Mesmo com as incríveis jogadas de Marta (Bola de Ouro) e Cristiane (Bola de Bronze), na final prevalesceu a organização alemã, da capitã Prinz.
Fazendo uma analogia com o filme "Menina de Ouro", estrelado por Clint Eastwood e Hilary Swank, vou usar o exemplo da seleção feminina de futebol, vice-campeã da Copa do Mundo Feminina realizada na China. Assim como no filme, onde Maggie Fitzgerald (Swank) conseguiu convencer Frank Dunn (Eastwood) a treiná-la, apesar de ela ser mulher e velha para o boxe, a seleção brasileira segue tentando convencer os órgãos responsáveis pelo futebol para que acreditem nelas. O potencial existe. A melhor jogadora do mundo veste a 10 canarinho. Cristiane foi Bola de Bronze no Mundial. E ainda temos Aline, Formiga, Daniela Alves, Elaine...
A cultura do segundo lugar é cruel. Vice-campeãs olímpicas em Atenas, vice-campeãs Mundiais na China, um monte de promessas vazias e a interrupção do surgimento de diversas jogadoras com potencial. Afinal, se num país onde a maioria dos atletas homens que vivem de jogar futebol recebe salário mínimo - sendo que o futebol masculino já é encrustrado na cultura brasileira há quase 100 anos - como fazer com que essas atletas possam viver só do futebol, futebol esse que mal respeita as jogadoras que representam a Seleção Brasileira?
Mais uma vez, acontecem as movimentações isoladas para, finalmente, se organizar um campeonato feminino decente no Brasil. Campeonato esse que já existe em países como os EUA, países escandinavos e na Alemanha (que possui o campeonato mais forte do mundo). E coincidentemente, foram os que chegaram às semi-finais (EUA, Alemanha e Noruega), a excessão do Brasil, que assim como no filme Menina de Ouro não pede caridade ou dó, mas apenas alguém que as "treine" e acredite no seu potencial.
A final
Falando da final propriamente dita, ficou claro que o Brasil tem valores individuais muito bons, mas o que fez a diferença foi o conjunto alemão. A goleira Angerer, a zaga germânica e a liderança de sua capitã e artilheira, Birgit Prinz foram decisivas ante um Brasil que estava sem inspiração e sem a magia de Marta, sendo que a camisa 10 fez uma partida apática, que culminou com seu nervosismo antes de perder a cobrança que resultaria no empate. Também pesou muito o trabalho de preparação física das alemãs, muito mais fortes e resistentes que as brasileiras.
Mas, analisando friamente, esse é um vice que temos de comemorar. Porque, apesar de o caneco não ter vindo, essa seleção resgatou algumas coisas que julgávamos perdidas no futebol da Seleção, seja em qual categoria for: O comprometimento, o amor à camisa canarinho, a luta em prol do coletivo. Em equipes povoadas de jogadores "apadrinhados", que vêem a seleção como um grande trampolim para fazer a vida financeira na Europa, essas jogadoras nos mostraram que é possível resgatar o jogo bem jogado, disputado, mas sem deixar de lado a profissionalidade, coisa que elas querem tanto que aconteça. Realmente espero que não iludam essas e outras tantas jogadoras profissionais novamente. Porque o que elas mostraram na China, mesmo com condições precárias, foi louvável.
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Fazendo uma analogia com o filme "Menina de Ouro", estrelado por Clint Eastwood e Hilary Swank, vou usar o exemplo da seleção feminina de futebol, vice-campeã da Copa do Mundo Feminina realizada na China. Assim como no filme, onde Maggie Fitzgerald (Swank) conseguiu convencer Frank Dunn (Eastwood) a treiná-la, apesar de ela ser mulher e velha para o boxe, a seleção brasileira segue tentando convencer os órgãos responsáveis pelo futebol para que acreditem nelas. O potencial existe. A melhor jogadora do mundo veste a 10 canarinho. Cristiane foi Bola de Bronze no Mundial. E ainda temos Aline, Formiga, Daniela Alves, Elaine...
A cultura do segundo lugar é cruel. Vice-campeãs olímpicas em Atenas, vice-campeãs Mundiais na China, um monte de promessas vazias e a interrupção do surgimento de diversas jogadoras com potencial. Afinal, se num país onde a maioria dos atletas homens que vivem de jogar futebol recebe salário mínimo - sendo que o futebol masculino já é encrustrado na cultura brasileira há quase 100 anos - como fazer com que essas atletas possam viver só do futebol, futebol esse que mal respeita as jogadoras que representam a Seleção Brasileira?
Mais uma vez, acontecem as movimentações isoladas para, finalmente, se organizar um campeonato feminino decente no Brasil. Campeonato esse que já existe em países como os EUA, países escandinavos e na Alemanha (que possui o campeonato mais forte do mundo). E coincidentemente, foram os que chegaram às semi-finais (EUA, Alemanha e Noruega), a excessão do Brasil, que assim como no filme Menina de Ouro não pede caridade ou dó, mas apenas alguém que as "treine" e acredite no seu potencial.
A final
Falando da final propriamente dita, ficou claro que o Brasil tem valores individuais muito bons, mas o que fez a diferença foi o conjunto alemão. A goleira Angerer, a zaga germânica e a liderança de sua capitã e artilheira, Birgit Prinz foram decisivas ante um Brasil que estava sem inspiração e sem a magia de Marta, sendo que a camisa 10 fez uma partida apática, que culminou com seu nervosismo antes de perder a cobrança que resultaria no empate. Também pesou muito o trabalho de preparação física das alemãs, muito mais fortes e resistentes que as brasileiras.
Mas, analisando friamente, esse é um vice que temos de comemorar. Porque, apesar de o caneco não ter vindo, essa seleção resgatou algumas coisas que julgávamos perdidas no futebol da Seleção, seja em qual categoria for: O comprometimento, o amor à camisa canarinho, a luta em prol do coletivo. Em equipes povoadas de jogadores "apadrinhados", que vêem a seleção como um grande trampolim para fazer a vida financeira na Europa, essas jogadoras nos mostraram que é possível resgatar o jogo bem jogado, disputado, mas sem deixar de lado a profissionalidade, coisa que elas querem tanto que aconteça. Realmente espero que não iludam essas e outras tantas jogadoras profissionais novamente. Porque o que elas mostraram na China, mesmo com condições precárias, foi louvável.
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9 comentários:
Brasileirão dos Sonhos:
http://carlospizzatto.blogspot.com/2007/10/brasileiro-dos-sonhos.html
Dê uma olhada. Abraços!
De Prata para ser mais exato,rsrsrs!!!
Parabéns pelo blog.Foi criado um link dentro do meu: www.blogdorobertosilva.zip.net
A Alemanha estava demais, o Brasil teve uma excelente participação com o 2º lugar mesmo........
http://netesporte.blogspot.com/
Muito bem lembrado o fato de que a esmagadora maioria dos jogadores do futebol masculino é muito mal remunerada. Isso mostra a dificuldade maior que enfrentará o futebol feminino. Talvez alguns times consigam estabelecer-se na ponta e pagar um salário melhor, como ocorre no futsal(o falcão, p.ex., ganha na malwee uns 100 mil por mês). Mas não será fácil criar um mercado significativo para as jogadoras.
E a CBF vai acabar dandouma de boazinha e tentar mudar um pouco a historia, deve estar pintando ai a |Copa do Brasil de futebol feminino!Abração
Realmente elas são garotas de ouro. Assim como eu, acho que todos esperam que agora a CBF incentive o futebol feminino e crie campeonatos para a modalidade.
Acessem também:
http://comabolacheia.zip.net
A melhada em pequim será nossa!!!
Estão convocados a escalar o Grêmio, o Corinthians e o Cruzeiro dos Sonhos.
http://carlospizzatto.blogspot.com/2007/10/grmio-corinthians-e-cruzeiro-do-sonhos.html
Abraços!
Bela comparação André.
São Meninas de Ouro mesmo. Pena que o diretor (admiminstrativo) do futebol não é tão competente como é o cineasta Clint Eastwood.
Abraço
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