6.6.10

Copa do Mundo 2010 - Grupo D

Alemanha
O gigante desacreditado


Junto com o Brasil, a Alemanha é o país que mais vezes disputou a final da Copa do Mundo, esteve em sete decisões (1954, 1966, 1974, 1982, 1986, 1990 e 2002). Apesar do excelente histórico, a tricampeã mundial chega desacreditada neste Mundial, principalmente pelas importantes baixas que a seleção sofreu. Perdeu o zagueiro Heiko Westerman, o ex-capitão e maior estrela Michael Ballack - e o seu substituto direto Christian Trasch. A falta de grandes astros contribui para o descrédito na seleção alemã, tanto que a maioria dos críticos sequer cogita a possibilidade dela sagrar-se campeã.

Os alemães estão acostumados a surpreender, vencer partidas que, antes mesmo do apito inicial, já eram consideradas perdidas. Foi assim na final de 1954 contra a poderosa Hungria, triste decisão para o time de Puskas. O resultado se repetiu 20 anos depois, em 1974, quando o carrossel holandês sucumbiu diante do pragmatismo alemão. A história mostra que é preciso tomar cuidado com o futebol alemão. O gigante pode até estar desacreditado e ferido, mas continua forte e competitivo. Pela trajetória, é praticamente impossível mudar seu status de favorito.

Deutscher Fussball-Bund
Status: Favorita
Ranking da Fifa:
Melhor participação: Campeã (1954, 1974 e 1990)
Participações em Copas: 16 (1934, 1938, 1954, 1958, 1962, 1966, 1970, 1974, 1978, 1982, 1986, 1990, 1994, 1998, 2002 e 2006)
Ídolos: Franz Beckenbauer, Lothar Matthäus, Jürgen Klinsmann, Michael Ballack, Miroslav Klose, Gerd Müller, Oliver Bierhoff, Rudi Völler, Oliver Kahn, Jürgen Kohler, Sepp Maier, Paul Breitner
Uniforme: Adidas
Time Base (4-4-2): Neuer, Tasci, Mertesacker, Boateng e Lahm, Schweinsteiger, Khedira Muller (Kroos) e Özil, Podolski e Klose. Técnico: Joachim Löw
Ele é o cara: Miroslav Klose. Atualmente sequer é titular absoluto de seu clube, o Bayern de Munique, mas quando se trata de Copa, ele é fera. Em duas edições já marcou 10 gols e agora quer superar o maior artilheiro da história da competição, o fenômeno Ronaldo, que já marcou 15 tentos.
Olho nele: Encarregado de substituir o capião e referência do time Ballack, o meia Sami Khedira já mostrou estrela, ao ser campeão Europeu sub-21 com a Alemanha, em 2009. Tem capacidade para organizar o meio-campo alemão, ao lado do habilidoso Özil, também uma jovem estrela.
Tem Brazuca aí: Cacau (atacante)
Pontos fortes: História. Camisa. Estes elementos unidos ao pragmatismo, disciplina e aplicação da escola alemã fazem desta seleção uma das candidatas ao título.
Pontos fracos: Baixas importantes como a do ex-capitão e principal craque Ballack. O meio-campo é muito jovem e inexperiente. Até o momento ainda não mostrou um bom futebol, mas isto nunca significou muito para os alemães.

Austrália
Os cangurus começam a crescer


O futebol está começando a se desenvolver no país. Em 2010, os australianos disputam apenas sua terceira copa. O melhor resultado de sua história aconteceu em 1974, quando o time conseguiu um modesto 14º lugar. Em 2006 a equipe então treinada pelo holandês Guus Hiddink chegou às oitavas de final, mas ficou apenas em 16º lugar, após quase surpreender a Itália, que seria campeã naquele Mundial.

Amadurecida, a seleção australiana espera surpreender e conseguir a vaga para a próxima fase, feito que é possível, porém improvável. O maior adversário é a Alemanha, mas a Sérvia também está bem a frente da Austrália. Gana é o rival mais fraco, mas ainda assim superior ao time da Oceania. Desta forma, o time da terra dos cangurus é considerado o pior do grupo e não deve ir longe na competição. Não existem grandes estrelas na seleção. A esperança é a força do grupo. O time joga um futebol de muita marcação e disciplina e nestes pontos residem as chances dos australianos.

Football Federation Australia
Status: Pode Surpreender
Ranking da Fifa: 20º
Melhor participação: 14º (1974)
Participações em Copas: 2 (1974 e 2006)
Ídolos: Harry Kewell, Mark Anthony Viduka, Tony Vidmar, Damian Mori, Attila Abonyi, Alex Tobin, John Kosmina
Uniforme: Nike
Time Base (4-5-1): Schwarzer, Wilkshire, Neill, Craig Moore e Chipperfiel (Carney); Cahill, Culina, Grella e Bresciano; Josh Kennedy e McDonald (Kewell). Técnico: Pim Verbeek
Ele é o cara: Principal articulador da equipe australiana, o meia ofensivo Cahill sempre chega ao ataque e costuma marcar gols.
Olho nele: O meia Brett Hollman passou por todas as seleções de base da Austrália. Com 26 anos, está consolidado no futebol holandês e tentará organizar as ações ofensivas ao lado de Cahill.
Tem Brazuca aí: Nenhum
Pontos fortes: São experientes, fortes fisicamente e disciplinados.
Pontos fracos: Falta qualidade técnica. É um time burocrático e com pouca criatividade. Deve sair na primeira fase.

Gana
Alçando voos mais altos


Esta seleção africana possui alguns jogadores de alto quilate do futebol mundial, como Appiah e Muntari. Infelizmente, o maior astro atual de Gana, Essien, não estará na Copa, em virtude de contusão recente. Esta ausência diminui consideravelmente a qualidade do meio campo da equipe, mas não elimina as chances de alcançar às oitavas de final. A disputa pela segunda vaga (a primeira deve ser da Alemanha) deve ficar mesmo entre Sérvia e Gana. A equipe do técnico Milovan Rajevac fez uma grande campanha na última Copa Africana de Nações, quando chegou na decisão contra o Egito.

Qualidade esta seleção possui - demonstrada nos títulos mundiais das categorias de base. O grande desafio é estabelecer um padrão tático e fazer com que todos os jogadores joguem de forma coletiva, problema corrente entre os times africanos.
Na ausência de Essien, Muntari deve assumir a responsabilidade de ser a grande estrela da seleção. O astro ganhou tudo nesta temporada com a Inter de Milão e chega com moral na copa do mundo.

Ghana Football Association
Status:
Pode surpreender
Ranking da Fifa: 32º
Melhor participação: 13º (2006)
Participações em Copas: 1 (2006)
Ídolos: Abédi Pelé, Tony Yeboah, Samuel Kuffour, Michael Essien, Sulley Ali Muntari, Stephen Appiah. Técnico: Milovan Rajevac.
Uniforme: Puma
Time Base (4-4-2): Kingson, Vorsah, Mensah e Sarpei; Pantsil, Badu (Boateng), Appiah, e Muntari, Asamoah e Gyan
Ele é o cara: No elenco que venceu tudo nesta temporada com a Inter de Milão, Muntari chega para comandar o meio-campo de Gana na Copa.
Olho nele: Jovem atacante da Udinese, Kwadwo Asamoah tem muita qualidade e pode ajudar a seleção a chegar às oitavas-de-final com sua velocidade e oportunismo.
Tem Brazuca aí: Nenhum
Pontos fortes: Qualidade técnica e experiência internacional. Os grandes astros da equipe atuam em grandes clubes do futebol mundial.
Pontos fracos: Falta de disciplina tática e setores vulneráveis. Apesar da qualidade de algumas estrelas, a defesa tem dificuldades.

Sérvia
Maiores herdeiros da extinta Iugoslávia

De todas as nações derivadas da antiga Iugoslávia, a Sérvia é a que melhor representa o extinto país. Sua força é menor, mas tem condições de alcançar as oitavas-de-final.
Esta é a primeira copa da Sérvia desmembrada de Montenegro. A divisão do país, no que tange o futebol, foi prejudicial, porque também se divide os jogadores, apesar da pouca representatividade montenegrina.
A seleção possui alguns astros do futebol mundial, como Dejan Stankovic, da Inter de Milão e Nemanja Vidic do Manchester United. O time é competitivo, herdou a escola iugoslava de qualidade técnica e força física. Nas eliminatórias conseguiu mandar a toda poderosa França para a repescagem. É a favorita para conseguir a segunda vaga do grupo D e dependendo do adversário nas oitavas pode ir ainda mais longe.
As outras seleções que se cuidem, a Sérvia carrega a tradição iugoslava no futebol e pode fazer bonito na copa da África.

Fudbalska Reprezentacija Srbije
Status: Pode surpreender
Ranking da Fifa: 15º
Melhor participação: Estreante como Sérvia
Participações em Copas: 2 (2006* e 2010) *Como Sérvia e Montenegro
Ídolos: Savo Milosevic, Predrag Mijatović, Dragan Piksi Stojkovic, Ilija Petkovic, Srecko Katanec, Stjepan Bobek, Rajko Mitic, Dejan Petkovic, Slobodan Santrac, Dejan Stankovic
Uniforme: Nike
Time Base (4-4-2): Stojkovic; Ivanovic, Vidic, Lukovic e Kolarov; Stankovic, Milijas, Jovanovic e Krasic; Pantelic e Zigic. Técnico: Radomir Antic
Ele é o cara: Atenção à Nemanja Vidic. Ele é titular absoluto do Manchester United e considerado por muitos um dos melhores zagueiros do mundo.
Olho nele: Uma das grandes peças na boa campanha do CSKA na última Champions, o meia Milos Krasic provou ser técnico e oportunista quando tem chances de gol.
Tem Brazuca aí: Nenhum
Pontos fortes: Experiência, força física e técnica. A Sérvia herdou o bom futebol e a tradição iugoslava. É um time altamente competitivo.
Pontos fracos: O ataque base da equipe, com Pantelic e Zigic, é velho e, por consequência, lento. O goleiro também não vive bom momento.

Jogos do Grupo D:
13/06 - 11h00 – Pretória: Sérvia x Gana
13/06 – 15h30 – Durban: Alemanha x Austrália
18/06 – 08h30 – Port Elizabeth: Alemanha x Sérvia
19/06 – 11h00 - Rustenburg: Gana x Austrália
23/06 - 15h30 - Johanesburgo: Gana x Alemanha
23/06 – 15h30 - Nelspruit: Austrália x Sérvia

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