7.6.10

Copa do Mundo 2010 - Grupo E

Holanda
O segundo favorito de todos

O aproveitamento de 100% nas Eliminatórias européias faz a Holanda chegar à Copa com moral. Mais uma vez. Nos amistosos, a campanha fora mantida. 3 vitórias: 2 a 1 no México, 4 a 1 em Gana e 6 a 1 na Hungria. A única notícia ruim fora a lesão de Robben, que deverá estrear somente na segunda rodada. Uma ausência que certamente será sentida, já que ao lado de Sneijder, o ponta-de-lança é um dos grandes destaques do Oranje na armação de jogadas.

Com um time aguerrido, uma postura de marcação ofensiva e uma técnica aprimorada, dá gosto de ver a Laranja Mecânica em campo. Possui um elenco que mescla a mesma base de 2006 (só que, desta vez, muito mais madura) com algumas revelações que surgiram neste meio tempo. Provavelmente não repetirão a pífia campanha da última Copa, quando foram eliminados por Portugal ainda nas oitavas. Só resta saber, quando é que os holandeses conseguirão confirmar o seu favoritismo em campo para, enfim, levantar a taça. Time para isso, eles têm. Ou melhor, eles sempre têm.

Koninklijke Nederlandse Voetbalbond
Status: Corre por fora
Ranking da Fifa: 4
Melhor participação: Vice-campeã (1974 e 1978)
Ídolos: Johann Cruyff, Van Basten, Bergkamp, Rijkaard, Krol, Neeskens, Rensenbrink, Gullit, Frank De Boer, Van der Sar, Davids e Overmars
Uniforme: Nike
Time-base (4-5-1/4-3-3): Stekelenburg; Van der Wiel, Heitinga (Ooijer), Mathijsen e Van Bronckhorst; Van Bommel e De Jong; Robben, Sneijder e Kuyt (Van der Vaart); Van Persie. Técnico: Bert van Marwijk.
Eles são os caras! A dupla Robben e Sneijder encontra-se na melhor fase de sua carreira. Afinal, cada um por sua equipe, Bayern de Munique e Internazionale, respectivamente, foi o responsável direto pela qualificação de ambas na finalíssima desta última Champions League. Juntos, aliam mobilidade pelos flancos, velocidade e capacidade de armação e finalização. Certamente o Real Madrid nunca sentiu-se tão infeliz pela perda de dois atletas.
Olho nele! O atacante Eljero Elia tem é considerado como uma das grandes promessas do país. Não à toa, na temporada 2008/09 foi considerado o melhor atleta do campeonato e fora transferido ao Hamburgo. Com 23 anos, atuou em 9 jogos pela seleção e marcou 2 gols.
Tem brasuca ae? Não
Pontos Fortes: Sem um pivô fixo, o time tem uma maior fluência, algo que atrapalha a marcação individual dos rivais. Tem um meio-campo muito leve, com grandes destaques individuais. Possui bons jogadores reservas, sobretudo, do meio para frente.
Pontos Fracos: Tem uma defesa lenta, que sofre muito quando enfrenta ataques rápidos. Stekelenburg não passa confiança em demasia. Carrega o estigma de nunca ter vencido uma Copa.


Dinamarca
Futebol de resultados

Ao qualificar-se para o Mundial após liderar uma chave que continha Suécia e Portugal, a Dinamarca poderia ser vista como um selecionado que pode complicar. Longe disso. Sem o brilho do encantador time de 92, os dinamarqueses praticam um futebol pragmático, de pouca movimentação e chato de ser visto.

Prova disto são os seus três amistosos antes da Copa: derrotas para Austrália e África do Sul, ambas por 1 a 0 e vitória sobre Senegal (2 a 0). O treinador Morten Olsen, no cargo desde 2000, acredita que após o retorno de três de suas melhores peças (Sorensen, Kjaer e Bendtner), a envelhecida base da Dinamite Dinamarquesa reencontrará melhores resultados. Exagero? Creio que sim. Mesmo que faça o óbvio e passe para a segunda fase, o time dificilmente conseguirá passar por Paraguai ou Itália, prováveis rivais nas oitavas.

Dansk Boldspil-Union
Status: Zebra
Ranking da Fifa: 36º
Melhor participação: Quartas-de-finais (1998)
Ídolos: Michael Laudrup, Brian Laudrup, Schmeichell e Elkjaer Larsen
Uniforme: Adidas
Time-base (4-4-2): Sorensen; Jacobsen, Agger, Kjaer (Kroldrup) e Simon Poulsen; Christian Poulsen, Daniel Jensen, Jorgensen e Kahlenberg (Rommedahl); Tomasson e Bendtner. Técnico: Morten Olsen.
Ele é o cara! Christian Poulsen é o verdadeiro carregador de piano do esquema. Ele marca, ajuda na proteção a zaga, toca bem a bola e quando dá tempo, também lança-se a frente para poder marcar os seus golzinhos. Num time cheio de veteranos, sua disposição pode ser o diferencial.
Olho nele! Com 1,93m de altura Bendtner tem todas as características comuns aos atacantes nórdicos. É alto, forte, cabeceia bem... Tudo isso, com um diferencial: tem um bom domínio de bola e sabe chutar e "fazer" pivô como poucos.
Tem brasuca ae? Não
Pontos Fortes: A zaga é forte e toma poucos gols de cabeça. A dupla formada por Tomasson-Bendtner se completa e deve dar muito trabalho. Tem um meio-campo entrosado que conta com dois homens-surpresa: Poulsen e Kahlenberg.
Pontos Fracos: Possui um time com muitos veteranos, que toca a bola muito devagar sem objetividade. Os alas Jacobsen e Poulsen não oferecem risco, atacam muito pouco. Sente a ausência de um meia criativo que possa ser a referência do time.


Camarões
Pelo sucesso de 20 anos atrás


Desde a famosa campanha na Copa de 90, Camarões tornou-se a seleção africana que chega mais badalada e sempre decepciona ao sequer classificar-se para a próxima fase. Por isso, diferentemente dos outros anos, a seleção vem com um futebol mais tático, com maior preocupação defensiva.

Mesmo assim, o retrospecto não satisfatório dos africanos em seus amistosos (empates com Geórgia e Eslováquia e derrotas diante de Portugal e Sérvia) faz com que o novo esquema do técnico Paul Le Guen seja colocado em xeque. A verdade é que os camaronenses ainda são muito dependentes de Eto'o, seu único astro, enquanto que o resto do time é formado por atletas medianos, salvo raras exceções. Neste grupo tem total capacidade de quebrar o tabu e voltar a disputar uma segunda fase, apesar de uma possível classificação às quartas ser algo pouco palpável.

Fédération Camerounaise de Football
Status:
Zebra
Ranking da Fifa: 19º
Melhor participação: Quartas-de-finais (1990)
Ídolos: Roger Milla, François Oman-Biyik, Patrick Mboma e Thomas N'kono
Uniforme: Puma
Time-base (4-4-2): Kameni; Geremi, Rigobert Song (N'Kolou), Bassong e Assou-Ekotto; Alexandre Song, Emana, Mbia e Enoh (Makoun); Idrissou (Webo) e Eto'o. Técnico: Paul Le Guen.
Ele é o cara! Ao lado de Drogba, Eto'o é o grande astro africano dos anos 2000. Apesar de polêmico e falastrão, dentro do gramado o centroavante, três vezes campeão da Champions League, mostra muita habilidade, rapidez, inteligência, senso de oportunismo e capacidade de decisão.
Olho nele! Com 26 anos, Assou-Ekotto não era uma unanimidade no país até obter a sua primeira chance. Forte, veloz, bom lançador e disciplinado taticamente, o ala canhoto do Tottenham tornou-se peça fundamental na defesa dos Leões Indomáveis.
Tem brasuca ae? Não
Pontos Fortes: Eto'o é craque; pode mudar o rumo de uma partida com um toque. Geremi e Ekoto avançam bem e podem criar boas assistências ao ataque. Kameni pode não ser excelente, mas é muito mais seguro do que seus rivais africanos.
Pontos Fracos: A zaga é fraca e falha muito em seu posicionamento. Enoh é muito jovem e pode sentir o peso de ser o meia responsável a criar as jogadas do time. Apesar dos três volantes fecharem o meio, não há um sistema que evite os contra-ataques nas costas dos alas.


Japão
Nada a perder

Após obter 4 derrotas nos 4 últimos amistosos, o clima da concentração japonesa não poderia ser mais desanimador. Certamente os reveses diante de Sérvia (3 a 0), Coréia do Sul (2 a 0), Inglaterra (2 a 1) e Costa do Marfim (2 a 0) serviram para fazer com que o técnico Takeshi Okada tivesse sua imagem ainda mais desvalorizada junto a imprensa.

A fase dos japoneses é tão ruim que, no último amistoso, o zagueiro Konno lesionou-se e só poderá estrear a partir da segunda rodada. Isso, sem falar de Nakamura, craque do time, que passa por uma fase muito ruim. Contundido, está a ponto de tornar-se reserva do limitado selecionado nipônico. Diante deste panorama, acreditar numa remota classificação à segunda fase parece ser algo totalmente improvável.


Japan Football Association
Status:
Coadjuvante
Ranking da Fifa: 45º
Melhor participação: Oitavas-de-finais (2002)
Ídolos: Kazu Miura, Masami Ihara, Hidetoshi Nakata e Kunishige Kamamoto
Uniforme: Adidas
Time-base (4-4-2): Narazaki (Kawashima); Uchida, Nakazawa, Túlio Tanaka e Nagatomo; Endo, Matsui (Hasebe), Honda e Shunsuke Nakamura (Inamoto); Tamada e Okazaki (Morimoto). Técnico: Takeshi Okada
Ele é o cara! Ele não está numa boa fase. Sequer tem lugar garantido entre os titulares. Mesmo assim, Shunsuke Nakamura é habilidoso e tem vasta experiência profissional, com passagens até pelo Celtic. Aos 32 anos, ele tem tudo para ser o grande líder dos Samurais Azuis.
Olho nele! Aos 23 anos, Honda tem passagem por várias selações de base nipônicas. Além de ser o meio-campista mais veloz dos asiáticos, o atleta do CSKA Moscou tem bom passe e acerta bons chutes de média distância.
Tem brasuca ae? Túlio Tanaka (zagueiro)
Pontos Fortes: Possui um meio-campo de qualidade, capaz de tocar a bola com tranquilidade. As jogadas de bola parada são um perigo para seus adversários. Têm muita disposição física, correm o tempo todo.
Pontos Fracos: Nem Narazaki, nem Kawashima consegue passar tranquilidade debaixo da meta japonesa. O ataque é fraco e carece de melhores opções. Tanto Nakamura quanto Inamoto, jogadores de maior destaque individual, não estão em grande forma.

Jogos do Grupo E:
14/06 - 08:30 - Johannesburgo - Holanda x Dinamarca
14/06 - 11: 00 - Mangaung - Japão x Camarões
19/06 - 08:30 - Durban - Holanda x Japão
19/06 - 15:30 - Pretória - Camarões x Dinamarca
24/06 - 15: 30 - Rustenberg - Dinamarca x Japão
24/06 - 15:30 - Cape Town - Camarões x Holanda

Um comentário:

Net Esportes disse...

nas minhas previsões eu tiro a Holanda nas qartas-de-final diante do Brasil .... mas outro dia mesmo tava pensando em um possível troco deles por 94 e 98 .......

boas previões aqui como sempre, um abraço !!!!