Pouco mais de um ano após sua contratação estratosférica pelo Manchester City – cerca de 40 milhões de libras, junto ao Real Madrid – Robinho está insatisfeito nos Citizens. Teve bom início, mas não joga um futebol decente há quase uma temporada inteira. Homem de confiança de Dunga, continuou sendo convocado com a Seleção, empolgando em poucas partidas e vendo Nilmar ameaçar a sua titularidade com um futebol convincente e gols. A questão é: ele estaria com razão de deixar Manchester e voltar ao Brasil? Sem dúvidas, é direito dele.
Contudo, o atacante novamente força a sua saída do clube que defende – da forma como já havia feito com o Santos e Real Madrid. Inspirado nos exemplos recentes de Adriano, Fred e Vagner Love – que literalmente cansaram de atuar fora do Brasil – Robinho deseja voltar ao Brasil não apenas para ficar em evidência na mídia. Ele volta em busca dos mimos e regalias dadas pelos cartolas brasileiros aos craques em mau momento na Europa e que desejam retornar à terra natal, ganhando algo próximo de sua realidade européia.
No Santos, ele desejava sair ao Real para se tornar o “melhor do mundo”. No Real, se sentiu desvalorizado por ter sido preterido pelos merengues em nome de melhores investimentos – leia-se as investidas iniciais ao atacante Cristiano Ronaldo, melhor do mundo na ocasião. No City, preterido pelas más atuações dentro de um clube médio que ainda começa a voltar ao primeiro escalão inglês. Pelos Citizens, pífios oito jogos em 2009/10 e apenas um gol, contra o modesto Scunthorpe, pela League Cup. Não é nem sombra daquele jogador que despontou no Santos com força e teve lampejos de bons momentos no Real.
Robinho é o expoente de boa parte dessa safra de jogadores brasileiros que buscam a Europa a qualquer custo, sem pensar nos pontos negativos que a transferência pode trazer. A adaptação, a maior dedicação tática, a melhor utilização de um elenco como um todo não vem enraizada na formação dos jovens atletas desde a categoria de base. Os exemplos estão aí: Adriano, Thiago Neves, Anderson, Fred. Sem dúvida, o Brasil produz alguns dos melhores futebolistas do planeta. Porém, no quesito profissionalismo e na relação atleta/clube, os jogagores brasileiros ficam devendo muito em relação ao segundo maior exportador de talentos do planeta: os argentinos.
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2 comentários:
Campeão mundial no quesito: pior gerenciamento de carreira.
Fala-se que ele pode ir para o Barcelona na próxima temporada. Mas eu duvido muito que um grande clube europeu volte a apostar num jogador que na sua carreira sempre deixou seus times pela porta dos fundos.
Essa atual tendência de jogadores renomados no exterior voltarem ao Brasil, tem um nome: Copa do Mundo. Torcedor, não se iluda ao pensar que o Robinho volta ao Santos para reencontrar a felicidade. Balela! Ele quer é ter a mídia o bajulando e principalmente, ser visto pelo Dunga. Mesma coisa que está sendo feita por Fred, Adriano, Vagner Love e até Ronaldo Fenômeno, que não descarta disputar uma última Copa. Me cobrem depois: acabou a Copa, todos eles voltam pra Europa, excessão provavelmente do Fenômeno.
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