14.7.10

A Seleção da Copa

Com um relativo atraso, graças a alguns debates entre os muitos membros do blog, o Opinião FC elegeu a seleção da Copa do Mundo. E olha que ela não contém o polvo Paul, a modelo Larissa Riquelme ou a instável Jabulani... Confira:

Goleiro: Casillas soube superar as críticas e a falha no jogo inicial para fechar a meta espanhola. Cresceu na hora certa. Sofreu apenas 2 gols durante toda a competição, agarrando um decisivo penalti cobrado por Cardozo e realizando uma finalíssima segura, sem sustos.

Laterais: Lahm talvez tenha sido o único atleta que esteve entre os melhores dos torneios de 2006 e 2010. Agora na direita, liderou a defesa alemã e mostrou eficiência tanto no ataque quanto na marcação. Sem um destaque nato no lado canhoto, o destaque foi o português Fábio Coentrão. Meia de origem, primou pela regularidade e pelo bom poderio ofensivo. Sempre aparecia para tabelar com Cristiano Ronaldo.

Zagueiros: Grata surpresa, Alcaraz exemplifica o belo desempenho da zaga paraguaia. Técnico, evita balões desnecessários, tem bom posicionamento e cabeceia muito bem. Até gol, ele marcou. Piqué foi outro jogador que mostrou grande recuperação e não se abalou com sua fraca estreia. Aguerrido, anulou os principais nomes adversários com muita raça e disposição. Muitas vezes deu o sangue pela Fúria. Literalmente.

Meio-campistas: Originalmente ponta-de-lança, Schweinsteiger atuou mais recuado como volante e não fez feio. Destruía sem cometer faltas e saía jogando com tranquilidade. Têm argentinos que devem ter pesadelos com ele. Até as semifinais, Sneijder fora o jogador mais regular da Copa. Quando caiu de produção, a Holanda tornou-se uma equipe comum. Dono de uma técnica apurada, sempre bate com maestria na bola.

Apoiadores: O Nationalelf claramente sentiu a ausência do jovem Müller na derrota para a Espanha. Veloz, a revelação do campeonato ajuda a fechar espaços no meio, contribui na articulação de jogadas e aparece na frente para finalizar. Decisivo, Iniesta sempre apareceu quando a Espanha mostrava dificuldades em superar seu rival. Chilenos e paraguaios que o digam. Esforçado, mesmo não estando 100% fisicamente, esbanjou habilidade e inteligência. Foi premiado, merecidamente, com o gol do título.

Atacantes: Sumido nas duas últimas partidas, Villa carregou o ataque espanhol nas costas. Correu, saiu da área quando preciso e mostrou muito oportunismo ao corresponder às expectativas e balançar as redes por cinco vezes. Ao seu lado, Forlán, o atacante-armador que levou o Uruguai ao incrível quarto lugar. Adaptou-se muito bem aos efeitos da Jabulani e marcou pelos gols de fora da área. Aliando criatividade, técnica e garra, não fora eleito pela Fifa consagrado como craque da Copa à toa. Genial.

Técnico: Oscar Tabárez e superou as limitações técnicas da equipe e alcançou a fase final. Teve uma incrível visão ao notar que o esquema 3-5-2 levaria seus comandados ao fracasso e adaptou sua equipe com primor, suprindo a deficiência de sua não possuir um grande armador.

Independentemente destes nomes supracitados há outros atletas que também não podem ser esquecidos pelo nível que demonstraram. Stekelenburg, por exemplo, calou a boca dos críticos que não tinham confiança em seu trabalho. Já Lúcio, salvou-se da mediocridade apresentada pelo Brasil e anulou importantes atacantes que a Seleção Canarinha enfrentou. A mobilidade de Xavi também foi importantíssima para a Espanha chegar ao caneco. Assim como Honda, que mostrou muita agilidade e disciplina tática para liderar os japoneses. Isso sem falar em Asamoah Gyan, Özil, Boateng, Vittek, Rafa Márquez, Sergio Ramos, Benaglio, Kuyt... enfim, destaques não faltaram.

Um comentário:

Jefferson Pacaembu disse...

Pra mim o Lúcio estaria no selecionado principal...