26.6.10

Oitavas de final - Parte 1

Uruguai vs. Coréia do Sul
Comprovar o novo favoritismo

Embalado pela boa apresentação na primeira fase, o Uruguai chega para o embate contra a Coréia do Sul com status de favorito. Com uma defesa rígida (que ainda não sofreu gols) e um Forlán inspirado, é difícil imaginar que os Tigres Asiáticos possam resistir. Tanto favoritismo pode trazer problemas. Afinal, todo cuidado é pouco com a dupla formada pelos Park (Ji-Sung e Chu-Young). Existe bom entrosamento entre ambos e numa jogada são capazes de definir o duelo. E disposição física e disciplina tática para ficarem aguardando esta única oportunidade, os sul-coreanos têm de sobra.

Raio-X do Confronto
Uruguai (4-3-1-2): Muslera; Max Pereira, Lugano, Godín (Victorino) e Fucile; Areválo, Pérez e Álvaro Pereira; Forlán; Cavani e Suárez. Técnico: Oscar Tabarez. Campanha: 3J, 2V, 1E, 0D, 4GP, 0GC – 1º do Grupo A
Coréia do Sul (4-2-2-2): Jung Sung-Ryong; Cha Du-Ri (Kim Hyung-Il), Lee Jung-Soo, Cho Yong-Hyung e Lee Young-Pyo; Kim Jung-Woo e Ki Sung-Yeung; Lee Chung-Young e Park Ji-Sung; Park Chu-Young e Yeom Ki-Hun. Técnico: Huh Jung-Moo. Campanha: 3J, 1V, 1E, 1D, 5GP, 6GC – 2º do Grupo B
Desfalques do confronto: O zagueiro uruguaio Godín é dúvida.
Porque os uruguaios avançam: Indiscutivelmente têm um time mais técnico. Os sul-coreanos marcam por zona, ou seja, em apenas um lance individual, Forlán, Suárez ou Cavani podem abrir a defesa adversária. A Argentina venceu assim.
Porque os sul-coreanos avançam: Têm muita força de vontade, nunca desistem do jogo. Apesar de alta, a defesa uruguaia tem dificuldades em marcar bolas paradas. O zagueiro Lee Jung-Soo posiciona-se muito bem e já fez 2 gols no torneio dessa maneira.
Palpite: Uruguai 75%, Coréia do Sul 25%


Estados Unidos vs. Gana
Inversão de papéis

Tempos atrás, este confronto seria exemplificado como o duelo entre a retranca norte-americana e a alegria e habilidade ganesa. Quem acompanha o torneio, sabe, atualmente, tudo mudou. Os EUA levam ligeiro favoritismo por terem um meio-campo mais criativo quando comparado ao dos africanos. O trio Donovan-Bradley-Dempsey precisa ser levado a sério. Já Gana, não empolga. Donos de um futebol burocrático, mais preocupado em não tomar gols do que em marcá-los, os Black Stars depositam suas fichas nos pés do oportunista Asamoah Gyan e do habilidoso, por vezes fominha, Ayew.

Raio-X do Confronto
Estados Unidos (4-1-3-2): Howard; Cherundolo, DeMerit, Onyewu e Bocanegra; Bradley; Dempsey, Mo Edu (Torres) e Donovan; Findley e Altidore. Técnico: Bob Bradley. Campanha: 3J, 1V, 2E, 0D, 4GP, 3GC – 1º do Grupo C
Gana (4-2-3-1): Kingson; Pantsil, Jonathan Mensah, Mensah e Sarpei; Annan e Prince Boateng; Tagoe, Asamoah e Ayew; Asamoah Gyan. Técnico: Milovan Rajevac. Campanha: 3J, 1V, 1E, 1D, 2GP, 2GC – 2º do Grupo D
Desfalques do confronto: O zagueiro ganês Vorsah está lesionado.
Porque os norte-americanos avançam: Além de ter um time mais entrosado, enfrentam um adversário mais inexperiente. Os africanos têm dificuldade com as bolas alçadas na área. Lançamentos de Donovan ou Bradley para Altidore são boas armas para fugir da retranca africana.
Porque os ganeses avançam: Marcam muito bem e sabem utilizar seus contra-ataques com eficácia. Como Howard joga avançado e a marcação ianque não é das melhores, há atletas como Gyan, Ayew e Boateng que podem arriscar chutes de média distância. Algo que a Eslovênia fez.
Palpite: Estados Unidos 65%, Gana 35%

Um comentário:

Breiller Pires disse...

Apesar do vacilo no começo do segundo tempo, o Uruguai provou que tem time pra chegar à semifinal. Ou, pelo menos, mais time que Gana e EUA. Forlán e Luisito em grande forma vêm desequilibrando.

Tabárez organizou bem o time depois das Eliminatórias e também tem muitos méritos pela campanha da Celeste.