12.6.10

Protagonista, coadjuvante e vilão

Green: "personagem" do empate entre Inglaterra e Estados Unidos

Depois do marasmo de Uruguai e França, partidas bem movimentadas neste sábado, apesar de, na prática, nenhum placar elástico. Sem estrelas, mas com a eficiência de sempre, Park Ji-Sung e o aplicado time sul-coreano não tiveram maiores dificuldades para bater a sem graça Grécia por 2 a 0, mostrando que será o fiel da balança deste Grupo B tanto para argentinos, quanto para nigerianos. Os gregos, assim como 1994, devem fazer turismo em terras sul-africanas. Time previsível, que continua apostando nas bolas aéreas e usa de pouca criatividade no meio-campo. Se marcar um gol – em quatro jogos na história das Copas, nenhum gol marcado – a equipe do técnico alemão Otto Rehhagel pode dar-se por satisfeita.

O placar foi magro, mas importante. A Argentina conseguiu os três pontos diante da segunda força do grupo, ao bater a Nigéria pelo placar mínimo. E Messi mostrou, finalmente, que pode ser o protagonista que todos querem e sabem que ele pode vir a ser. A sorte do camisa 10 só não foi melhor por causa de Eneyama, que foi o goleiro que teve mais trabalho nesta Copa, até aqui.

Porém, se Messi jogou como a maioria esperava, a zaga albiceleste também. À exceção de Samuel – o mais lúcido defensor – a zaga da equipe de Diego Maradona não inspira a menor confiança. Demichelis é lento, Heinze – apesar do gol – apóia pouco pela esquerda e não é brilhante na marcação, enquanto Jonás Gutiérrez, meio-campo canhoto, estava perdido na lateral direita, causando pânico cada vez que os rápidos atacantes nigerianos caiam pelo seu setor. Tevez não fez boa jornada enquanto Higuaín perdeu gols que ele não costuma perder. No lugar de Dieguito, apostaria no bom momento de “Il Príncipe” Milito no ataque, apesar das características semelhantes ao atacante do Real Madrid.

Na “decisão” do Grupo C, os jogadores dos Estados Unidos comemoraram muito o empate diante dos favoritos ingleses. O técnico da Inglaterra, Fabio Capello, pagou pelas más escolhas entre os 11 que iniciaram a partida diante dos americanos. Testando David James e Joe Hart na maioria dos amistosos, o técnico italiano apostou em Robert Green, indubitavelmente o vilão do empate ao não segurar o fraco chute de Dempsey. Além do camisa 12 inglês, Milner (no lugar do contundido Barry) e o ineficiente Heskey não ajudaram. Para completar, Rooney demorou para entrar na partida e Lampard fez partida irreconhecível. E sem Ferdinand, a zaga inglesa mostrou fragilidades, principalmente nas bolas em velocidade, com o forte e rápido Jozy Altidore.

Já a equipe do técnico Bob Bradley se portou bem, esperando os ingleses atacarem, mas sempre marcando forte desde o campo de defesa adversário. Apesar das falhas mostradas no miolo de zaga, Bocanegra e, principalmente, Onyewu, fizeram ótima jornada nas bolas aéreas, enquanto o goleiro Tim Howard – que tão bem conhece o futebol inglês, já que atua no Everton – mostrou o porque de ser cotado como um dos melhores em sua posição nesta Copa do Mundo.

Apesar do maior volume de jogo da Inglaterra, o jogo mostrou que, se der a lógica, ambos passarão para a próxima fase, já que Argélia e Eslovênia – que estreiam neste domingo – não parecem trazer qualquer tipo de ameaça ou surpresa neste Grupo C.

4 comentários:

André Severiano disse...

Kra... mt bom o seu blog!

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Abração,

Net Esportes disse...

apesar da vitória a Coréia não me empolgou muito, jogo meio sem graça ... mas o duelo Argentina e Nigéria foi muito intenso ... aí sim a Copa começou pra valer .... amanhã só boto uma fé no jogo da Alemanha e olhe lá ... mas mesmo assim estarei de olho nos demais ... !!!!!

Felipe Moraes disse...

Argentina e Nigéria fizeram o melhor jogo da copa até agora. E o frango do Green, confesso, foi engraçado hahahaa

Abraço,

Felipe Moraes

Thiago Barretos disse...

Não acho que o jogo da Argentina foi tão tão bom assim. A Nigéria tem um timezinho bem limitado. Defende-se bem, mas não sabe atacar.
O engraçado foi o gol ter sido feito justamente por Heinze, um dos atletas mais criticados pelos comentaristas portenhos.