ITÁLIA
Panela velha faz comida boa?
La Vecchia Signora é o apelido dado pelos italianos ao time da Juventus de Turim. Mas esta alcunha também pode ser usada para representar a Squadra Azzurra, que irá representar o país nesta Copa do Mundo.
Atual campeão do mundo com a seleção italiana, o técnico Marcello Lippi fez uma convocação pouco empolgante. Apostou na base campeã de 2006, uma equipe que já era envelhecida à época da conquista. A grande dificuldade na renovação da seleção é visível ao chamar praticamente o mesmo setor defensivo de 2006, com Buffon, Cannavaro, Gattuso e Pirlo, mesmo não apresentando mais o futebol vistoso de 4 anos atrás.
A grande surpresa foi a não convocação de alguns dos medalhões da seleção, como Totti, Del Piero e Luca Toni. Lippi resolveu apostar num time coeso, mas a falta de um jogador de mais criatividade e talento no meio de campo italiano pode fazer falta no decorrer da competição. O destaque do meio de campo deverá ser Danielle De Rossi, da Roma. Os jogadores também não demonstram muita confiança em repetir o feito de 2006 em suas declarações. Andrea Pirlo recentemente disse que a equipe italiana deve se esquecer do feito em 2006 e começar do zero, se quiser alçar vôos mais altos nesta competição. Ironicamente, o meia do Milan acabou se machucando pouco depois e desfalca a Itália no início da campanha.
Nas Eliminatórias, a seleção não teve gra ndes dificuldades para se classificar enfrentando equipes medianas como Irlanda, Geórgia e Bulgária. Porém, o fiasco na Copa das Confederações em 2009 ligou a luz de alerta na Azzurra, mostrando que a força da camisa deverá ser um grande trunfo da equipe nesta Copa do Mundo.
Federazione Italiana Giucco Cálcio
Status: Favorita
Ranking da FIFA: 5º
Melhor participação: Tetracampeã mundial (1934, 1938, 1982, 2006)
Participações em Copas: 17 (1934, 1938, 1950, 1954, 1962, 1966, 1970, 1974, 1978, 1982, 1986, 1990, 1994, 1998, 2002, 2006 e 2010)
Ídolos: Dino Zoff, Paolo Rossi, Paolo Maldini, Roberto Baggio, Giuseppe Meazza, Franco Baresi, Walter Zenga, Alessandro Del Piero, Fabio Cannavaro, Francesco Totti.
Uniforme: Puma
Time Base (4-4-2): Buffon; Zambrotta, Cannavaro, Chielini e Grosso; De Rossi, Camoranesi, Marchisio (Palombo) e Pirlo; Gilardino e Di Natale (Iaquinta). Técnico: Marcello Lippi.
Ele é o cara: Apesar de atuar um pouco mais avançado em relação ao último Mundial, Andrea Pirlo deve ser um dos responsáveis pela armação de jogadas de ataque da seleção italiana, ainda mais sem a presença de jogadores desta função, como Totti.Olho nele: Uma das gratas novidades na convocação de Marcello Lippi para esta Copa, Marchisio pode surpreender os adversários. Meia técnico e de boa habilidade, o jogador da juventus, emprestado ao Empoli na última temporada, mostrou grande vigor físico e criatividade no meio de campo.
Tem Brazuca aí: Nenhum
Pontos Fortes: O setor defensivo da equipe apesar de envelhecido, ainda impõe respeito a qualquer equipe. Buffon, Cannavaro, Pirlo e Cia. Devem ser o ponto forte da seleção.
Pontos Fracos: Sem Totti e Del Piero, a seleção carece de um meia mais criativo. O peso deve cair sobre De Rossi, que não é o cara ideal para tal função.
PARAGUAI
Sonhos ousados e ofensivos em campo
A seleção paraguaia chega à sua quarta Copa do Mundo consecutiva envolta em um ousado sonho: ultrapassar seu maior feito até hoje em Mundiais, que foi a chegada as oitavas de Final na Copa da França em 1998. Na largada para o Mundial, durante as Eliminatórias Sul-Americanas, o Paraguai teve um excepcional desempenho, ficando em primeiro durante boa parte da competição e finalizando em terceiro, um ponto atrás do líder Brasil, e com a mesma pontuação do Chile, segundo colocado.
Mesmo sem Cabañas, grande ídolo paraguaio, que ficou de fora depois de levar um tiro na cabeça durante uma discussão num bar, a seleção paraguaia chega à África do Sul com um elenco forte. Diferente de 98, quando o ponto forte era a defesa, com Chilavert, Arce e Gamarra, em 2010 o ataque promete ser o termômetro da participação do selecionado. Liderados por Roque Santa Cruz do Manchester City, os Albirrojos têm ainda o habilidoso Oscar Cardozo, do campeão português Benfica, além da dupla de ataque do Borussia Dortmund, Haedo Valdez e Lucas Barrios, este último, argentino naturalizado às pressas para substituir Cabañas.
O técnico Geraldo Martino aposta no esquema tático 4-4-2, equilibrado entre ataque e defesa. Mas como a vocação defensiva paraguaia ficou para trás, espera-se um time veloz e com uma grande força ofensiva, um terror para os zagueiros das seleções rivais.
Asociación Paraguaya de Fútbol
Status: Pode surpreender
Ranking da FIFA: 31º
Melhor participação: Oitavas de Final (2002)
Participações em Copas: 8 (1930, 1950, 1958, 1986, 1998, 2002, 2006 e 2010)
Ídolos: Carlos Gamarra, José Luis Chilavert e Roque Santa Cruz
Uniforme: Adidas
Time Base: Villar; Verón, Da Silva, Júlio César Cáceres e Morel Rodriguez; Vera, Santana, Victor Cáceres e Barreto; Santa Cruz e Valdez (Barrios). Técnico: Gerardo "Tata" Martinez.
Ele é o cara: Sem Cabañas e com Santa Cruz longe de sua melhor forma física, a principal aposta ofensiva do Paraguai recai sobre Haedo Valdez. Com sua versatilidade em campo, podendo atuar como meia ou atacante, ele pode ser a chave para a estratégia de jogo paraguaio.
Olho nele: Surpresa na convocação, o atacante argentino Lucas Barrios se naturalizou rapidamente para defender o país vizinho. Resta saber se tal aposta irá render em gols e alegria para os seus novos compatriotas.
Tem Brazuca aí: Nenhum
Pontos Fortes: O Paraguai mudou sua postura e diferentemente das Copas anteriores, aposta agora num ataque rápido e habilidoso, com jogadores como Valdez e Santa Cruz.
Pontos Fracos: O ponto forte de outras Copas, a zaga da seleção inspira cuidados e pode causar sérias dores de cabeça à torcida paraguaia.
NOVA ZELÂNDIA
Luta para não ser a pior
A Nova Zelândia é o adversário que qualquer seleção gostaria de ter em seu grupo. Frágil tecnicamente, não deverá oferecer perigo às demais equipes do Grupo F. Arrancar um simples empate seria um acontecimento inesquecível na história dos 23 jogadores neozelandeses convocados.
O técnico Ricki Hebert, ex jogador da seleção – atuou como titular na única Copa disputada pelos Neozelandeses, na qual perdeu os jogos para Rússia, Escócia e Brasil - é também o técnico do Wellington Phoenix, time local que empresta o maior número de jogadores à seleção, cinco no total.
Na lista dos 23 convocados , aparecem alguns jogadores sem clube, mostrando a precariedade dos All Whites, que se classificaram ao Mundial deste ano, após a entrada da Austrália nas Eliminatórias Asiáticas. Além disso, não houve a repescagem tradicional com o quinto colocado da América do Sul, como acontecia até as Eliminatórias de 2006. Com essa combinação de fatores, o caminho da Nova Zelândia ficou aberto para sua segunda ida à Mundiais.
Dentre os jogadores do elenco, se destaca o meia e capitão da equipe Ryan Nelsen, defensor do Blackburn Rovers. Além de Nelsen, destacam-se os jovens Chris Killen, atacante do Middlesbrough e Aarom Clapham, surpresa entre os convocados, após boa temporada no Cantebury United, na qual foi eleito o melhor jogador da liga neozelandesa deste ano.
Os torcedores que acompanharem o Mundial já sabem que uma classificação para as oitavas de final seria um acontecimento mundial, mas se estar na Copa depois de 28 anos também era algo impensável há tempos atrás, porque não acreditar um pouco mais?
New Zealand Football Inc.
Status: Zebra
Ranking da FIFA: 78º
Melhor participação: Primeira fase (1982)
Participações em Copas: 2 (1982 e 2010)
Ídolos: Steve Sumner, Vaughan Coveny e Ryan Nelsen
Uniforme: Nike
Time Base: Paston; Sigmund, Vicelich, Lochhead e Tim Brown; Ryan Nielsen, Smeltz, Elliot, Leo Bertos e Killen; Fallon. Técnico: Ricki Hebert.
Ele é o cara: Sem jogadores de renome no cenário internacional, o principal destaque da seleção neozelandesa fica por conta do capitão Ryan Nelsem, um bom zagueiro que atua desde 2005 pelo Blackburn.
Olho nele: O jovem Christopher Wood de 19 anos, que atua pelo West Bromwich deve ser uma grata surpresa pela seleção da Oceania. Atacante veloz, que na teoria é reserva, tem grandes chance de pegar a camisa 9 da seleção.
Tem Brazuca aí: Nenhum
Pontos Fortes: A seleção joga em grupo e a marcação dificulta a movimentação das seleções adversárias.
Pontos Fracos: Como um todo, a Nova Zelândia apresenta um nível técnico muito fraco e não deverá causar maiores problemas aos adversários do grupo.
ESLOVÁQUIA
Um estreante de respeito ou mais um fiasco ?
A Eslováquia chega para a sua primeira Copa do Mundo com potencial para aparecer bem nesta e em outras competições internacionais. Nas Eliminatórias mostrou sua força ao se classificar como primeiro em um grupo que contava com Polônia, Eslovênia, Irlanda do Norte, San Marino e República Tcheca. Na formação 4-3-1-2, a seleção eslovaca entra em campo com uma dupla de zagueiros de qualidade. Jan Durica, do Hannover e Martin Skrtel, do Liverpool mostraram bom entrosamento nas Eliminatórias e garantem segurança ao goleiro Mucha, do Legia Varsóvia.
No meio de campo, os destaques são os habilidosos meias Hamsik, do Napoli e Vladimir Weiss, jogador do Bolton que ganhou a posição de titular do time ao mostrar um bom toque de bola na ponta direita. Com apenas 19 anos, é tido como promessa do futebol inglês, onde também já atuou pelo Manchester City.
No ataque, as esperanças de gol da equipe caem sobre a dupla Sestak e Vittek. O primeiro foi o goleador da seleção nas Eliminatórias com seis gols. É meia de origem, mas se encontrou jogando como segundo atacante. Já Vittek, que atua pelo futebol turco é o jogador do elenco que mais balançou as redes com a camisa eslovaca, com 18 gols.
No papel o time é bem competitivo e promete causar dor de cabeça nos adversários do grupo. Porém, é prudente esperar o início da Copa pra se confirmar a qualidade da seleção ou se vai ser uma reprise do fiasco da rival República Tcheca, que em 2006 sequer passou da fase de grupos.
Slovenský Futbalový Zvaz
Status: Pode surpreender
Ranking da FIFA: 34º
Melhor participação: Estréia como país independente
Participações em Copas: 8 como Thcecoslováquia (1934, 1938, 1954, 1958, 1962, 1970, 1982, 1990) e 1 como país independente (2010)
Ídolos: Miroslav Karhan, Szilárd Németh e Martin Skrtel
Uniforme: Adidas
Time Base: Mucha; Skrtel, Durica, Pekarik e Zabavnik; Salata, Strba, Weiss e Hamsik; Vittek e Sestak
Ele é o cara: Apesar de ter se lesionado em um amistoso contra a Costa Rica, Martin Skrtel tem presença garantida entre os 11 titulares da Eslováquia. Demonstra segurança e deve formar uma forte zaga ao lado de Jan Durica.
Olho nele: Capitão da equipe eslovaca, Hamsik atua pelo meio de campo ajudando na armação de jogadas aos atacantes Vittek e Sestak. É um dos craques do time, e com um bom poder de conclusão, pode surpreender as equipes adversárias.
Tem Brazuca aí: Nenhum
Pontos Fortes: A defesa eslovaca é um paredão, com jogadores de qualidade, como Martin Skrtel e Jan Durica. Se jogarem em sintonia e com bom entrosamento, devem dificultar a chegada das equipes adversárias.
Pontos Fracos: A dificuldade em se alterar o padrão de jogo durante uma partida pode dificultar os jogos da equipe. A Eslováquia joga principalmente pelo meio, através de Hamsik. Se for bem marcado, não há um jogo à altura pelas laterais do campo.
Jogos do Grupo F:
14/06 - 15h30 - Cidade do Cabo – Itália x Paraguai
15/06 - 08h30 - Rustemburgo – Nova Zelândia x Eslováquia
20/06 - 08h30 - Bloemfontein – Eslováquia x Paraguai
20/06 - 11h00 - Nelspruit – Itália x Nova Zelândia
24/06 - 11h00 - Johannesburgo – Eslováquia x Itália
24/06 - 11h00 - Polokwane – Paraguai x Nova Zelândia
Um comentário:
Itália e Paraguai devem passar com tranquilidade. Pelo que tem jogado, os sul-americanos até com mais facilidade...
Mas pela tradição, não é bom duvidar da Itália.
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