Barcelona 2005/06 – O time de Frank Rijkaard foi aclamado não só pelas conquistas da
Champions League e
La Liga – com 12 pontos de vantagem sobre o Real Madrid. Altamente ofensivo e plástico, o trio Ronaldinho-Eto’o-Giuly infernizava as defesas pela velocidade que imprimia às partidas. O meio campo operário de Edmilson e Van Bommel dava à Deco a liberdade de municiar o poderoso ataque. Revelação daquele time, Messi já dava mostras de diferenciamento e o veterano Larsson era eficiente como o 12º jogador. Ironicamente (ou não), o gol do título europeu foi marcado pelo esforçado Belletti, que se não era brilhante, cumpria com aplicação sem igual o seu papel pela ala direita. O símbolo dessa era
blaugrana é a partida memorável da equipe no clássico diante do Real Madrid no Santiago Bernabéu em novembro de 2005, onde
Ronaldinho saiu ovacionado pela própria torcida merengue, após o meia brasileiro ter marcado dois gols e ter dado um show nos 3-0 para o Barça.
Time-base: Valdés; Oleguer (Belletti), Marquez, Puyol e Van Bronckhorst; Edmilson (Xavi), Van Bommel e Deco; Giuly (Larsson), Eto'o e Ronaldinho.
São Paulo 2005 – Vindo da frustração de uma eliminação para os colombianos do Once Caldas no ano anterior, o São Paulo tinha a Libertadores como grande obsessão daquele ano, que começou com a conquista do título paulista, em um time que ainda tinha Luizão e Emerson Leão no comando. O polêmico técnico deixou o Tricolor em meio a Libertadores, alegando uma “dívida de coração” com um amigo do Japão, rumando para o Vissel Kobe. Aproveitando a base deixada pelo seu antecessor, Paulo Autuori levou os louros das conquistas mais importantes dos sãopaulinos nesta década. Capitaneados por
Rogério Ceni, a sólida defesa composta por Lugano e Fabão, os aplicados Josué e Mineiro bem orquestrados por Danilo, os gols ficavam a cargo da inspirada dupla Grafite-Amoroso, em ótima fase. O jogo que ilustra a grande fase do São Paulo foi a partida final do Mundial da Fifa contra o Liverpool, que vinha de série invicta na Europa. Naquela final, Ceni fechou o gol diante de um persistente Gerrard e premiando a aplicação de Mineiro, um verdadeiro operário naquela equipe e que marcou o gol triunfal em Yokohama. Boa parte da base daquela equipe ajudou a dominar o futebol brasileiro nos três anos seguintes.
Time-base: Rogério Ceni; Fabão, Lugano e Edcarlos; Cicinho, Mineiro, Josué, Danilo e Júnior; Amoroso e Grafite (Aloísio). Técnico: Paulo Autuori
Internacional 2006 – Frustrado pela derrota cercada de polêmica no Brasileirão 2005, o Inter chegou forte para a Libertadores do ano seguinte. Enquanto sentia uma ponta de deleite ao ver o Corinthians cair ainda nas oitavas, diante do River Plate, o Inter atropelava seus adversários. Na grande final contra um São Paulo que buscava o bicampeonato, Sóbis acabou com o jogo na primeira partida da decisão, ao marcar os tentos do Colorado no 2-1 em pleno Morumbi. Depois, o empate de 2-2 em casa acabou com o estigma da equipe diante dos rivais gremistas, que zombavam o fato da equipe só conquistar títulos regionais. Boa parte do time campeão da América deixou o Inter após a conquista, como Jorge Wagner e Rafael Sóbis. Contudo, os gaúchos viram o surgimento do prodígio Alexandre Pato, além da providencial chegada de Iarley. E a exemplo do São Paulo de 2005, o Inter de 2006 derrubou o todo-poderoso de Barcelona, que chegou cheio de pompa ao Mundial da Fifa. Porém, o gol de Adriano Gabiru coroou um ano inesquecível aos Colorados, que ainda fechou 2006 com um vice-campeonato gaúcho e brasileiro
Time-base: Clemer; Ceará, Índio, Fabiano Eller e Rubens Cardoso; Edinho, Tinga (Vargas), Alex e Jorge Wagner (Iarley); Rafael Sóbis(Alexandre Pato) e
Fernandão. Técnico: Abel Braga
Manchester 2007/08 – Uma equipe aplicada, com uma dupla de zaga inspirada (Ferdinand e Vidic), dos jogadores no auge de sua técnica (Ronaldo e Rooney) e dois ícones: um em campo (Giggs) e outro no banco (Ferguson). Adicione jogadores aplicados e com alguma técnica, como Van der Sar, Evra, Carrick e Tevez. Com isso, os Red Devils coroaram essa temporada com o bicampeonato inglês, a conquista da
Champions e do Mundial da Fifa. Dentre as citadas aqui nesse post, não foi a equipe mais brilhante ou plástica em campo. Mas sua eficiência e aplicação tática foram ímpares, além de contar com um Ronaldo infernal durante toda a temporada, com 42 gols marcados.
Time-base: Van der Sar; Brown (O’Shea), Vidic, Ferdinand e Evra; Carrick, Scholes (Park), Ronaldo e Giggs; Rooney e Tevez. Técnico: Alex Ferguson
Barcelona 2008/09 – Um time composto basicamente por pratas da casa, começando pelo banco de reservas do técnico
Josep Guardiola. Valdés, Pique, Puyol, Xavi, Iniesta, Messi, Busquets, Bojan e Pedro, todos criados à sombra do Camp Nou, ajudaram o Barcelona, campeão de seis títulos nesse período e apontado por parte da imprensa espanhola como a maior equipe do clube em seus 110 anos de história. “Veteranos” de clube como Eto’o e Marquez tiveram boa contribuição, complementados primeiro pelas contratações de Yayá Touré, Keita, Dani Alves e Henry, depois por Ibrahimovic. E mesmo em meio a tantas estrelas, a canhotinha afiada de Messi sempre dava um jeito de se sobressair à trupe. E assim, o Barcelona, que já tinha consagrado Ronaldinho naquela equipe de 2005/06 formou outro camisa 10 aclamado como melhor do mundo, em 2009.
Time-base: Valdés; Dani Alves, Pique (Marquez), Puyol e Abidal; Yayá Touré (Keita) Iniesta e Xavi; Messi, Henry e Eto’o (Ibrahimovic).
Dentro os citados nestes posts, ficaria Barcelona 2008/09, levemente superior ao de 2005/06 e que tinha um Ronaldinho acima da média, mas a equipe em si era inferior a de Messi como conjunto.
Algum time injustiçado ou escolha discordante? Dê sua sugestão nos comentários e vote na enquete sobre o tema, à direita da página.