29.6.08

Esperança para o futuro

Espanha campeã: vitória de um futebol jovem, aplicado e bonito de se ver.

Enfim, o bom futebol triunfou nesta Eurocopa. Após aturarmos o foco defensivo e o jogo aéreo da Grécia em 2004, poderíamos ver um campeão tradicional, porém, que peca pela simplicidade e pelo pragmatismo. A Alemanha, inegavelmente, tem bons valores. Mas quando pegou times que sabiam jogar com a bola no chão e tinham um meio campo habilidoso e versátil, sucumbiu. Como já havia ocorrido com a Croácia e neste domingo, com o futebol solidário da Espanha.

Melhor ataque, melhor defesa e futebol mais constante. Figurando como grande, mas vista com alguma desconfiança nesta Euro, a Espanha prova que está criando uma boa geração, que pode chegar mais longe do que o campeonato europeu de seleções. Agora, sem o estigma de “amarelar”. Soube decidir, jogar com a vantagem a seu favor. E mesmo com seus atacantes não atuando de forma regular, a zaga da Fúria foi soberba e o meio-campo, quase perfeito. Não é a toa que Marcos Senna figura como candidato a ser um dos melhores do torneio, ao lado do goleiro Casillas. E ainda acho que faltou a devida menção a Xavi Hernández, símbolo do auxílio na parte defensiva e ofensiva, como já faz há tempos no Barcelona. A parceria com Iniesta mostrou-se eficaz e decisiva para a seleção espanhola. David Silva trouxe rapidez, principalmente nos contra-ataques, do lado esquerdo, enquanto Fabregas foi reserva, mas com status e capacidade de estar entre os onze. Sempre que entrou, mostrou o potencial que o elevou a ser um dos principais atletas da última Premier League, com apenas 21 anos.

Aliado ao fato de tão importante conquista, a base desta seleção é relativamente jovem. A média de idade da equipe nesta Euro girou em torno de 27 anos, mas se considerarmos as peças-chave da equipe, como Casillas, Puyol, Sérgio Ramos, Senna, Fabregas, Iniesta, Xavi, Silva, Villa e Torres, a média cai para pouco menos de 25 anos. Uma geração que poderá ter mais dois anos de maturação para chegar longe na Copa de 2010, na África do Sul. É claro que tudo dependerá do técnico que irá assumir a Fúria – já que Aragonés está de partida para o Fenerbahçe. E ainda estão surgindo bons valores que podem futuramente fazer parte desta seleção, como os jovens Asenjo, Capel, Jesus Navas, Fran Mérida e Bojan Krkic, por exemplo.

Essa Eurocopa não teve um grande destaque individual. Nenhuma unanimidade. Porém, o futebol solidário e versátil foi premiado. E que o futuro da Fúria possa se pintar sempre em vermelho. Pois se trata de uma seleção que sempre teve bons valores, mas que tinha medo de vencer os próprios estigmas e estereótipos que lhe foram atribuídos.

27.6.08

Tradição versus crescimento

De um lado uma seleção acostumada a jogos decisivos. Acostumada, principalmente, a vencer jogos decisivos. Do outro, uma seleção acostumada a grandes decepções e que só agora dá mostras de que pode ser a melhor da Europa novamente. Alemanha e Espanha fazem, no domingo, o jogo mais esperado do ano, e, possivelmente, o mais equilibrado também. Este é o preview da grande final da Euro 2008, numa parceria entre o Blog Futebol Europeu, de Felipe Leonardo e o Opinião FC.

POR FELIPE LEONARDO
Futebol Europeu -
http://www.hesselink.blogspot.com

Alemanha
Mentalidade de campeã

Jürgen Klinsmann saiu do comando da seleção alemã em 2006 e deixou para seu sucessor e ex-assistente técnico, Joachim Löw, uma equipe amadurecida e pronta para vencer. A Alemanha de Klinsmann e Löw joga um futebol de mais toque de bola, com volantes que aparecem no ataque e alas muito ofensivos. Nesta Euro, tem-se visto uma Alemanha incrivelmente poderosa ofensivamente, mas ainda assim com um jogo equilibrado, organizado e eficiente.

Na estréia, contra a Polônia, os germanos venceram com tranquilidade por 2 a 0, com dois gols do melhor jogador jovem da Copa de 2006, Lukas Podolski. Mas diante da Croácia, a equipe desandou. Enfrentou um time habilidoso nas trocas de passe e rápido nas conclusões. Os alemães tiveram mais tempo de posse de bola, mas foram ineficientes nas finalizações e morosos na contenção das ofensivas croatas. Resultado: 2 a 1 para a Croácia. Ainda bem que o adversário dos germanos no último jogo da primeira fase era a fraquíssima Áustria. Ballack, com um potente chute de longa distância, colocou a Alemanha nas quartas-de-final. Löw perdeu Frings, que fraturou uma costela no jogo contra os austríacos, e o substituiu por Simon Rolfes. Depois das atuações irregulares de Jansen na lateral-direita, Löw voltou com o antigo titular Friedrich. E ainda promoveu mais uma mudança para o jogo contra Portugal: sacou o decepcionante Mario Gomez do ataque e preencheu o meio-campo com Hitzlsperger, abandonando o 4-4-2 e adotando ou 4-2-3-1 como formação inicial. A mudança deu certo. Os alemães bloquearam os principais núcleos ofensivos portugueses (Deco, Ronaldo e Bosingwa), jogaram no campo defensivo do adversário e venceram pelo placar incontestável de 3 a 2, graças a uma atuação inspirada de Schweinsteiger. Na semifinal, a rival era a Turquia, equipe sensação do torneio. Jogo duríssimo, equilibrado e emocionante. No fim, prevaleceu a competência alemã. Novo placar de 3 a 2. Mas o grande teste dessa nova Alemanha, que foi transformada por Klinsmann e agora é firmemente conduzida por Löw, será a final contra a Espanha.

Pontos fortes - O trunfo da Alemanha nesta competição tem sido o ataque, especialmente na segunda fase. Mario Gomez e Klose formaram a dupla ofensiva na primeira fase e o que se viu foi um congestionamento enorme entre dois grandes centroavantes. Löw optou apenas por um homem de área e escolheu certo, Klose, mais experiente e eficiente que Gomez. Na armação de jogadas aparece Ballack, que, contra Portugal e Turquia, pôde jogar um pouco mais à frente do que estava acostumado, sem tantas preocupações defensivas. Mas as grandes armas de Löw estão nas alas: Podolski na esquerda e Schweinsteiger na direita. Os dois jovens são os reponsáveis por dar velocidade ao ataque alemão e qualidade na dinâmica ofensiva. Por isso, Klose nunca está isolado na grande área. Resultado: 7 dos 10 gols da Alemanha são do trio; e os três, cada um com duas assistências, respondem por 70% dos passes para gol da equipe. O futebol de qualidade que Podolski e Schweinsteiger deixaram de mostrar pelo Bayern nas duas temporadas pós-Copa do Mundo foi restaurado e colocou a Alemanha em sua sexta final européia.

Pontos fracos - A Alemanha marcou 10 gols nesta Euro, 6 deles nos últimos dois jogos. Sofreu 6, 4 deles nos últimos dois jogos. Se o ataque melhorou consideravelmente na segunda fase, a defesa se enfraqueceu na mesma medida. A zaga central é formada por Mertesacker e Metzelder, uma excelente dupla de beques. Rolfes entrou no lugar do machucado Frings na proteção à zaga, que deve voltar para a final. Hitzlsperger entrou no lugar do atacante Mario Gomez, para preencher o meio-campo, e Fritz perdeu a titularidade. Mas a dupla de volantes também tem se mostrado eficiente, apesar das mudanças e problemas. A fraqueza defensiva da Alemanha está nas laterais. Friedrich joga pela direita, tem pouca habilidade no apoio e está longe de ser um grande defensor. Philipp Lahm, que atua na esquerda mas é destro e pode jogar na direita, é completamente voltado para as ações ofensivas. Tem qualidade no desarme e é rápido na aproximação aos atacantes, porém, obviamente, não dá conta da armação e da proteção ao lado esquerdo da zaga. Como castigo, a Alemanha tem sofrido muitos gols construídos em jogadas laterais: 4 dos 6 gols sofridos por Lehmann aconteceram na grande área. O sistema defensivo alemão que se cuide com Sergio Ramos, Capdevila, David Silva e Iniesta, articuladores de jogadas laterais da seleção espanhola.

Time-base - Lehmann; Friedrich, Mertesacker, Metzelder e Lahm; Hitzlsperger e Rolfes; Schweinsteiger, Ballack e Podolski; Klose.

POR ANDRÉ AUGUSTO
Opinião FC - http://www.opiniaofc.blogspot.com


Espanha
Fúria desperta

Há mais de 40 anos, a Espanha ganhava seu último título expressivo no futebol: A Eurocopa, sediada em seus domínios. Vinte anos depois, chegava à final da mesma competição, sendo esta a última final que disputou em um campeonato de alto nível. E o vice-campeonato marcaria mais 24 anos de sofrimento, chacota e campanhas decepcionantes, mesmo com times razoáveis.

Desacreditada, a Espanha chegou na Euro com Luís Aragonés balançando no cargo. A polêmica de Raúl González, ícone do futebol espanhol, ficar fora do grupo e a aposta em Marcos Senna – o qual Aragonés bancou desde a Copa de 2006 – se mostraram acertadas, no final das contas. O crescimento da Espanha na competição é notório. Mesmo com a opção de manter Fábregas fora dos onze iniciais, a Espanha mostrou-se ofensiva e letal, com Villa em grande forma e o meio-campo muito criativo e versátil. Senna é marcador, mas tem alguma habilidade, Xavi e Iniesta fazem com maestria a transição entre defesa e ataque, além de David Silva, importante na armação pela esquerda. Mesmo com Fernando Torres longe do melhor desempenho, a Espanha teve boa estréia contra os russos e se classificou antecipadamente vencendo a Suécia com justiça. Os reservas – com destaque para De La Red e Güiza, artilheiro do ultimo espanhol – mantiveram os 100% frente aos gregos. No dramático jogo contra a Itália, a Espanha foi melhor e os penaltis coroaram uma classificação justa, com grande destaque para o capitão Casillas. E no segundo jogo contra a Rússia – já como a revelação desta Euro – a Espanha teve calma para provar que joga um futebol que se não é o mais vistoso, foi de longe, o mais regular.

Aragonés armou a equipe em um 4-4-2 durante toda a competição, mas será obrigado a remeter ao 4-5-1 por conta da contusão de Villa. A fluidez que a entrada de Fabregas deu ao time, principalmente contra russos, fazem desta a opção mais sensate.Ainda há uma pequena possibilidade da entrada de Güiza, que também mostrou oportunismo. Neste caso, a Espanha volta ao esquema inicial.

Pontos Fortes – O meio-campo mostrou-se muito eficiente e efetivo. O ataque badalado formado por Torres e Villa correspondeu no começo, mas deixou a desejar no mata-mata. Entrava em campo as boas aparições de Xavi, Silva e Iniesta, muito rápidos na chegada ao ataque. Por opção e da contsão de Villa, Fabregas deu uma dinâmica ainda maior, revesando com os outros meias. Isso deu a Espanha o status de melhor ataque da Euro (11 gols) e time que mais rematou ao gol adversário (104 chutes). As subidas de Sérgio Ramos também mostraram-se uma boa válvula de escape, já que o lateral/defensor do Real Madrid ataca com alguma qualidade e fecha a ala com eficiência. Além disso, Casillas mostrou estrela e passa muita confiança, como goleiro e capitão da equipe.
Pontos Fracos – Com a contusão de Villa e a ineficiência de Torres, o ataque da Espanha está mal. A falta de gols, frente a um time copeiro e centrado como a Alemanha pode se mostrar fatal. O jogo aéreo alemão pode também ser letal a zaga espanhola, já que o miolo de zaga formado por Marchena e Puyol mede 1m83cm e 1m80cm, respectivamente.
Time-Base – Casillas; Sérgio Ramos, Puyol, Marchena e Capdevilla; Senna, Xavi, Iniesta e Silva; Villa (Fabregas) e Torres.

26.6.08

Flashback na Itália

O futebol pífio dos italianos na Euro e alguns equívocos acabaram com a aventura de Donadoni na Azzurra.

A campanha pífia da Itália na Euro 2008 teve seu lado “positivo”. O aventureiro Donadoni teve o ponto final na sua jornada à frente da Azzurra. Com pouca experiência efetiva como técnico (após dirigir o modesto Lecco, o Genoa e o Livorno por duas vezes), ele acabou indo na onda dos “ex-jogadores sem experiência que podem ser técnicos de seleções nacionais tradicionais”, causada pelo trabalho de Klinsmann na Copa de 2006, com o terceiro posto. Onda esta, que como todos nós sabemos, acometeu a parte de cá do Atlântico também, infelizmente.

O futebol apático frente aos espanhóis mostrou que lhe faltava visão frente à Azzurra, mesmo com todos os desfalques do confronto contra La Furia. A ausência da experiência dos campeões do Mundo Gattuso e Pirlo poderia ser compensada com a entrada de Del Piero – artilheiro da última Serie A, com 21 gols – mas Donadoni optou por Aquilani, jovem promessa que não estava na plenitude de sua forma física, devido a uma contusão há poucos meses da Euro. E, ao meu ver, pagou caro. Já nas eliminatórias, A Itália penou para se classificar na prieira colocação, quando deixou de somar pontos com a Lituânia e a França (nas duas partidas). O gol salvador de Panucci na vitória contra a Escócia (um prenúncio, assim como o gol dele contra os romenos durante a Euro?) salvou a cabeça dele.

No entanto, os vareios sofridos contra holandeses e romenos – nunca esqueçamos do pênalti desperdiçado por Mutu – mostraram uma seleção sem brilho e a falta de atitude do treinador em mudar o time, mesmo que essa mudança fosse de postura. A Itália não é e nem será o time mais ofensivo do mundo, mas a covardia frente a uma Espanha que não mostrava todo seu potencial fizeram os dirigentes pensarem mais alto para que a Azzurra possa defender seu posto de campeã do mundo com alguma decência. Quem sabe essa Euro não foi para Donadoni o que a Olimpíada será para Dunga: o fim da brincadeira.

A volta de Marcelo Lippi, campeão do Mundo com a Squadra Azzurra em 2006, dá esperança aos fanáticos tiffosi. Mas não vamos nos iludir com um futebol bonito, vistoso e de muitas opções. No entanto, o experiente Lippi promete trazer a personalidade de outrora, que levou a Itália a desbancar alemães e franceses, entre outros. Vai fazer com que a camisa da Itália pese novamente dentro de campo. E não que a maglia azzurri destoe, como nos fracos jogos da equipe nesta Euro. Donadoni assumiu assim que Lippi deixou a seleção, com o título mundial. E as vezes, é bom retomar as rédeas da vida voltando até o instante em que ela se tornou muito melhor.

23.6.08

Ineditismo na América

Fluminense e LDU: Um dos dois será Campeão inédito da Libertadores da América.

No início da Libertadores, poucos apostariam em uma final entre Fluminense e LDU, por se tratarem de equipes de pouca tradição na mais importante competição sul-americana. Coincidentemente, fizeram parte do mesmo grupo – o Grupo 8, juntamente com Arsenal e Libertad -, no qual não encontraram maiores dificuldades para obter a classificação à fase de mata-mata. Apesar dos bons resultados obtidos frente à equipe equatoriana (0-0 e 1-0) , o Fluminense não deve esperar vida fácil. Maior expoente da evolução recente do futebol equatoriano, a LDU cresceu muito na competição e tem no grupo a sua grande força. Deixou bons times pelo caminho, como Estudiantes, San Lorenzo e América/MEX. Já o Flu, apenas na sua terceira participação na Libertadores, mostrou personalidade ao deixar para trás dois tradicionalíssimos clubes quando tratamos de Libertadores: São Paulo e o temido Boca Juniors, o qual não era eliminado por um brasileiro desde a década de 1960.

Moral, valores individuais e mais técnica estão pendendo para os lados das Laranjeiras. Mas o balanceado grupo da LDU, que mescla tarimbados jogadores como Urrutia, Agustín Delgado e Manso aos jovens Bolaños e Guerron, que podem armar contra-ataques perigosos em resposta ao ímpeto ofensivo do Flu. Seja como for, teremos um inédito campeão da Libertadores. Só resta saber quem será o premiado: o melhor futebol do Tricolor ou a coesão e solidariedade da LDU.

Fluminense
Esbanjando moral e personalidade

Há pouco mais de um ano, nem o mais otimista torcedor Tricolor imaginaria uma virada tão benéfica na vida do Fluminense. Quando Renato Gaúcho assumiu, em meio a uma crise, não dava pra se imaginar um trabalho tão vitorioso em tão curto espaço de tempo. E de promessa, Renato Gaúcho cravou seu nome como um dos principais treinadores brasileiros em atividade, ao levar os cariocas à conquista da Copa do Brasil e ao quarto lugar no Brasileirão em 2007. Chegando com os devidos méritos ao torneio sul-americano, viu o esforço da diretoria e do patrocinador no sentido de criar uma equipe ainda mais forte e competitiva. As aquisições de Washington, Dodô e Conca mostraram-se de grande valia. Nem mesmo a perda de Leandro Amaral (em decisão judicial) abalou a estrutura do elenco, que começou o ano com três atacantes e chega a esta final com duas opções: dois atacantes (Washington e Dodô), ou apenas Washington no comando de ataque, mas com dois meias ofensivos e um segundo volante chegando com qualidade a frente (no caso, Cícero).

A gama de opções da equipe, méritos de Renato – o qual tanto já critiquei, mas reconheço sua gradual evolução como treinador – é a principal arma do Flu frente à aplicação e a compactação dos equatorianos. O treinador confia no ótimo momento de Washington, artilheiro da equipe com cinco gols, além de boas jornadas de Conca, Júnior César e Thiago Silva, que também estão em alta no elenco Tricolor.

Time-base: Fernando Henrique; Gabriel, Thiago Silva, Luiz Alberto e Júnior César; Ygor, Arouca, Conca e Thiago Neves; Dodô (Cícero) e Washington. Técnico: Renato Gaúcho
Ele é o cara! Washington. Foi importantíssimo na jornada dos cariocas até a final. Tem estrela e costuma decidir em momentos capitais.
Olho nele: As investidas do arisco Júnior César na esquerda serão um perigo constante para o lado direito da LDU. O lateral é habilidoso e arma bons momentos pela ala esquerda.
Pontos Fortes: O Fluminense tem uma boa variabilidade tática. Pode sair do 4-5-1 para o 4-4-2 facilmente, mexendo em peças como Dodô e Cícero, o qual já atuou em todas as posições do meio para a frente. E as desempenhou com qualidade. Além disso, os zagueiros são perigosos nas bolas paradas.
Pontos Fracos: A volúpia ofensiva dos laterais Gabriel e Júnior César mostra-se como o maior perigo para o Flu. A LDU tem bons e rápidos jogadores que caem pelos flancos, exatamente nas costas dos laterais. Além disso, o goleiro Fernando Henrique não é um poço de confiança.

LDU
Confirmando a evolução equatoriana

Após campanhas irregulares nos últimos anos – como a eliminação da fase de grupos no ano passado, perdendo a vaga para o Caracas – a LDU mostrou força e conjunto para chegar tão longe, após 13 participações na Libertadores. A final inédita alcançada pela LDU atesta a evolução recente do futebol equatoriano, que participou das últimas duas Copas do Mundo. Montado pelo técnico argentino Edgardo Bauza, a LDU mostrou um futebol solidário e compacto. Prova disso são os 16 gols dos Albos até aqui, marcados por nada menos que sete jogadores diferentes. Mesmo não sendo brilhante, a LDU desbancou times de porte razoável, como nos bons jogos frente ao San Lorenzo e contra o América.

A força da equipe está no meio-campo. Patrício Urrutia é um relógio, pois marca bem e ainda tem fôlego para chegar na frente. Pelas alas, o argentino Damián Manso e o equatoriano Joffre Guerrón – uma das revelações da competição, já vendido ao Getafe - trazem bom toque de bola e muita velocidade ao conectar o ataque Albo, enquanto na transição para o ataque está Luis Bolaños, de grande valia para a campanha dos equatorianos até aqui.

Uma grande exibição no primeiro jogo, no Estádio Casablanca, pode ser decisiva para que a LDU segure o ímpeto dos cariocas, no imponente Maracanã. E conquiste o título inédito para o Equador, que só chegou a duas finais de Libertadores, ambas com o Barcelona de Guayaquil.

Time-Base: Cevallos; Ambrossi, Campos, Calle e Vera; Urrutia, Manso, Bolaños (Salas) e Guerrón; Bieler (Delgado) e Vaca. Técnico: Edgardo Bauza
Ele é o Cara! O meia Guerrón é veloz e chega com qualidade ao ataque. De seus pés saem boas investidas dos Albos. Se destacou tanto na Libertadores que já está vendido ao Getafe
Olho Nele: O volante Patrício Urrutia é o ponto de equilíbrio do time. Além de marcar, chega bem a frente, fato esse demonstrado pelos três gols na Libertadores até aqui.
Pontos fortes: O meio-campo. A velocidade de Guerrón, a cadencia de Manso, a habilidade de Bolaños e a pegada de Urrutia são as maiores virtudes dos equatorianos.
Pontos Fracos: O comando de ataque não é efetivo, tanto com Bieler, quanto com Delgado. A zaga também não é das mais confiáveis.

21.6.08

Português afiado à beira de campo

Dois técnicos que têm o português como a língua-mãe assumem comandos de potências européias com um objetivo principal: trazer uma Champions League, cravando definitivamente o nome do clube entre as principais forças tradicionais no Velho Continente. É o desafio assumido recentemente por Felipão, no comando do Chelsea, e José Mourinho, na Internazionale.

Felipão, apesar de não ter conquistado nenhum título de expressão com a Seleção lusitana, chega com a moral de ter dado um “upgrade” do status de Portugal, em relação a sua representatividade no mundo das esquadras nacionais. De uma campanha vexatória na Copa de 2002 – onde Portugal conseguiu a façanha de não se classificar em um grupo de Coréia do Sul, EUA e Polônia -, Felipão levou a equipe ao vice-campeonato europeu (que apesar de decepcionante, não deixou de mostrar a subida de nível da equipe) e a um quarto lugar na Copa de 2006.

Após toda a campanha vitoriosa, a qual se iniciou em Santa Catarina com a conquista da Copa do Brasil pelo surpreendente Criciúma, passando pela conquista de Brasileiros e Libertadores por Grêmio e Palmeiras e culminando com a conquista do penta na Copa de 2002 – onde bancou Ronaldo e barrou Romário – Felipão chegava, em 2003, ao seu primeiro desafio na Europa, em uma seleção que ainda tinha como recordação o seu melhor momento na Copa no longínquo ano de 1966, com Eusébio e cia., na conquista do terceiro lugar da competição. Começou barrando o experiente Vítor Baía e promovendo a entrada do luso-brasileiro Deco, o que causou protesto de muitos medalhões da equipe, como Luís Figo e Rui Costa. No entanto, blindado pelo caso Romário, em 2002, Felipão seguiu seu trabalho, viu a estrela do goleiro Ricardo brilhar na Euro 2004 e passou bem perto de conquistar a Eurocopa, já que os caprichos dos deuses do futebol resolveram dar aquele título ao pragmático futebol da Grécia.

A consolidação de uma nova base, formada por jogadores da Euro, mais os emergentes atletas que estavam surgindo no futebol português, como Tiago, Hugo Viana e Cristiano Ronaldo levaram Portugal a sonhar com uma final de Copa, após ter eliminado seleções do porte de Inglaterra e Holanda. Mesmo assim, o quarto lugar elevou Felipão ao status de herói nacional na terrinha. Cinco anos e meio depois, após outra frustrante derrota frente a Alemanha, Felipão ruma ao Chelsea depois de ter recusado anteriormente uma proposta de dirigir a própria Seleção inglesa. Os Blues apostam no seu estilo agregador e disciplinador para fazer com que o ego do elenco do time londrino não extrapole, para que finalmente o milionário Chelsea alcance o tão sonhado status de campeão europeu. E com as contratações certas, "Big Phil" pode atingir a mais esse objetivo na sua já vitoriosa carreira. Scolari caminha a passos largos para se consagrar como o melhor e mais vitorioso técnico brasileiro da história, na minha opinião.

Outro que tem um grande desafio é José Mourinho. Conhecido como um grande tático e de temperamento explosivo, Mourinho chega para acabar com a seca européia da equipe nerazzurri. Há quase 35 anos, a Inter não sabe o que é estar no topo da Europa. A atual bicampeã italiana não hesitou em trazer o português, que estava sem trabalhar desde a saída do Chelsea. Campeão europeu pelo Porto, foi bicampeão inglês pelos Blues, mas fracassou na tentativa de conquistar a Europa novamente, o grande plano de Abramovitch.

Auxiliar de grandes nomes do cenário europeu, como Bobby Robson e Louis Van Gaal, Mourinho passou por Benfica e União Leiria, antes de brilhar no Porto, onde se consagrou. Suas maiores virtudes são a visão de jogo e a inteligência, que incrementados aos milhares de euros de Moratti e ao calor dos tiffosi interistas têm tudo para dar uma boa química.

Apesar do estilo turrão que a mídia passa, Mourinho me surpreendeu no bate-papo do pré-jogo entre Brasil e Argentina na última quarta. Mostrando-se sóbrio, ponderado e com colocações inteligentes, o português estava no Mineirão observando alguns de seus futuros comandados – Júlio César, Maicon, Adriano, Zanetti, Burdisso e Julio Cruz – e fez observações interessantes não só acerca dos seus futuros comandados, mas sobre o futebol europeu e brasileiro. Também disse que seu estilo explosivo só acontece dentro do campo de jogo, quando a adrenalina sobe.

Mas a sua personalidade forte é inconfundível e já deu as caras na Inter, ao afirmar categoricamente ao diário luso Record: "Eu trabalho, eu escolho, eu treino. Todas as decisões são minhas. Eu é que mando aqui". Além da briga pelos títulos italiano e europeu, Mourinho busca um número para incrementar o currículo: está a apenas dois jogos de completar 100 partidas sem perder jogos em casa nas equipes que comandou (50 pelo Chelsea e 38 pelo Porto).

Sem dúvida, um grande desafio na carreira de ambos. E pode ser um recomeço, no caso de Mourinho, que saiu desgastado do Chelsea. Ou a afirmação do estilo Felipão, de tanto sucesso no Brasil e em Portugal.

19.6.08

Tudo errado!!!

Ironia argentina diante de outro fiasco do teimoso Dunga

Se já não bastasse o fiasco diante de Venezuela e Paraguai, em mais uma noite sem inspiração, nós torcedores tivemos que acompanhar uma seleção brasileira pouco inspirada e comandada por um técnico turrão e literalmente “do contra” frente ao time da Argentina.

A mídia pode até dizer que o time mudou de postura em relação ao jogo contra o Paraguai mas mesmo assim isso não convenceu a mim e aos milhares de torcedores que chamaram Dunga de burro durante a partida.

De novo nos deparamos com um meio campo pouco criativo e lento. Os mais inspirados eram Adriano, Robinho, Juan e Lúcio. O resto, um monte de jogadores comuns em campo.
Por sorte a Argentina também decepcionou. Veio acuada e muito defensiva. Ao notar que poderia vencer o jogo, os “hermanos” avançaram a marcação no segundo tempo e trouxeram perigo ao gol do Brasil. Por sorte, Messi perdeu a grande chance do jogo aos 43 minutos.

Dunga mais uma vez fez o que esperamos dele...nada! Mexeu errado no time ao tirar Adriano, que estava bem no jogo, para colocar Luis Fabiano. Foi xingado por isso pois o torcedor esperava ver Alexandre Pato em campo. O mais absurdo foi trocar Diego por
Daniel Alves! Nada contra o lateral mas era momento de se impor e atacar o adversário.Pato era a melhor opção porém o nosso querido treinador não colocou o garoto de novo como forma de demonstrar à imprensa e à torcida que na seleção de Dunga quem manda é ele!

Por causa disso, quase perdemos o jogo, estamos em quarto lugar nas eliminatórias e descrentes que o técnico fará um bom trabalho com a equipe olímpica. Pedir Felipão na seleção é utópico no momento mas já podemos cogitar Luxemburgo, Muricy e até Autuori para comandar a equipe no resto das eliminatórias. Do jeito que está, não pode ficar!

16.6.08

Pagando o preço

Desorganizado, Brasil sucumbe ante a forte marcação e a força ofensiva paraguaia. Mesmo começando a partida com três volantes.

Toda escolha vem sempre acompanhada de uma gama de opções. E ao bancar a escolha de Dunga, a CBF sabia que o técnico teria de mostrar serviço. O futebol pragmático, pautado estritamente nos resultados, encontrou as primeiras dificuldades na disputa da última Copa América. Após a avalanche de críticas – tanto pelo excesso de volantes sem função do time, quanto pela arrogância de Dunga no trato com torcedores e jornalistas – veio o êxito contra a Argentina, em um incontestável 3-0. Apesar de muitos manterem as criticas, Dunga empurrou esse título goela abaixo de seus “perseguidores”. Fez críticas até para a Seleção de 1982, dizendo que faltava “quimica de vencer” a Seleção de Telê Santana.

Pois bem, o ônus de toda essa prepotência é a volta do futebol pragmático e sem critério para a Seleção canarinho. Os empates diante de Colômbia e Peru, a vitória injusta diante do Uruguai, além dos fracos desempenhos nos últimos amistosos contra o fraco Canadá e a ascendente Venezuela não parecem sensibilizar Dunga, que insiste no esquema engessado de três volantes, onde ele não arma o time de acordo. As jogadas se repetem nas infiltrações pelo meio, ou mesmo com os atacantes enfiados, favorecendo balões e ligações diretas. Visivelmente com medo do anúncio de que o Paraguai jogaria com três atacantes – como ocorreu de fato – Dunga entrou com um time que dava a Diego toda a responsabilidade da armação de jogadas do Brasil. Robinho precisava voltar a toda hora para buscar jogo, isolando Luis Fabiano na frente, o que acarretou ao atacante poucas oportunidades reais de gol. O primeiro tempo foi praticamente um jogo ataque contra defesa, onde a forte marcação paraguaia sobre a linha de frente brasileira rapidamente recuperava a bola, abrindo bolas para Haedo Valdez e Cabañas, enquanto Santa Cruz abria espaços em meio à zaga.

A volúpia ofensiva que acarretou o time após a entrada de Anderson e a expulsão de Verón – para mim, deveria ter entrado em lugar de Josué desde o início da partida – foi castigada com o contra-ataque que terminou com o gol do oportunista Cabañas. Depois, o que se viu foi uma equipe sem organização, que passou a atuar um pouco mais pelos lados e insistia nos cruzamentos. Anderson, o mais lúcido da equipe, ainda tentou remates de longa distãncia, criando as chances mais perigosas do escrete canarinho.

Dunga não fala em crise, mas em cobrança. E insiste em colocar a culpa no desgaste proporcionado pelo final de temporada europeu, como afirmou ao UOL Esportes: “Foram dois amistosos, viagens desgastantes. Não podíamos acelerar o ritmo de treinamento, por causa do estado físico dos jogadores depois da temporada na Europa. É muito complicado. Mas temos que reconhecer o mérito do Paraguai e tentar reverter essa situação contra a Argentina em casa". O que não entendo é que diante deste desgaste, ele insiste em convocar jogadores que não jogam regularmente, como Gilberto Silva, Rafael Sóbis e a dupla Mineiro-Josué, que não vêm fazendo no futebol alemão o sucesso dos tempos de São Paulo. Essa política de “só quem joga na Europa presta” se mostra cada vez mais ineficaz em relação a esses atletas.

Infelizmente, com qualquer que seja o resultado que aconteça no jogo frente à Argentina na quarta, Dunga terá sua prova de fogo apenas nas Olimpíadas. Enquanto isso, os torcedores vão preferindo outros programas no horário das partidas do Brasil. Muitos prefiriram a Eurocopa, na derrota do time misto de Portugal diante dos suíços, ou mesmo a emocionante classificação da Turquia frente a República Tcheca. Toda essa situação ocasionada naquela final de Copa América, que fortaleceu Dunga no cargo mesmo após uma campanha irregular, culminada com o título.

Enquanto isso, há cinqüenta anos...

Pelé e Garrincha atuavam juntos pela primeira vez na seleção, no jogo contra a URSS, no dia 15 de junho de 1958, válido pela primeira fase da Copa de 1958, disputada na Suécia. Com os dois em ação juntos, o Brasil jamais saiu derrotado de campo. E na estréia da dupla, atuação em grande estilo. Na biografia “Estrela Solitária – Um brasileiro Chamado Garrincha”, brilhantemente escrita por Rui Castro, ele se inspira no relato da partida feita pelo repórter Ney Bianchi ao periódico Manchete Desportiva, descritos por ele como “os maiores três minutos da história do futebol”, frente ao futebol cientifico praticado pelos soviéticos, do excelente goleiro Lev Yashin. Um pouco de nostalgia em tempos de futebol tão escasso para a Seleção.

[...]”Monsieur Guigue, gendarme nas horas vagas, ordena o começo da partida. Didi centra rápido para a direita: 15 segundos de jogo. Garrincha escora a bola com o peito do pé: 20 segundos. Kuznetov parte sobre ele. Garrincha faz que vai para a esquerda, não vai, sai pela direita. Kuznetov cai e fica sendo o primeiro João* da Copa do Mundo: 25 segundos. Garrincha dá outro drible em Kuznetov: 27 segundos. Mais outro: 30 segundos. Outro. Todo o estádio levanta-se. Kuznetov está sentado, espantado: 32 segundos. Garrincha parte para a linha de fundo. Kuznetov arremete outra vez, agora ajudado por Voinov e Krijveski: 34 segundos. Garrincha faz assim com a perna. Puxa a bola para cá, para lá e sai de novo pela direita. Os três russos estão esparramados na grama, Voinov com o assento empinado para o céu. O estádio estoura de riso: 38 segundos. Garincha chuta violentamente, cruzado, sem ângulo. A bola explode no poste esquerdo da baliza de Iashin e sai pela linha de fundo: 40 segundos. A plateia delira. Garrincha volta para o meio do campo, sempre desengonçado. Agora é aplaudido.
A torcida fica de pé outra vez. Garrincha avança com a bola. João Kuznetov cai novamente. Didi pede a bola: 45 segundos. (…). Vavá a Didi, a Garrincha, outra vez a Pele, Pele chuta, a bola bate no travessão e sobe: 55 segundos. O ritmo do time é alucinante. É a cadência de Garrincha. Iashin tem a camisola empapada de suor, como se já jogasse há várias horas. A avalanche continua. Segundo após segundo, Garrincha dizima os russos. A histeria domina o estádio. E a explosão vem com o gol de Vavá, exactamente aos três minutos.”
[...]

15.6.08

Ele também é o cara

Antes de começar a Eurocopa 2008, Portugal era considerado como um dos favoritos ao título, muito por causa de Cristiano Ronaldo, apontado pela imprensa internacional como o melhor jogador do mundo desta temporada. E o atleta não tem decepcionado, jogando bem nas duas partidas da equipe lusa e, dessa maneira, sendo um dos responsáveis pela classificação antecipada de sua seleção para a próxima fase da competição.

Mas não é só ele que está acabando com o jogo. Nesses dois jogos, o principal jogador da equipe lusitana foi o brasileiro naturalizado Deco. Responsável por praticamente todos os ataques de Portugal, Deco vem respondendo às críticas pela temporada ruim que teve junto com todo o elenco do Barcelona.

Jogador inteligente, Deco ainda faz parte daquela geração de antigos armadores, jogadores que usam a cabeça e enxergam o jogo. Praticamente todos os ataques da equipe lusa passam por seus pés. Com Cristiano Ronaldo bastante marcado pelos adversários, ele chama a responsabilidade do jogo, o que até ajuda no rendimento de Ronaldo, que não precisa carregar sozinho o fardo de conduzir a equipe ao título.

No último jogo, participou dos três gols contra a República Tcheca. Fez o primeiro, deu uma bela assistência no segundo, e um lançamento perfeito para o terceiro, aproveitando o descuido da defesa tcheca e deixando Ronaldo na cara do gol. Mesmo assim, foi o camisa 7 que foi escolhido como melhor da partida. Ronaldo jogou bem, mas Deco jogou ainda mais.

Como o Thiago Barretos disse no post sobre Portugal, Deco é um meia taticamente quase perfeito. Ele está em todo o campo, volta para distribuir o jogo, faz lançamentos, carrega a bola, ajuda na marcação, e ainda faz gols. É o carregador de piano do time. Felipão sabe disso, e por isso dá liberdade para o meia criar, não o deixa preso em algum setor do campo. É o único que tem tal posicionamento. Dá gosto de ver o luso-brasileiro em ação.

Acabando a Euro, Deco volta a pensar no seu futuro. Com o desgaste no Barcelona, o jogador provavelmente irá sair da equipe. E com a confirmação de Felipão no comando do Chelsea, tendo carta branca para torrar algumas centenas de milhões de dólares, o destino do camisa 20 parece estar traçado. Um negócio da China. Se bobear, Felipão e Deco já devem estar definindo qual a função que o jogador vai desempenhar quando estiver na equipe londrina.

14.6.08

Laranja afinada!!

Torcida holandesa comemora classificação para próxima fase da Euro

Muito se falou sobre o tão temido Grupo C, o “Grupo da Morte” da Eurocopa 2008, no qual as três potências – Holanda, Itália e França – travariam um confronto de forças entre si por apenas duas vagas para a fase de quarta-de-final. Após duas rodadas de Euro, assistimos maravilhados uma Holanda determinada e extremamente veloz, capaz de derrubar a atual campeã do mundo e a França.

De fato, a Holanda está jogando muita bola nesta Euro e merece a vaga para a próxima fase da competição. O time comandado pelo técnico Van Basten incorporou o futebol vistoso e de qualidade dos tempos áureos de seu treinador e deu uma aula de futebol nas partidas que fez. As duas goleadas (3x0 contra Itália e 4x1 contra França) demonstram que a equipe está concentrada em atropelar o adversário, seja ele quem for.

Para muitos, a equipe joga apenas no erro dos adversários mas se todos os times aproveitassem erros, os jogos acabariam com placares de 10 gols. A laranja é competente. Joga com velocidade nos contra ataques, toca com rapidez, marca a saída de bola e fecha a entrada de sua área. De quebra, seu goleiro é o melhor da competição, tendo feito mais de dez defesas difíceis em seus dois jogos.

A equipe, que se classificou nas eliminatórias da Euro atrás da Romênia , era tida como a terceira potência do “Grupo da Morte” mas superou as adversidades. Hoje, os holandeses já garantiram o primeiro lugar no grupo e podem se dar ao luxo de jogar com os reservas na partida contra a Romênia, jogo que vale a permanência dos franceses, italianos e romenos na competição.

Robben, Van Persie, Van Nistelrooy, Sneijder, Ooijer, Van der Vaart, Van der Sar e tantos outros estão extremamente afinados, o que credencia a seleção a chegar ao berço das grandes orquestras, a Austria, que será palco da grande final no dia 31 de junho no estádio Ernst Happel. Se a equipe mantiver este “tom”, fatalmente teremos uma final alaranjada!

12.6.08

Apoteoses

Sport campeão: Na Ilha, o Leão fez valer sua força e conquistou o título com justiça.

O Brasil parou ontem para assistir uma redenção, tanto de Sport, quanto do Corinthians. Os pernambucanos, que não viam um título nacional há mais de 20 anos – mesmo tempo sem representar o Brasil na Libertadores – enquanto o Timão ainda cicatriza as feridas deixadas pelo trágico rebaixamento. No fim, o fator casa favoreceu o Sport. Mas na minha visão, qualquer um dos dois que tivesse vencido, conquistaria o título com seus devidos méritos.

O Sport eliminou quatro grandes do futebol brasileiro nessa reta final. Nada menos do que 15 títulos brasileiros caíram ante a força da Ilha do Retiro. Não se trata de um time excepcional, mas que sabe fazer bem o seu dever de casa. E além da seca de títulos nacionais, todos os últimos acontecimentos entre Pernambuco e o futebol do Sudeste deram uma força extra à equipe.

O Corinthians veio de um período turbulento, que começou a mudar de forma após a partida de ida contra o Goiás (na qual o Timão perdeu no Serra Dourada por 3-1). A quase classificação para as finais do Paulistão e uma eminente eliminação para os goianos trouxeram os primeiros – por vezes, até ferrenhos – questionamentos sobre o trabalho de Mano Menezes à frente do alvinegro. E a posterior vitória sobre o time do cerrado iniciou um sprint, chegando ao seu ápice na grande final de ontem. Claro que a expectativa – até pelo futebol apresentado – dava grande esperança aos corinthianos para levar o tricampeonato, mas a apatia e inexperiência de alguns jovens na grande final foram decisivas para o título do Sport, que soube se impôr e foi efetivo na hora de decidir os lances.

Polêmicas à parte, o título está em boas mãos. O Nordeste, tão combalido nos últimos tempos, necessitava de um campeonato de grande porte para começar a se reerguer e voltar a ser realmente competitivo e representativo dentro do cenário brasileiro. Já o Corinthians, que bateu na trave, terá de esperar mais um pouco para acordar do pesadelo iniciado ano passado. No entanto, a derrota de ontem não deve ser usada para expiar os pecados de ninguém. Pelo contrário. Posta a real situação do time, é inegável ver que o Timão sobra na Série B e tem tudo para retornar em grande estilo a seu lugar de direito na elite do futebol nacional. E se tudo correr racionalmente, Mano Menezes é técnico para marcar época e ficar por alguns anos dirigindo o Corinthians.

10.6.08

Euro 2008 - Grupo A

Depois de uma primeira rodada em que os times mais tradicionais venceram, o Grupo A poderá definir o primeiro time já classificado para as quartas-de-final da competição, no caso, aquele que for o vencedor entre República Tcheca e Portugal. Já Suíça e Turquia enfrentam-se sob a ameaça de serem eliminados por antecipação. Palpites? Acredito que nada está resolvido e que os tchecos não têm bala para alcançar a próxima fase, sendo superados pelos anfitriões no apagar das luzes. O jeito é esperar para ver...

Suíça
Dá pra sonhar com as quartas?

Os anfitriões entram na competição européia motivados a apagar a insossa campanha na última Copa do Mundo, quando foram eliminados nas oitavas-de-final, após empatarem 4 partidas sem gols. Para piorar, a Suíça não tem tradição no torneio e em suas duas participações ainda não conseguiu conquistar uma vitória sequer.

Para quebrar este incomodo tabu, a base helvética foi rejuvenescida. No meio-campo, velhas figurinhas carimbadas como Vogel e Wicky cederam espaço para belas promessas como Gelson Fernandes e Inler. Outra troca foi no gol. Saiu Zuberbühler, em má fase, para a entrada do seguro Benaglio. O único setor que foge a esta regra é a defesa, que segue escalada com os jovens Senderos e Lichtsteiner no centro e com os veteranos Muller e Magnin nas alas.

Pior do que a derrota diante da República Tcheca na estréia, foi a contusão do seu principal ponto de referência: Alexander Frei. Em um time que já não se destaca ofensivamente, a ausência do experiente atacante poderá ser crucial. O jeito é restabelecer a confiança perdida, já que a Suíça mostrou que tem plenas condições de beliscar uma vaguinha na próxima fase.

O time: Goleiros: Diego Benaglio (Wolfsburg), Pascal Zuberbühler (Neuchatêl Xamax-SUI) e Eldin Jakupovic (Grasshoppers-SUI). Defensores: Johan Djourou (Arsenal), Ludovic Magnin (Stuttgart), Philippe Senderos (Arsenal), Stephan Lichtsteiner (Lille), Stéphane Grichting (Auxerre), Christoph Spycher (Eintracht Frankfurt), Patrick Müller (Lyon) e Philipp Degen (Borussia Dortmund). Meias: Benjamin Huggel (Basel), Ricardo Cabanas (Grasshoppers-SUI), Gökhan Inler (Udinese), Hakan Yakin (Young Boys-SUI), Daniel Gygax (Metz), Gelson Fernandes (Manchester City), Tranquillo Barnetta (Bayer Leverkusen) e Valon Behrami (Lazio). Atacantes: Alexander Frei (Borussia Dortmund), Marco Streller (Basel), Eren Derdiyok (Basel) e Johan Vonlanthen (Red Bull Salzburg).
Técnico: Jacob Kuhn.

Na história: Disputou a fase final duas vezes (em 1996 e 2004)
Ele é o cara! Com a ausência de Frei, a responsabilidade de armar as jogadas cai sobre os pés de Tranquillo Barnetta. Apesar da estréia ruim, o meia de 23 anos é muito técnico e tem um forte chute de meia distância.
Olho Nele! O cabo-verdiano Gelson Fernandes tem 21 anos e ganhou destaque nesta temporada ao cair nos encantos de Sven Eriksson, ex-técnico de seu time, o Manchester City. Volante veloz que tem bom poder de antecipação, não é raro vê-lo aparecer como elemento-surpresa no ataque.
Pontos Fortes: Joga em casa e isso sempre serve como motivação. Possui um sistema defensivo entrosado que é difícil de ser superado. Bolas paradas cobradas por Yakin e os cruzamentos de Magnin ou Müller podem ser fatais.
Pontos Fracos:
O time é muito novo, que pode abalar-se em momentos decisivos. Falta um atleta que possa decidir. Se o ataque com Frei já era fraco, sem ele tornar-se-á ainda mais ineficaz.

República Tcheca
Um time sem meia de ligação

A esmagadora campanha que a República Tcheca obteve na fase preliminar da Euro não condiz com a realidade do seu pragmático futebol apresentado em campo. O lento processo de aposentadoria dos seus principais atletas da década de 90 deixaram a seleção fisicamente mais forte e menos talentosa. Hoje, os tchecos não mostram nem de longe aquele encantador futebol protagonizado pela dupla Poborsky-Nedved em 1996.

Tentando apagar o vexame da precoce eliminação na Copa do Mundo de 2006, os tchecos contam com duas baixas, já que Pavel Nedved decidiu aposentar-se e Rosicky encontra-se machucado. A ausência de ambos faz com que a seleção perca seus principais articuladores e fique refém de jogadas aéreas muito mais previsíveis. Assim, Plasil torna-se o único meia capaz de levar a bola com certa qualidade para os remates de um isolado Koller. Mais atrás, o remanescente Galasek tentará liderar um meio-campo recheado por atletas inconstantes como Jarolim ou Polak.

No entanto, a defesa tcheca permanece forte com a presença do experiente quarteto formado por Grygera-Ujfalusi-Rozehnal-Jankulovski. Isso sem contar Cech no gol. Mas parece muito pouco para um time que tenta surpreender os favoritos.

O time: Goleiros: Petr Cech (Chelsea), Jaromir Blazek (Nuremberg) e Daniel Zitka (Anderlecht). Defensores: Zdenek Grygera (Juventus), Marek Jankulovski (Milan), Zdenek Pospech (Kobenhavn-DIN), Michal Kadlec (Sparta Praga), Tomas Ujfalusi (Fiorentina) e David Rozehnal (Newcastle). Meias: Jan Polak (Anderlecht), Tomas Galásek (Nuremberg) Radoslav Kovac (Spartak Moscou), David Jarolim (Hamburgo), Marek Matéjovsky (Reading), Tomás Sivok (Besiktas) Rudolf Skácel (Hertha Berlim) e Jaroslav Plasil (Osasuna). Atacantes: Libor Sionko (Kobenhavn-DIN), Martin Fenin (Eintracht Frankfurt), Jan Koller (Nuremberg), Václav Sverkos (Banik Ostrava-RTC), Stanislav Vlcek (Anderlecht) e Milan Baros (Portsmouth).
Técnico: Karol Bruchner

Na história: Vice-campeã em 1996. Como parte da ex-Checoslováquia sagrou-se campeã em 1967.
Ele é o cara! Com a aposentadoria de Nedved não há outro nome tão badalado quanto o de Petr Cech. Trata-se de um goleiro diferenciado, com bons reflexos e ótimas saídas de gol. Não à toa é considerado por muitos como o melhor arqueiro do Velho Continente.
Olho Nele! Martin Fenin não estreou nesta Eurocopa, mas é melhor guardar seu nome. Preciso, sabe chutar com as duas pernas e cabeceia bem. Matador nato. Aos 21 anos, após despertar o interesse da Juventus, acabou negociado com o Eintracht Frankfurt e marcou 3 gols em sua primeira partida.
Pontos Fortes: A defesa é muito consistente e tem grande experiência internacional. Utiliza-se muito das jogadas de linha de fundo e dos escanteios cobrados por Jankulovski. Plasil é muito veloz e pode surgir como elemento-surpresa.
Pontos Fracos: Sem Rosicky, o time perde seu único articulador central e seu melhor chutador de longa distância. Koller não encontra um aparceiro ideal de ataque. Normalmente “pipoca” quando enfrenta rivais mais tradicionais.

Portugal
Para esquecer 2004

Conviver com a fama de favorito. Esse é o principal desafio da seleção portuguesa nesta Eurocopa. Depois da traumática derrota diante da Grécia na final do torneio passado, nossos patrícios tentam o inédito título com uma equipe muito mais madura e certamente mais talentosa.

O fato dos portugueses, nesta edição, não contarem com Maniche (em má fase) ou com os já aposentados (em termos de seleção) Luís Figo e Pauleta não prejudica o poderio ofensivo do time. Afinal, em 4 anos, vários nomes surgiram e se afirmaram no cenário futebolístico luso, como o talentoso Miguel Veloso, o técnico João Moutinho, o habilidoso Ricardo Quaresma ou o rápido Nani. Opções não faltam...

No gol, Ricardo continua intacto, enquanto que na zaga, Ricardo Carvalho, muito mais maduro, agora tem a companhia do seguro luso-brasileiro Pepe. Nas alas, Miguel perdeu espaço para o ascendente Bosingwa e o veterano Paulo Ferreira assumiu o lado esquerdo (talvez a posição mais fraca dentre os titulares). Daí pra frente, temos a presença de um xerife experiente (Petit), um meia taticamente quase perfeito (Deco), um “carregador de piano” (Simão) e um rodado centroavante (Nuno Gomes). Isso sem falar do melhor jogador de futebol da atualidade: Cristiano Ronaldo. Parece pouco para conquistar o caneco? Só resta confirmar o favoritismo, que digamos, às vezes parece muito difícil...

O time: Goleiros: Ricardo Alexandre Martins Soares Pereira (Betis), Nuno Herlander Simões Espírito Santo (Porto), Rui Pedro dos Santos Patrício (Sporting). Defensores: Paulo Renato Rebocho Ferreira, (Chelsea), Bruno Eduardo Regufe Alves (Porto), José Bosingwa da Silva (Porto), Fernando José da Silva Freitas Meira (Stuttgart), Luís Miguel Brito Garcia Monteiro (Valencia), Jorge Miguel de Oliveira Ribeiro (Boavista), Képler Laveran Lima Ferreira “Pepe” (Real Madrid), Ricardo Alberto Silveira Carvalho (Chelsea). Meio-campistas: Raul José Trindade Meireles (Porto), Armando Gonçalves Teixeira “Petit” (Benfica), João Filipe Iria Santos Moutinho (Sporting), Miguel Luís Pinto Veloso (Sporting), Anderson Luis de Souza “Deco” (Barcelona). Atacantes: Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro (Manchester United), Hugo Miguel Pereira de Almeida (Werder Bremen), Simão Pedro Fonseca Sabrosa (Atlético de Madrid), Ricardo Andrade Quaresma Bernardo (Porto), Luís Carlos Almeida da Cunha “Nani” (Manchester United), Nuno Miguel Soares Pereira Ribeiro (Benfica) e Hélder Manuel Marques Postiga (Porto).
Técnico: Luiz Felipe Scolari

Na história: Vice-campeão em 2004.
Ele é o cara! Como se não bastasse ser campeão nacional e continental com o Manchester United, Cristiano Ronaldo conseguiu a artilharia de ambas competições. É um atleta diferenciado, que dispensa apresentações. Um título na Euro apenas reafirmaria o provável status de melhor do mundo que Cristiano deve conquistar no fim do ano.
Olho Nele! João Moutinho já é um jogador consagrado em Portugal há quase dois anos. Sua espantosa regularidade e sua capacidade de saber armar tão bem quanto defende fez Felipão reservar um lugar entre os 11 para o jovem volante de 22 anos.
Pontos Fortes: Conta não só com o melhor meio-campo de toda Europa, mas também com o mais habilidoso. Com Pepe, o miolo de zaga tornou-se mais alto, mais forte e o time toma menos gols de cabeça. Se alguém não estiver rendendo, Felipão tem um ótimo banco de suplentes.
Pontos Fracos: O lado esquerdo da defesa apresenta algumas falhas e é vulnerável a contra-ataques. Falta um centroavante nato que tenha um aproveitamento melhor do que Nuno ou Postiga. A falta de tradição em conquistar títulos normalmente prejudica os lusos na hora do mata-mata.

Turquia
Hora de renovar

Após a Turquia acabar a Copa do Mundo de 2002 numa inesperada terceira colocação, muitos críticos acreditavam na ascendência do futebol turco. Porém, os fracassos acumulados nas campanhas posteriores diante de equipes inexpressivas, como Suíça e Letônia, mostraram que superar a equipe dos Bálcãs não era tão difícil.

Hoje, o elenco não conta com vários atletas de 2002, como Manzis ou Sas. Recentemente, as últimas vítimas desta renovação foram o meia Basturk e o consagrado ídolo Hakan Sukur. Sem eles, a Turquia entra com um time bem menos experiente. Assim, a esperança turca encontra-se no meio-campo liderado pelo capitão Emre Belozoglu, único remanescente dos áureos tempos e completado com o eficiente brasileiro naturalizado Mehmet Aurélio e o habilidoso Kazim Kazim.

O problema são os outros setores. No ataque, o matador Nihat não encontra um parceiro a altura, enquanto que na defesa, Servet Çetin é o único nome que se destaca. A coisa anda tão feia que, com a lesão do promissor Gökhan Gönül, Fatih tem que improvisar o meia Hamit Altintop na lateral-direita. De bom mesmo, apenas a vantajosa troca de Rustu por Volkan Demirel. Enfim, diante destas circunstâncias, fica difícil acreditar numa possível classificação turca. Arrancar dois ou três pontos já seria lucro.

O time: Goleiros: Rüştü Reçber (Besiktas), Tolga Zengin (Trabzonspor) e Volkan Demirel (Fenerbahçe). Defensores: Servet Çetin (Galatasaray), Hakan Balta (Galatasaray), Gökhan Zan (Besiktas), Emre Güngör (Galatasaray), Emre Aşık (Galatasaray) Uğur Boral (Fenerbahçe) e Sabri Sarıoğlu (Galatasaray). Meias: Emre Belözoğlu (Newcastle), Mehmet Topal (Galatasaray), Marco “Mehmet” Aurélio Brito dos Prazeres (Fenerbahçe), Tümer Metin (Larissa-GRE), Arda Turan (Galatasaray), Ayhan Akman (Galatasaray) Hamit Altıntop (Bayern de Munique-ALE). Atacantes: Nihat Kahveci (Villarreal), Semih Şentürk (Fenerbahçe), Gökdeniz Karadeniz (Rubin Kazan-RUS), Tuncay Şanli (Middlesbrough), Colin “Kazim” Kazim-Richards (Fenerbahçe) e Mevlüt Erdinç (Sochaux).
Técnico: Fatih Terim.

Na história: Alcançou as quartas-de-final em 2000.
Ele é o cara! Nihat Kahveci fez uma bela temporada no futebol espanhol e ajudou o Villareal na conquista de um inédito vice-campeonato nacional. Rápido e oportunista, depois da aposentadoria de Sukur, tornou-se o maior goleador do time.
Olho Nele! Arda Turan tem apenas 21 anos e já é visto como um dos principais nomes de seu clube, o Galatasaray. Velocista, consegue aliar uma boa visão de jogo com um excelente domínio de bola. Pode ser uma das gratas surpresas desta Euro.
Pontos Fortes: O meio-campo turco é forte, pegador e tem certa qualidade com a bola nos pés. Volkan está numa fase melhor do que a do seu antecessor. Fatih Terim é um bom treinador e faz com que certos atletas rendam seu máximo.
Pontos Fracos:
A defesa turca é frágil e complica-se com bolas aéreas. Falta um atacante que possa fazer uma boa parceria com Nihat. A juventude da equipe atrapalha.