4.6.10

Copa do Mundo 2010 - Grupo C

Inglaterra
A procura da reafirmação

Não é por acaso que a Inglaterra é apontada por muitos como uma das grandes favoritas a levantar o caneco na África do Sul. O Campeonato Inglês é um dos mais ricos do mundo, tanto em movimentação financeira como em qualidade dentro campo. Quem não gostaria de ver algum atleta de times como Chelsea, Manchester United, Liverpool e Arsenal atuando em seu país?

Além disso, todos jogadores da seleção atuam na Inglaterra, um fato curioso e que contrasta com a nossa Seleção Brasileira "internacionalizada". A zaga dura liderada por John Terry, o meio campo marcador e finalizador de Lampard e Gerrard e o ataque matador de Rooney compõem a espinha dorsal de uma equipe invejável. A contusão de Rio Ferdinand as vésperas do mundial abala um pouco as estruturas, mas não altera seu status de favorita.

The Football Association Ltd
Status: Favorita
Ranking da Fifa:
Melhor participação: Campeã em 1966
Participações em Copas: 13 (1950, 1954, 1958, 1962, 1966, 1970, 1982, 1986, 1990, 1998, 2002, 2006 e 2010)
Ídolos: Bobby Charlton, Gary Lineker, Paul Gascoigne, Bobby Moore, David Beckham, Kevin Keegan, Alan Shearer, Geoff Hurst, Gordon Banks
Uniforme: Umbro
Time Base (4-4-2): James; Glen Johson, Terry, King (Carragher) e A.Cole; Gerrard, Lampard, Lennon (Barry) e J.Cole; Rooney e Crouch. Técnico: Fabio Capello
Ele é o cara: A força física desse jogador aliada ao faro de gol faz dele um “touro” em campo. Wayne Rooney chega à África do Sul como a principal aposta do time inglês, mesmo saindo recentemente de uma lesão. Se ele desequilibrar, o English Team pode ir longe.
Olho nele: Aaron Lennon, 23 anos, é um meia que carrega a bola com velocidade e sabe distribuir um jogo veloz pela direita. Um perigo eminente.
Tem Brazuca aí: Nenhum
Pontos Fortes: O meio campo inglês dá inveja a qualquer seleção. Lampard, Gerrard, Joe Cole e Wright-Phillips. Muita qualidade em distribuir bolas e arrematar em gol.
Pontos Fracos: Há muito tempo, a Inglaterra sofre com a falta de um goleiro à altura de seu futebol. David James, Robert Green e Joe Hart mantém essa escrita. São bem medianos.

Estados Unidos
"Yes, We Can"

Quem acompanha o futebol norte-americano nota que a cada nova Copa do Mundo eles evoluem mais. Lógico que for levado em consideração apenas as colocações nas competições anteriores (8º em 2002 e 25º em 2006) os argumentos podem cair por terra. Só que é notório que os Yanks aprenderam a jogar futebol. O sufoco que o Brasil levou para vencer a Copa das Confederações não foi por acaso. É um time, hoje, maduro e inteligente, que sabe utilizar o bom preparo físico a seu favor, principalmente nas jogadas pelos flancos do campo.

Têm em Landon Donovan alguém em quem acreditar. Carlos Bocanegra e Steve Cherundolo fazem um miolo de zaga à La Alexi Lalas e Marcelo Balboa (1994)., com boa cobertura e técnica lá atrás. Ter se classificado à frente do México nas Eliminatórias para a Copa é mais um aditivo na moral estadunidense para a África do Sul. Não é um time que disponta como um semifinalista ,mas pode chegar facilmente as quartas-de-finais seguindo a trajetória de 2002 (8º lugar), onde o próprio Donavan atuou.

U.S. Soccer Federation
Status: Corre por Fora
Ranking da Fifa: 14º
Participações em Copas: 9 (1930, 1934, 1950, 1990, 1994, 1998, 2002, 2006 e 2010)
Melhor participação: 3º em 1930
Ídolos: Bert Paternaude, Joe Gaetjens, Toni Meola, Alexi Lalas, Eric Wynalda, Brian McBride, Marcelo Balboa, Cobi Jones, Claudio Reyna
Uniforme: Nike
Time Base (4-4-2): Howard; Spector, DeMerit (Onyewu), Bocanegra, Bornstein; Holden, Bradley (Clark), Dempsey, Donovan; Altidore e Beasley (Gomez). Técnico: Bob Bradley.
Ele é o cara: Landon Donovan é o maior artilheiro da seleção americana com 42 gols. O meia atacante é um dos principais jogadores Major League Soccer. Veloz e goleador, Donovan é o grande elo de ligação do meio para o ataque deste time norte-americano.
Olho nele: Com apenas 20 anos, Jozy Altidore já mostra futebol de gente grande. O atacante do Hull City é um centroavante com a cara da Inglaterra - mas a serviço dos EUA: Grande, forte e bom na jogada aérea.
Tem Brazuca aí: Benny Feilhaber (meia)
Pontos Fortes: Quase todos defensores norte-americanos jogam na Inglaterra e por isso levam a experiência do futebol inglês para campo - importante inclusive para a partida diante dos próprios ingleses no Grupo C. É um sistema defensivo bem postado, com jogadores fortes fisicamente e velozes na cobertura.
Pontos Fracos: O meio campo do time não é muito criativo. Joga mais distribuindo bolas e apostando na velocidade. A falta de um “cérebro pensante” na meia pode fazer falta em uma etapa mais avançada da Copa.

Argélia
Raposas em pele de cordeiro

Copa do Mundo sem coadjuvantes não é Copa do Mundo. A seleção da Argélia conhecida como Les Fennecs (as Raposas do Deserto, em português) pode sustentar muito bem esse papel. A equipe perdeu os quatro últimos amistosos de preparação para a Copa. É um time, no máximo esforçado. O fato de ter deixado o bom time do Egito fora da Copa em uma disputa digna de uma arena de gladiadores ainda não a credencia para assustar adversários na maior competição do futebol.

Apesar de tecnicamente fraca, alguns de seus jogadores atuam em campeonatos europeus da França, Inglaterra, Escócia e Itália, por exemplo. Nenhum jogador atua em clubes de ponta nesses países. Mas ao menos adquiriram alguma experiência para fortalecer o futebol local. Apostando na vitalidade do lateral Nadir Belhadj, o treinador Rabah Saadane deve explorar os contra-ataques velozes, após sustentar grandes momentos de pressão. A grande baixa é o habilidoso meia Mourad Meghni, da Lazio, que contundiu o joelho.

Fédération Algérienne de Football
Status: Zebra
Ranking da Fifa: 30º
Participação em Copas: 3 (1982, 1986 e 2010)
Melhor participação: 13º em 1982
Ídolos: Rabah Madjer, Salah Assad, Abdelhafid Tasfaout, Mahhedine Neftah, Tazid Mansouri, Mourad Meghni
Uniforme: Puma
Time Base (4-4-2): Chaouchi; Bougherra, Yahia, Halliche e Belhadj; Mansouri, Yebda, Lacen, e Ziani; Saifi e Ghezzal. Técnico: Rabah Saddane.
Ele é o cara: Nadir Belhadj é um dos jogadores argelinos com maior projeção no mundo do futebol. O lateral esquerdo é rápido e apóia bem o ataque. As assistências para os gols da equipe podem vir da esquerda com ele em campo.
Olho nele: Ryad Boudebouz, 20 anos, é um meio-campo veloz. Habilidoso com a perna direita, ele pode ser uma boa opção para o treinador Saadane para abrir as defesas adversárias.
Tem Brazuca aí: Nenhum
Pontos Fortes: É uma equipe de certa forma equilibrada. Tem jogadores de nível médio na defesa, meio e ataque, o que dá uniformidade ao elenco.
Pontos Fracos: Se tratando de Copa do Mundo, camisa é uma coisa que pesa na hora H. A da Argélia pode ser comparada a uma pluma nesse universo.

Eslovênia
"Revivendo" a antiga Iugoslávia

Um dos países herdeiros do futebol técnico da antiga Iugoslávia, os eslovenos disputaram o seu primeiro jogo como nação independente em 1992. Nesse mesmo ano, foi admitida como membro da Uefa e da Fifa. Essa independênia tardia faz com que a experiência em Copas seja pequena - apenas uma em 2002, em que terminou com um pífio 30º lugar. Atualmente, a Eslovênia é uma seleção bem diferente da de oito anos atrás. Conseguiu deixa fora da Copa a badalada República Tcheca e chega a África do Sul como uma das equipes com potencial de chegar na segunda fase.

No dia 18 de junho Eslovênia e Estados Unidos vão travar um confronto-chave para a vaga de segundo colocada, teoricamernte atrás da Inglaterra. A habilidade de meias como Krhin, Sisic e Pecnik, a segurança do arqueiro Samir Handanovic somada ao oportunismo de Novakovic são fatores que dão sustentabilidade ao grupo e as pretensões do país na Copa. Mesmo que não sejam brilhantes, devem fazer um bom papel na competição com, no mínimo, jogos equilibrados e interessantes.

Nogometna Zveza Slovenije
Status: Pode Surpreender
Ranking da Fifa: 25º
Participações em Copas: 1 (2002)
Melhor participação: 30º em 2002
Ídolos: Zlatko Zahovic, Dzoni Novak, Milenko Acimovic, Mladen Rudonja, Nastja Ceh
Uniforme: Nike
Time Base: Handanovic; Brecko, Suler, Cesar, Jokic (Ilic); Radosavljevic, (Krhin) Koren, Birsa, Kirm; Dedic e Novakovic. Técnico: Matjaz Kek
Ele é o cara: Samir Handanovic, 25 anos, é o principal líder da equipe. O goleiro da Udinese fez boas atuações durante as eliminatórias e tem confiança total do treinador.
Olho nele: Com apenas 20 anos, o meia Rene Khrin é o jogador mais novo da equipe e a grande promessa de criatividade no meio campo. A qualidade do meia despertou os olhares da atual campeã européia, a Inter de Milão, que já conta com seu futebol
Tem Brazuca aí: Nenhum
Pontos Fortes: O time segue a escola do futebol Iugoslavo. Meias habilidosos e inteligentes, laterais rápidos e atacantes matadores.
Pontos Fracos: O time tem uma média de idade acima de 27 anos. Muita experiência pode significar, no caso da Eslovênia, pouco fôlego para encarar os desafios deste grupo.

Jogos do Grupo C:
12/06 - 15h30 - Rustemburgo: Inglaterra x EUA
13/06 - 08h30 - Polokwane: Argélia x Eslovênia
18/06 - 11h00 - Johanesburgo: Eslovênia x EUA
18/06 - 15h30 - Cidade do Cabo: Inglaterra x Argélia
23/06 - 11h00 - Port Elizabeth: Eslovênia x Inglaterra
23/06 - 11h00 - Tshwane/Pretória: EUA x Argélia

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