe League (3º colocado): Málaga
Tem brasuca ae? Kanu e Fernando Canesin (Anderlecht); Weligton e Julio Baptista (Málaga); Gabriel, Robinho e Alexandre Pato (Milan); Hulk (Zenit)

Grupo D: Ajax (HOL), Borussia Dortmund (ALE), Manchester City (ING) e Real Madrid (ESP) 
Maicon posa com a camisa do novo clube
Eleito como grupo da morte por reunir quatro campeões nacionais, deve credenciar espanhóis e ingleses à próxima fase. Após quebrarem o tabu de 44 anos sem o título da Premier League, os Citizens não gastaram tanto. Se Adebayor, Hargreaves e De Jong foram embora, Maicon, Rodwell, Sinclair e Javi Garcia chegaram. Aquisições estas, que muito agregarão à equipe de Tevez (que voltou a fazer gols), Balotelli, Aguero e dos Irmãos Touré.


Dono de um elenco estelar, com Casillas Xabi Alonso, Ozil, Higuaín e companhia, os madrilenhos ficaram ainda mais fortes com a vinda de Modric e Essien (este, por empréstimo). Se a diretoria merengue souber controlar os egos de alguns atletas como Cristiano Ronaldo e Benzema e de seu treinador José Mourinho, o Real é candidato ao título. Afinal, não é qualquer clube que pode dar-se o luxo de ter Kaká como reserva...

Azarados, se os campeões alemães tivessem noutro grupo, provavelmente avançariam no torneio. Sem Kagawa e Barrios, vendidos, o Dortmund trouxe os jovens Schieber e Marco Reus. Ainda assim, o veloz quarteto formado por Gotze, Grosskreutz, Kuba e Lewandowski dará trabalho aos adversários. Quarta força, o bicampeão holandês perdeu Van der Wiel, mas manteve Eriksen e Siem De Jong. Além disso, repatriou Babel e trouxe os nórdicos Sana, Christian Poulsen e Moisander. Nesta chave, porém, parece muito pouco.

Quem classifica? Real Madrid e Manchester City
Europe League (3º colocado): Borussia Dortmund
Tem brasuca ae? Felipe Santana (Borussia Dortmund); Maicon (Manchester City); Marcelo e Kaká (Real Madrid).

16.9.12

Ganso Tricolor



Acabou a novela. Mesmo com o discurso cauteloso da diretoria são paulina, que reluta em confirmar a contratação, tudo leva a crer que Paulo Henrique Ganso chegará ao Morumbi nesta próxima segunda-feira (dia 17). 


Esperançoso em conseguir reconquistar seu status de principal articulador do futebol nacional, Ganso recusou propostas até mais vantajosas do Grêmio e do próprio Santos para fazer parte do elenco paulistano. Desta forma, Ney Franco pode utilizar o atleta de duas maneiras. Caso utilize Paulo Henrique na posição tradicional, dentro do cada vez mais aclamado 4-2-3-1, ele poderá atuar com Jádson, dividindo a responsabilidade de armar as jogadas e municiar o ataque, algo que até Luís Fabiano, principal centroavante do clube deseja

São Paulo no 4-2-3-1: Dois armadores e muita velocidade pelas alas 
Outra opção é atuar no ofensivo 4-3-3, esquema no qual os laterais teriam que limitar-se a marcar muito mais e evitar avanços desnecessários. Independente da tática adotada, não resta dúvidas de que o novo “camisa oito” Tricolor acrescentará muita qualidade ao elenco. Não resta dúvidas que o São Paulo é o mais novo favorito à conquista da Copa Sul-Americana (que credencia o campeão à Copa Libertadores de 2013). 

Tricolor Paulista o 4-3-3: Esquema com maior ofensividade - cinco atacam

Enfim, que o meio-campista é um atleta diferenciado, dono de uma habilidade e uma capacidade incrível em colocar a bola onde quer, ninguém duvida. Resta saber, se Ganso conseguirá tratar-se no Reffis para voltar a atuar como um verdadeiro craque. Afinal, apesar de PH atravessar uma má fase incrível, ele é novo. Possui apenas 22 anos e ao lado de outros atletas mais experientes que possam dividir a responsabilidade sobre os resultados, ele tem tudo para espantar o mau agouro e voltar à Seleção Brasileira. Ótima contratação do tricolor, carente de um atleta que atue nesta posição desde a saída de Danilo, hoje no rival Corinthians. Vida longa à Ganso... 


14.9.12

Bagunça no chiqueiro...


Felipão incrédulo durante coletiva: 
Algo comum em sua 2ª passagem pelo time 

Não deu. Após a péssima campanha no Campeona to Brasileiro deste ano, Luiz Felipe Scolari não resistiu à pressão e foi demitido do Palmeiras. Com um pífio aproveitamento de apenas 27,8%, não tinha como a diretoria sustentar o treinador do penta no cargo. Afinal, como afirmou o próprio presidente do Verdão, Arnaldo Tirone: “a situação estava insustentável”.  

Na verdade, o caos já está instaurado no Palmeiras há tempos... Parece que a queda para a Segunda Divisão em 2002 nada acrescentou aos conselheiros do clube. O Verdão tem estrutura de time grande, torcida de time grande, mas organização de time semi-amador. 


Primeiramente, o time não tem elenco. Durante a 2ª Era Felipão o Alviverde nunca teve atletas de reposição a altura de seus titulares. Pior é saber que, quando consegue o feito, um deles acaba sendo vendido ou emprestado... A venda de Cicinho e do emprésimo de Deola – ambos bons reservas – servem de exemplo. Equipe que não tem 16, 20 atletas capazes de ser titulares está fadada ao fracasso. 


Precipitação e péssimos investimentos em contratações. Trouxe Wesley por peso de ouro, mas o volante provavelmente já veio lesionado. E a troca de Daniel Carvalho por Pierre? Quem acreditou que o Galo sairia perdendo? Além disso, quase todos jogadores contratados num espaço de três anos não vingaram e já foram embora. Daí, falta jogador qualificado e o Verdão tem de recorrer a atletas que não entravam em campo há tempos (leia-se Correa) ou semi-aposentados (leia-se Leandro). A filosofia do “bom e barato”, por muitas vezes sai cara. 

Ainda há outros fatores que também atrapalham. O meia Valdívia (um dos maiores salários) vive no estaleiro ou nas páginas sociais, ao invés de jogar bola; a diretoria é divergente e vive à base de”picuinhas”, enfim, há muitos problemas que acabaram sendo maquiados pelo enganoso título da Copa do Brasil. 

Longe de mim, querer defender a permanência de Felipão, já que acredito que profissionais vivem de resultados e o aproveitamento dele permanecia ruim. Mas se não fosse por ele, palestrinos, o Palmeiras provavelmente já tinha caído para a Série B no Brasileirão de 2011.