31.8.06

Tira um e ganha dois


Com a contratação do meia Jorge Vágner pelo Real Bétis da Espanha e a posterior compra do atacante Rafael Sóbis , surge uma dúvida no ar envolvendo a diretoria do Internacional e os dirigentes espanhóis: será que veto dado pelo presidente do Bétis, José Leon , que tirou o centro avante Ricardo Oliveira da final da Taça Libertadores da América, não estaria ligado a uma transação articulada nos bastidores pelos dois clubes?

Não há dúvidas que os gaúchos saíram beneficiados com a ausência do atleta no confronto contra o São Paulo e que a sua substituição por Aloísio facilitou o trabalho dos zagueiros colorados. A novela que envolveu a liberação ou não do jogador teve características de uma queda de braço envolvendo a diretoria tricolor e o presidente do time espanhol.

Leon manteve sua palavra desde o termino do contrato de Oliveira e não abriu mão de sua reapresentação imediata em Sevilla.Foi deixado de lado o fato do jogador ter chegado no CT da Barra Funda vítima de uma contusão em um jogo da Liga dos Campeões da Europa contra o Chelsea, em novembro de 2005. Ricardo, que sofreu uma cirurgia no joelho, teve no São Paulo um dos melhores tratamentos fisioterápicos do mundo, como ele mesmo enfatizou, sendo tudo isso de graça, como esta previsto em um convênio que a equipe paulista possui com vários clubes da europa.

Ao invés de mostrar decência e gratidão pelo clube que recuperou e deixou seu atleta 100% para retornar, O Bétis preferiu agir de má fé , mostrando-se mesquinho e pequeno.Impedir que Ricardo Oliveira jogasse a final foi o primeiro passo dado no abismo moral em que Jose Leon estava atirando sua gestão. As declarações dadas por ele ameaçando punir o jogador insitaram a torcida, que apoiou quem? Seu presidente, lógico.

O atleta ficou manchado no clube por um fato em que foi apenas uma vítima de uma adminstração sem princípios éticos.O segundo passo de Leon foi a rápida contratação do meia Jorge Vágner. O Inter até que tentou desmentir mas tudo já parecia comininado. O terceiro passo foi até mais óbvio que o segundo: a compra de Rafael Sóbis. O atacante era de sobra o preferido da lista de reforços do Bétis , e mesmo fazendo doce, também acabou indo para Sevilla embrulhado num pacote vermelho.O que ainda não havia sido definido era o que se fazer com Ricardo Oliveira. Isso logo foi resolvido.

Com o jogador recuperado e em forma, foi fácil negocia-lo, já que estava descontente com a situação criada no clube. Sua transferência para o Milan pôs um ponto final na discussão deixando muita poiera no ar. O Inter engordou seus cofres com as duas negocições; o Bétis, mesmo negociando Oliveira com o Milan, se reforçou com a chegada dos dois brasileiros e a compra do atacante alemão David Odonkor e o meia Vogel da Suíça. Ambos clubes deixaram a ética de lado para benefício próprio. Azar do São Paulo, que ficou no meio da negociata e acabou desfalcado na decisão que lhe rendeu a derrota da Libertadores 2006.

30.8.06

"AMOR"oso e a rodada do Brasileirão

Amoroso é o novo atacante do Corinthians. Segundo Nivaldo Baldo, procurador do Atleta, já está tudo acertado com o jogador do Milan e com a diretoria do Clube... Mais um atleta que rasga o amor a camisa...aliás, fontes também informam que Magrão, ex-volante do Palmeiras, também teria acertado com o Timão. Logo ele que fazia juras de amor a torcida do Palmeiras...O Futebol está mesmo modificado...
Agora falando de coisa séria, aqui segue em panorama da rodada do meio de semana do Brasileirão:
Hoje:
Gremio x Cruzeiro: O Grêmio vem bem e acredito que vence mais uma. Hugo e Léo Lima devem fazer o serviço.
Santa Cruz x Inter: O Santa melhorou desde o fim da Copa, mas o Inter ainda tem uma boa base, duelo interessante.
Goiás x Fluminense: Um jogo que ano passado era para brigar pela Libertadores, esse ano pode ser pela luta contra o rebaixamento. Destaque para Antonio Lopes, que fez um trabalho horroroso no Goiás.
Palmeiras x Figueirense: Duelo interessante pela revanche do Verdão contra o 6 a 1 do 1º turno, e por se tratar de equipes em ascensão. Pra mim, dá Palmeiras.
Atlético-PR x Santos: O Santos vai tentar provar que é candidato ao caneco. Jogo duro! Dá empate!
São Caetano x Corinthians: Jogo tenso em São Caetano, por todos os motivos! Será que Leão vai ser hostilizado no Anacleto Campanella? Tomara que sim! Azulão vence.
Juventude x Flamengo: Jogo duro no Sul. O Flamengo não é tão ruim quanto parece, e o Juventude sempre endurece jogando em casa. Um empate fica de bom tamanho.
Amanhã:
São Paulo x Fortaleza: Time que quer ser campeão não pode perder pontos para times ameaçados, ainda mais em casa. Vale a pena observar o Lenilson como titular!
Vasco x Ponte Preta: O Vasco vai ter que provar que também sabe jogar atacando o adversário, e acabar com a sina de perder pontos em casa. Mas não vai conseguir, dá empate!
Botafogo x Paraná: Pra mim, o Fogão é o pior carioca e, amanhã, perde do chato e eficiente Paraná.
Bom, depois veremos se falei muita bobagem!!

28.8.06

Saudades do Campeonato Brasileiro...

O campeonato brasileiro já está na sua metade, mas a sensação que se tem é de que ainda não vemos uma grande equipe. É duro perceber que nem mesmo os times que estão na ponta da tabela apresentam um futebol vistoso. Não quero ser mais um hipócrita da imprensa que pede o falecido "futebol arte", porém, não consigo enxergar as equipes competitivas enchendo os olhos do torcedor. Tudo bem que Inter e São Paulo estão acima dos adversários, mas a realidade é que ambos montaram elencos fortes para disputar a Libertadores, e ponto final. Após o encerramento da competição Sul-Americana, ambos já dão sinais de que não são mais os mesmos. Ontem, senti falta do Ricardo Oliveira, do Rafael Sóbis, do Tinga, do Lugano...até do Bolivar deu aquela saudades...deve ser sinal dos tempos.

Olho os primeiros colocados e vejo o quanto caiu o nível técnico do campeonato nos últimos anos...E esse mal, a meu ver, é fruto das negociações de atletas para qualquer time que apareça, seja o jogador bom, ou ruim. Qualquer jogador meia boca que faz uma partida razoável é logo contratado para jogar na Arábia, no Leste Europeu, no Japão, e em outros tantos lugares onde a visibilidade é quase nula. É uma pena, para os jogadores, que não são vistos pela mídia e pelos técnicos da seleção, para os clubes, que não conseguem competir com as propostas de alto salário vindo de fora, e finalmente, para nós, torcedores, secadores, e jornalistas, que temos que agüentar um nacional fraco, e cada vez mais carente de craques.

Há alguns anos atrás, em 1998, por exemplo, as equipes que disputavam o nacional contavam com elencos mais fortes, e o resultado, era visto dentro de campo. O Corinthians venceu o campeonato daquele ano com um time cheio de estrelas, e mesmo assim, não houve um desmanche no ano seguinte. Pelo contrário, em 1999 o Timão era um time bem mais forte, e conseguiu levar o Paulista e o Brasileiro.

Nesse ano, vejo na ponta da tabela o São Paulo, que mesmo jogando com um time misto em várias partidas, vem liderando com relativa folga o torneio. O Internacional também está bem classificado, e a exemplo do Tricolor, jogou com os reservas em várias partidas. O problema é que o Vasco, que também jogou usou o time reserva por causa da Copa do Brasil, já está na quarta colocação. E cá entre nós, esse time do Vasco é bem fraquinho para poupar jogadores e ficar entre os cinco primeiros.

Mas a culpa é de quem afinal? Do calendário, dos clubes, dos atletas, da CBF, do Lula... Não sei, às vezes fico perdido em meio a tanta falta de transparência. Só espero que um dia eu possa ligar a TV e assistir um Fla-Flu de verdade, um Bahia e Vitória na Fonte Nova, ou um Cruzeiro e Atlético no Mineirão...

26.8.06

Prognósticos para a Liga Dos Campeões!!!

Nesta última quinta (24/08) foram sorteados os times para a primeira fase de grupos da Liga dos Campeões. O Opinião FC vai analisar as chances de cada clube na competição, sem estar em cima do muro, é claro.
Lembrando que classificam-se os dois primeiros de cada grupo e o terceiro garante vaga automática para a fase final da Copa da UEFA. A primeira rodada da Liga será realizada nos dias 12 e 13 de setembro.

Grupo A – Barcelona, Chelsea, Werder Bremen e Levski Sofia
Barça - Campeão Espanhol e Europeu pode ser apontado como o grande favorito desta Liga. O técnico Rijkaard manteve a base vencedora da última temporada e ainda contou com bons reforços vindos da rebaixada Juventus, o lateral Zambrotta e o zagueiro vice-campeão mundial Thuram. Eles vieram pra reforçar os setores mais carentes do time, principalmente a lateral-direita, que contava antes com o esforçado, mas fraco Belletti. Aliado a esse aumento da capacidade defensiva, está o meio-campo mais respeitado e entrosado do mundo: Xavi, Messi e Deco, todos em ótima fase. E lá na frente o ótimo Eto´o ao lado do melhor do mundo (que precisa mostrar serviço após o fiasco na Copa) Ronaldinho, tem tudo para levar o Barça a uma classificação tranqüila. Inclusive em primeiro lugar da chave.
Chelsea - Os Blues também possuem, ao lado dos catalães, um dos melhores elencos da Europa. Contratações milionárias de Abramovitch prometem deixar o Chelsea turbinado, se Mourinho conseguir administrar o ego de tantas estrelas reunidas. Nomes como o do artilheiro Shevchenko, Ballack e o rápido Kalou podem unir suas habilidades aos consagrados Cech, Terry, Robben e Lampard, tornando o Chelsea infernal. É quase certo que se classifique ao lado do Barcelona. Pode pesar, nos jogos contra os catalães, a falta de entrosamento, mas levam vantagem no quesito ritmo de jogo, pois o campeonato inglës já começou, enqunato o Espanhol ainda não deu o pontapé inicial.
Werder - Os vice-campeões alemães não deram muita sorte. Cairam na chave de duas das equipes cotadas ao título. Se tudo correr normalmente, o Werder terá que se contentar apenas com a vaga na fase final da Copa da UEFA, destinada aos terceiros lugares de cada uma das oito chaves. Mas com certeza, o Werder promete dar trabalho a Barça e Chelsea. E o destaque até aqui da equipe vem sendo o meia Diego, ex-Santos, que parece ter reencontrado seu bom futebol na terra do chucrute. Destaque também ao matador Klose, destaque na Copa.
Levski - Levski o q? O time da capital búlgara eliminou um time geórgio e o Chievo (que herdou a vaga na fase preliminar da Liga de última hora, por conta do escândalo na Itália) é desconhecido até entre os europeus. Resumo as chances do Levski através das palavras de seu técnico, Stanimir Stoilov: “Vamos continuar sonhando". O time é azarão até mesmo para a vaga na Copa da UEFA.
Grupo B – Internazionale, Bayern Munique, Sporting e Spartak
Inter - A eterna promessa. Os nerazzurri de Milão tentam quebrar o estigma de montar bons times, mas que sempre morrem na praia. O presidente do clube, Massimo Moratti, bancou a permanência do técnico Roberto Mancini, que fracassou na Liga e no Italiano ( o qual a Inter acabou herdando por conta do rebaixamento da Juventus) e ainda trouxe bons reforços, vindos da Juventus: Ibrahimovic e Vieira. É a favorita para beliscar a primeira colocação da chave.
Bayern - O Bayern perdeu suas principais referencias no meio-campo: Zé Roberto e Ballack deixaram o time. Apesar da contratação do jovem Podolski e do zagueiro belga Van Buyten, é uma incógnita saber como o time reagirá as perdas durante a Liga. Na Alemanha, os bávaros já lideram, mas para o nível técnico da Liga eles provavelmente buscam o segundo lugar da chave.
Sporting - Já os vice-campeões portugueses tem um time razoável, que brigará com os russos do Spartak pela vaga na Copa da UEFA. Poucas contratações expressivas não permitem que os Leões cheguem mais longe na Liga.
Spartak - O Spartak, de certa forma, é o azarão do grupo B. Mas em outras ligas européias, mostrou-se um adversário muito difícil de ser batido em Moscou, principalmente diante do rígido inverno russo. Como o Sporting, também tem um elenco mediano e brigará com os portugueses pela vaga na Copa da UEFA.
Grupo C – Liverpool, PSV Eindhoven, Bordeaux e Galatasaray
Liverpool - Os campeões da temporada 2004-2005 são favoritos para levar a primeira colocação do Grupo C. Sob a batuta do bom técnico Rafa Benitez, o Liverpool contratou bons valores, como o brasileiro Fabio Aurélio e o atacante holandês Dirk Kuyt, que se juntarão a liderança do experiente Gerrard. É uma equipe de defesa muito sólida, e os seus adversários de grupo não primam muito pela eficiência de seus ataques.
PSV - O PSV promete briga ferrenha com o Bordeaux pela segunda vaga na fase final da Liga. Com um time organizado e sob a batuta do promissor Koeman, o time de Eindhoven trouxe como maior destaque para essa temporada o arisco atacante paraguaio Nelson Cuevas. Com larga experiência em competições européias e boas campanhas nas ultimas edições da liga, tem tudo para se classificar. Se o Liverpool vacilar, pode ter certeza que o PSV estará em sua cola.
Bordeaux - O Bordeaux caiu em uma chave muito equilibrada. E a irregularidade dos girondinos pode ser um ponto negativo rumo à classificação. O time do técnico brasileiro Ricardo Gomes é o atual vice-campeão francês, mas claramente esta em um nível muito abaixo do campeão, o Lyon. Se tudo correr normalmente, os franceses brigarão por uma vaga na UEFA. Mas darão trabalho.
Galatasaray - Talvez o Galatasaray seja o grande fiel da balança desse grupo. Tanto para as vagas para a fase final de grupos da Liga, quanto para a vaga na UEFA. É um time muito forte jogando em seus domínios, o que pode fazer a diferença a favor dos turcos. O maior destaque nos reforços do Galatasaray é a contratação do argentino Carrusca.
Grupo D – Valencia, Roma, Olimpiacos e Shaktar Donetsk
Valencia - Vice-campeão espanhol, o Valencia quer justificar a condição de cabeça-de-chave do Grupo D, classificando-se na frente para a fase final da Liga. Joaquin, meia habilidoso recém-chegado do Bétis e o matador Morientes prometem reforçar o Valencia para brigar com a Roma pela liderança do grupo. Mas com vantagem dos espanhóis.
Roma - A Roma, do promissor técnico Luciano Spaletti, quer fazer bonito nessa Liga. Liderada por il capitano Totti, e com alguns reforços, como o do chileno Pizarro. Se os reforços se entrosarem rapidamente com o resto do time, podem conduzir a Roma até a próxima fase da Liga.
Olimpiacos - O Olimpiacos, do veterano Rivaldo, sempre é forte em seus domínios, mas em competições européias sempre mostra um nível fraco. Não contratou nenhum jogador de expressão e não deve nem beliscar uma vaga na Copa da UEFA, frente ao aplicado elenco do Shaktar.
Shaktar - O Shaktar, que desbancou a hegemonia do Dínamo de Kiev na Ucrânia, quer beliscar ao menos uma vaga na Copa da UEFA. Mas o time dos brasileiros Elano e Matuzalem, vai dificultar a vida dos favoritos do grupo. É um time entrosado e compacto.
Grupo E - Real Madrid, Lyon, Steaua Bucareste e Dínamo Kiev
Real Madrid - O Real quer compensar a fraca campanha na temporada passada. E pra isso, trocou muitas peças, começando pelo técnico. Fábio Capello, técnico de currículo invejável na Europa, quer implantar seus métodos de trabalho pra valer entre os merengues. Vindo da Juventus, trouxe vários pupilos consigo, como Cannavaro e seu cão de guarda Emerson, que trabalha com o técnico desde a Roma, em 2000. Além dos reforços na zaga, chegou o matador Van Nistelrooy, que disputará posição com Ronaldo. Outro pupilo de Capello que estava esquecido em Madrid é Cassano, que o técnico italiano vai aos poucos, recuperando. O Real sempre entra como favorito em qualquer competição e tem um time forte, ao menos no papel. Mas o desentrosamento e a falta de ritmo do time colocam os merengues em pé de igualdade com o Lyon, que tem um time forte, compacto e entrosado. Por isso, creio que disputarão a primeira posição do Grupo E com os franceses. Nos bastidores, já saíram na frente do Lyon, pois contrataram junto ao time francês o volante Mahamadou Diarra.
Lyon - Já não basta “apenas” ser pentacampeão francês. O Lyon deseja conquistar a Europa. É evidente a supremacia da equipe em terras francesas. Depois de cair nas quartas-de-final das duas ultimas edições da Liga, o Lyon quer mais. E tem bom time pra sonhar alto, liderado pelo maestro Juninho. Apesar de perder Diarra para o Real, os franceses não perderam tempo e repuseram rapidamente, trouxeram outro Diarra, Alou, vindo do Lens, além do excelente meia-esquerda Kim Kallstrom, que atuou na Copa pela seleção sueca. E é mantendo a base que o Lyon tem as cartas para conquistar a primeira colocação do Grupo E, disputando com os rivais de Liga madrilenhos, os quais se enfrentaram na temporada passada. Vantagem do Lyon, com uma vitória em casa e um empate fora.
Steaua - Os romenos do Steaua fizeram bonito na ultima temporada, chegando até as semi-finais da Copa da UEFA, mostrando uma defesa forte e contra-ataques rápidos. Mas na Liga será diferente. Enfrentarão ataques poderosos e seu elenco é limitado para os âmbitos europeus. Mas pode brigar diretamente com o Dínamo pela vaga na Copa da UEFA.
Dínamo Kiev - O Dínamo está em busca da glória perdida. Após ser desbancado em seus domínios pelo Shaktar, o time de Kiev busca repetir boas campanhas realizadas em outros tempos, quando o jovem Shvechenko ainda fazia parte do seu elenco. É um time recheado de brasileiros e nigerianos e o atrevimento e a imprevisibilidade característica desses jogadores, aliados ao faro de gol do uzbeque Shaktish podem dar trabalho aos favoritos e ao próprio Steaua, com quem o Dínamo deve brigar pela vaga na UEFA.
Grupo F – Manchester United, Benfica, Celtic e FC Copenhagen
Manchester - Favorito, o Manchester teve uma grande perda nessa temporada. Nistelrooy foi-se para Madrid. Cabe então ao jovem e temperamental Wayne Rooney tornar-se a nova referencia no ataque dos Red Devils. A contratação milionária de Michael Carrick junto ao Tottenham promete dar mais estabilidade defensiva e maior qualidade de apoio ao ataque. É clara a superioridade do Manchester frente aos demais times do Grupo F e por isso creio que o Manchester deva levar a primeira vaga para a fase final da Liga. Mas atenção, torcedores: Quem não se lembra da ultima temporada do Manchester na Liga dos Campeões? Em um grupo que tinha o próprio Benfica, o Villarreal e o Lille, os ingleses amargaram a última colocação. Por isso é importante fazer a lição de casa e ganhar pontos certos fora, contra o Copenhagen, por exemplo.
Benfica - Os encarnados fizeram boa campanha na Liga durante a temporada passada, quando só caíram diante do campeão Barcelona. Com reforços modestos, como o grego Katsouranis e o veterano Rui Costa, o Benfica tem que abrir o olho, principalmente diante do Celtic, adversário direto pela segunda vaga na fase final.
Celtic - O Celtic caiu em uma chave em que é possível a classificação para a próxima fase. Por isso, é importante que os escoceses ganhem pontos diante do rival direto, o Benfica, e não vacile diante do Copenhagen. Trouxe reforços modestos, mas tem um elenco parecido com o do Benfica.
FC Copenhagen - O Copenhagen pinta nesse Grupo F como o grande saco de pancadas. Pouco se sabe dos nórdicos, que repatriaram recentemente Gronkjaer, que andava esquecido no futebol inglês. Acho que nem vaga na UEFA eles possam conquistar, apesar de terem desbancado os holandeses do Ajax na fase preliminar da Liga.
Grupo G – Arsenal, Porto, CSKA Moscou e Hamburgo
Arsenal - O Arsenal deposita mais uma vez em Henry todas as suas esperanças para realizar outra ótima campanha, como a da ultima liga, em que foram vice-campeões. O habilidoso meia tcheco Rosicky chega para ser o cérebro que falta nesse rápido Arsenal, que ainda conta com as rápidas investidas de Ljungberg, Reyes e Van Persie. Candidatos a primeira vaga do Grupo G à próxima fase. Mas os gunners devem ser cuidadosos, pois este é, em minha opinião, um dos grupos mais equlibrados da Liga, com times perigosos.
Porto - O Porto é uma incógnita. Campeão português, não da pra saber se o elenco dos dragões é suficiente para alcançar a próxima fase. Mas promete boa briga com CSKA e Hamburgo, pela vaga restante na próxima fase da Liga ou na Copa da UEFA. Destaque para a boa fase do brasileiro Adriano Lousada e do argentino Lucho González.
CSKA - Poderíamos equiparar o CSKA ao Porto. Os dois contam com muitos reforços tupiniquins em suas equipes, mas claramente os “brasileiros russos” são melhores tecnicamente. O excelente Daniel Carvalho e os matadores Jô e Vagner Love podem ser a chave dos russos até a próxima fase. Vale lembrar que os russos foram campeões da Copa da UEFA na temporada 2004-2005 e aspiram a fase final da Liga.
Hamburgo - O Hamburgo, que perdeu força desde as ultimas rodadas do campeonato alemão 2005-2006, quando deixou o titulo de mão beijada para o Bayern, é o mais fraco do grupo. Perdeu peças importantes como o zagueiro Van Buyten, mas trouxe o promissor belga Kompany. Mas é um time que pode brigar pela vaga na Copa da UEFA, se não amarelar novamente.
Grupo H – Milan, Lille, AEK Atenas e Anderlecht
Milan - O Milan não poderia pegar grupo melhor. Favoritíssimo para a primeira posição e um dos favoritos ao títulos da Liga, a equipe rossonera ainda digere a perda de seu matador Shevchenko para o Chelsea. Agora ventila-se o nome de Ricardo Oliveira. O fato é que o Milan precisa de mais um atacante para o elenco. Mas a base mantida pelo técnico Carlo Ancellotti pode chegar muito longe na Liga, como às semi-finais na temporada passada, o vice-campeonato em 2004-2005 ou ao título como em 2003. É sempre uma equipe de elenco forte e de chegada. Tem no brasileiro Kaká e nos campeões mundiais Gilardino e Pirlo os seus maiores destaques.
Lille - O Lille promete dar trabalho ao Milan. Mas não muito. Os franceses tem uma equipe compacta, que da muito trabalho aos adversários e um ataque eficiente. O atacante Johan Audel chega para formar com Odenwingie uma comissão de frente rápida e precisa. E o brasileiro Michel Bastos, se bem aproveitado, pode apoiar muito bem pelo lado direito. Para mim, o favorito para a segunda vaga no grupo para a fase final de grupos.
AEK e Anderlecht - O AEK e o Anderlecht, creio eu, vão brigar pela vaga na Copa da UEFA. O Anderlecht, com mais experiência em Liga dos Campeões, levam uma ligeira vantagem sobre os gregos, mas ambos possuem elencos muito fracos.
Dei meus pitacos...e vcs? Não fiquem em cima do muro! Opinem!

21.8.06

Conclusões Óbvias

Mais um domingo a noite sentado na frente da TV observei com um certo orgulho, comum a maioria dos brasileiros, a bandeira nacional ser colocada no lugar mais alto do pódio de um país qualquer ali pros lados da Europa. Desculpe não mencionar o nome do tal país, já que a lembrança de um dos nossos levantando a medalha e enrolado na orgulhosa bandeira brasileira ofuscou as demais coisas.
O mais interessante da cena foi quando percebi que o sujeito brasileiro, agora levado com grandes pompas, era um deficiente físico. Entusiasmei-me com a idéia de que estava em um país digno e que até os menos favorecidos fisicamente eram ajudados pelo Estado, o cara sendo carregado na TV por uma multidão corroborava com minhas conclusões, até então as mais embasadas de um inativo final de domingo.
Convencido da minha capacidade de concluir coisas tão óbvias me esqueci um pouco da TV. O que me chamou a atenção novamente foi ver o tal esportista em tempos mais antigos, em campos não tão verdes, em piscinas não tão cuidadas, em pistas na qual a poeira quase cobria o agora herói nacional.Vendo trechos de uma vida de sacrifícios pessoais e vontade de vencer do herói, somados aos infortúnios e indiferenças da sociedade fiquei abismado. A primeira coisa que fiz foi pegar minhas conclusões elaboradas com tanto esmero e joga-las no lixo mais próximo da minha poltrona.
Via agora na minha frente não um herói criado pela ajuda dos que o carregavam triunfante, mas sim um homem fiel a suas metas, que nunca desistiu de seus sonhos e suplantou as dificuldades impostas pelos seus conterrâneos, conquistando o que mais almejava. A alegria do campeão misturado as palavras de eufóricos comentaristas e promessas de galanteadores empresários podia indicar um caminho mais fácil para os futuros esportistas trilharem, com apoio dos que cercavam nosso atleta tudo seria possível. No entanto, com medo de novamente de chegar a conclusões precipitadas, deixei as últimas observações apenas como suposições. Desliguei a TV e levantei-me da poltrona, já era hora de começar a pensar na segunda-feira.

18.8.06

Carlos, goleiro da copa de 86, faz um bate-papo com o Opinião FC!

A Copa da Alemanha trouxe a tona uma nova realidade para o Futebol mundial. Várias seleções disputaram a competição com jogadores que nasceram em outro país. Foram os casos de Portugal, Tunísia, Alemanha, Japão, entre outras equipes, incluindo a campeã Itália. É bem verdade que isso já havia ocorrido em outras copas, mas em 2006, o números de jogadores naturalizados foi mais expressivo. Carlos Galo, goleiro titular da seleção brasileira na Copa de 1986, e atual treinador de goleiros do Noroeste, conversou sobre esse tema:

Opinião FC – Como você enxerga essa nova tendência?

Carlos – Apesar da escolha desses jogadores transparecer uma certa falta de patriotismo, creio que não podemos deixar de pensar no projeto pessoal que uma copa do mundo representa. Todos os atletas naturalizados que disputaram a copa, sem exceção, dificilmente teriam a chance de jogar por seus países natal. É o caso do Marcos Sena, do Deco, e, principalmente, do Alex Santos, que jogou pelo Japão. São profissionais que se dispuseram a trabalhar em outras regiões do mundo, e foram acolhidos e respeitados de uma forma que não seriam nos locais onde nasceram. Por esses motivos, concordo com a decisão que tomaram.

Opinião FC - De 1980 a 1990 você jogou no futebol turco e houve interesse, por parte do clube, em naturalizá-lo. Se isso acontecesse, você aceitaria defender as cores da Turquia?

Carlos – Quando joguei no exterior, recebi um tratamento muito especial das pessoas que tive contato, e por isso, procurei dignificar a camisa de meu clube. É difícil responder essa pergunta depois de tanto tempo. Se esse convite ocorresse, poderia sim analisar a possibilidade. Pois sempre acredito que é mais valioso um atleta que dignifica a camisa de todos os times e seleções que veste, do que um que joga no mesmo time a vida toda, mas não corresponde com a honra e o amor esperado. E essa falta de gana pode ser vista todos os dias nos gramados.

Opinião FC - Na copa do mundo, a derrota do Brasil para a França acabou denotando exatamente essa falta de espírito de alguns jogadores. Como você viu o episódio?

Carlos – Senti que esse ano o que faltou ao Brasil foi uma falta de vontade coletiva, que acabou resultando em um time apático em campo, que não se impôs em nenhum jogo para valer. Diferentemente do que ocorreu em 86, quando tínhamos uma equipe repleta de jogadores sedentos pelo título. O problema é que aquele esquadrão não conseguiu formar um time unido dentro e fora de campo. Foi como se cada um buscasse a vitória de forma individual. Portanto, independente de qual seja o time, tenho para mim que o importante no Futebol é a união do grupo em busca do mesmo objetivo, independente de haver ou não um estrangeiro no elenco.