Na minha visão o time é fraco. Até entendo que Dunga está priorizando atletas que não terão, em um prazo curto, alguma oportunidade de vestir a camisa da Seleção Canarinha, deixando totalmente claro que jogadores Sub-23 que podem atuar na seleção principal não deverão ser convocados pelo time olímpico. Dessa maneira, as ausências de Diego do Werder Bremen, Alex Silva do São Paulo, Rafael Sóbis do Betis e companhia são aceitáveis...
Mesmo assim, os nomes relacionados, deixam a desejar, sobretudo do meio-campo para frente. Não dá para entender porque os tecnicamente limitados cruzeirenses Charles e Ramires foram convocados em detrimento dos tricolores Hernanes e Arouca, por exemplo. Como confiar em Pedro Oldoni ao invés de Guilherme do Cruzeiro? Sidney do Internacional e Luisão do Vasco não são melhores do que a zaga formada por Leo e Leandro Almeida?
Sinto falta de maior bagagem do exterior. Atletas que atuam geralmente em times “B” da Europa, e que não são convocados, poderiam engrossar o caldo de nossa equipe. Jô do CSKA, Rafinha do Schalke 04 e Denílson do Arsenal ajudariam a transmitir um pouco mais de experiência à Seleção. Com tantas incógnitas, Breno, Thiago Neves, Diego Souza e Alexandre Pato deverão formar a espinha dorsal de irretocáveis.
Pelo menos, em um ponto Dunga está certo. Pouco adianta formar uma equipe cheia de destaques e nomes conhecidos, se em campo não há uma unidade que faça este time jogar um bom futebol. Que diga Ricardo Gomes, que há três anos atrás, montou uma equipe escalada com Robinho, Diego, Elano, Daniel Carvalho e sequer chegou nas Olimpíadas...
Mesmo assim, a pressão em torno deste título inédito é enorme. É bom o treinador Dunga não vacilar, pois um novo vexame certamente pode custar-lhe o cargo de técnico da equipe principal.