O ex-técnico da Seleção Brasileira, Dunga, não levou os jovens santistas para a Copa do Mundo da África do Sul por alegar que Neymar e Paulo Henrique não haviam sido testados no escrete nacional. Sei que o Mundial já passou, mas é difícil esquecer que o fracasso poderia ter sido, se não evitado, pelo menos dificultado.
Além do fato de o próprio treinador não ter nenhuma experiência até então (como exigir a mesma coisa dos jogadores?), há inúmeros exemplos que provam que vale o risco apostar numa jovem promessa, mesmo para uma Copa do Mundo, que concordo ser o maior torneio de futebol do mundo. E não é preciso ir muito longe buscar um atleta nessas condições.
A Espanha foi campeã do mundo sem contar com Fernando Torres em forma. Para o seu lugar, Vicente Del Bosque foi testando algumas opções até que, na semifinal, colocou o barcelonista Pedro Rodriguez (18). Com 22 anos, seu primeiro jogo oficial com a camisa da Roja foi simplesmente a semifinal do Mundial, no duelo contra a Alemanha. O segundo, a final contra a Holanda.
E jogou bem, não sentiu a pressão. É claro que há riscos em se levar alguém jovem, que não tem experiência na Seleção. Mas quando eles estão arrebentando, e, mais que isso, quando não há opções melhores, eles têm que ir. Simples assim.
Enquanto isso, na equipe brasileira, tínhamos Grafitte e Kléberson, pra ficar só neles, jogadores que não estavam bem em seus clubes e que só entraram durante os jogos para dar uma espécie de resposta aos críticos de Dunga, que ainda afirmou que fechou a convocação em março, depois do amistoso contra a Irlanda, dois meses antes do anúncio oficial. O que foi feito, ou pior, o que não foi feito por alguns jogadores, não foi levado em conta na definição dos 23 escolhidos para jogar a Copa.
O resultado, todos vimos.
Um comentário:
Não adianta ficar falando 'se' agora... a Copa já passou e temos que pensar no presente.
Abraço,
http://porforadogramado.blogspot.com/
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