25.6.10

E todo mundo ficou feliz...

Sem jogar, Kaká e Elano acompanham a partida:
Fizeram uma falta...

As oito equipes que entraram em campo para encerrar a 1ª fase desta Copa do Mundo tiveram uma característica principal: a acomodação. Justamente por isso, os quatro jogos do dia pouco empolgaram e serviram somente para o cumprimento da tabela. Enfim, apareceram os jogos de compadres...

Grande esperança de partida tecnicamente equilibrada, o duelo entre brasileiros e portugueses foi marcado pelo excesso de faltas cometidas e pela ausência de finalizações. Sem Robinho, Kaká e Elano, a seleção canarinha não foi capaz de furar a retranca lusa. O único que provavelmente iria furar alguma coisa (como a canela de um adversário) era Felipe Melo, atleta violento, que abusava das faltas e foi corretamente substituído. Já Júlio Baptista correspondia às nossas expectativas mostrando que realmente não é o nome adequado para ocupar o meio de ligação, sendo pouco participativo. Perigo mesmo, apenas em 3 chances: duas delas criadas por Nilmar e outra por Luís Fabiano, numa cabeçada que representaria o melhor lance brasileiro do jogo.

Ruim no primeiro tempo, pior no segundo. Vendo que o Brasil era ineficaz com a bola nos pés, apesar de ter o maior domínio, Carlos Queiroz decidiu avançar a marcação de seu “equipo” e começou a ter oportunidades de abrir o placar em contra-ataques puxados principalmente pelo bom ala Fábio Coentrão. Tomando um banho tático, o time de Dunga não mostrou poder de reação e sem contar com o auxílio de Maicon e Michel Bastos na armação, viu-se Gilberto Silva e Josué viraram meias. Fica difícil, né? Com o passar do tempo, o empate tornou-se um ótimo resultado para ambos (classificando Portugal e deixando o Brasil na liderança) e ninguém fez muita força para tirar o zero do placar.

Situação semelhante ocorreu no jogo de fundo, Espanha e Chile. Necessitando do triunfo para garantir-se nas oitavas e não depender de ninguém, os espanhóis lançaram-se ao ataque. Com o retorno de Iniesta, Xavi ficou menos sobrecarregado. As jogadas começaram a fluir com maior naturalidade. Engana-se, porém, quem acredita que os chilenos apenas defendiam-se. Ousada, a La Roja abusava dos lances pelos flancos do gramado. Alexis Sanchez e Beausejour traziam perigo à meta de Casillas e o gol parecia questão de tempo.

O maior erro sul-americano foi abusar do excesso de confiança na saída de bola da defesa. Num destes erros, os europeus roubaram a bola e marcaram com Villa, o destaque do time. A partir daí, a Fúria tomou conta do jogo e deu a entender que os chilenos seriam goleados. Acontece que, mesmo com o 2 a 0 no placar (Iniesta ampliou) e com um homem a mais (Estrada fora expulso) a Espanha tirou o pé do acelerador. Melhor para o Chile que descontou com Millar e entrou na letargia espanhola. Afinal, no outro jogo do grupo, a Suíça fazia o favor de empatar sem gols com Honduras e o 2 a 1 classificava ambos. Resumindo, não houve mais jogo, apenas passes laterais sem objetividade.

Com estes resultados, os quatro protagonistas dessa rodada agora invertem seus rivais nas oitavas-de-final. Os sul-americanos Brasil e Chile realizam a última partida de segunda-feira, enquanto que os ibéricos Espanha e Portugal duelam na terça. Espera-se que ao menos na próxima fase os quatro voltem a mostrar o futebol que justificaram suas merecidas classificações.

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