O interior de São Paulo, mas especificamente Bauru, tão desacostumado a terremotos, sentiu o chão tremer e o principal alicerce de uma casa, ainda em construção, ameaçar ruir. No último dia 20, o Cosmo de Médici do Norusca, o empresário e apaixonado por futebol Damião Garcia, entregou uma carta-renúncia, comunicando ao time que só fica até 30 de novembro.
Damião, dono da Kalunga, de alguns investimentos em gado e de muito, muito dinheiro, não expõe suas motivações na carta, porém ressalta que sua decisão é inabalável. Abalados com a decisão, alvirrubros, após enxugarem as lágrimas, tomaram as mais diferentes iniciativas no sentido de manter o seu Kia Joorabchian, como a reunião extraordinária da diretoria, marcada para o dia 26, porém a mais consistente atitude até o momento é o tópico “Fica Damião”, na comunidade da maquininha vermelha no Orkut, com 235 posts até o momento. Tanta agitação é perfeitamente compreensível, já que os quatro anos da Era Damião são os mais vitoriosos da história do clube, desde o tempo em que Alfredo de Castilho era dirigente e não estádio.
Entretanto, uma coisa que nunca foi segredo pra ninguém em Bauru é que o grande sonho Damião é dirigir o clube de maior torcida do estado. Um dos mais antigos sócios do Corinthians (não consegui confirmar se é O mais), e patrocinador do time por quase 10 anos (quem não se lembra da camiseta do Timão como o logo da Kalunga), o empresário bauruense retornou a sua terra para fazer do Noroeste sua vitrine incontestável de administrador. Num tempo em que a monarquia Dualib e a máfia russa parecem estar em crise nos gramados da capital, o mecenas do alfredão deixa Bauru depois de seguidos acessos de divisão e a conquista da melhor campanha da história do Noroeste, o quarto lugar na paulistão desse ano, tendo ficado inclusive a frente do Corinthians.
Se seu motivo ao deixar Bauru é a aspiração a saltos mais altos, ninguém pode saber, porém o momento parece propício. Por aqui Damião Garcia deixa um time reestruturado e revitalizado, na primeira divisão, com uma boa comissão técnica, com contas em dia e um bom trabalho de equipes de base. Vai como um grande administrador, com realizações coerentes e resultados concretos. Não obstante, grandes lideres não costumam deixar herdeiros. Veremos em breve se Damião, que várias vezes saudou os compromissos do clube com dinheiro do bolso, conseguiu emancipar o Noroeste, deixando uma base forte para que o clube avance com as próprias pernas, ou se apenas o tornou dependente de seu mecenato.
Damião, dono da Kalunga, de alguns investimentos em gado e de muito, muito dinheiro, não expõe suas motivações na carta, porém ressalta que sua decisão é inabalável. Abalados com a decisão, alvirrubros, após enxugarem as lágrimas, tomaram as mais diferentes iniciativas no sentido de manter o seu Kia Joorabchian, como a reunião extraordinária da diretoria, marcada para o dia 26, porém a mais consistente atitude até o momento é o tópico “Fica Damião”, na comunidade da maquininha vermelha no Orkut, com 235 posts até o momento. Tanta agitação é perfeitamente compreensível, já que os quatro anos da Era Damião são os mais vitoriosos da história do clube, desde o tempo em que Alfredo de Castilho era dirigente e não estádio.
Entretanto, uma coisa que nunca foi segredo pra ninguém em Bauru é que o grande sonho Damião é dirigir o clube de maior torcida do estado. Um dos mais antigos sócios do Corinthians (não consegui confirmar se é O mais), e patrocinador do time por quase 10 anos (quem não se lembra da camiseta do Timão como o logo da Kalunga), o empresário bauruense retornou a sua terra para fazer do Noroeste sua vitrine incontestável de administrador. Num tempo em que a monarquia Dualib e a máfia russa parecem estar em crise nos gramados da capital, o mecenas do alfredão deixa Bauru depois de seguidos acessos de divisão e a conquista da melhor campanha da história do Noroeste, o quarto lugar na paulistão desse ano, tendo ficado inclusive a frente do Corinthians.
Se seu motivo ao deixar Bauru é a aspiração a saltos mais altos, ninguém pode saber, porém o momento parece propício. Por aqui Damião Garcia deixa um time reestruturado e revitalizado, na primeira divisão, com uma boa comissão técnica, com contas em dia e um bom trabalho de equipes de base. Vai como um grande administrador, com realizações coerentes e resultados concretos. Não obstante, grandes lideres não costumam deixar herdeiros. Veremos em breve se Damião, que várias vezes saudou os compromissos do clube com dinheiro do bolso, conseguiu emancipar o Noroeste, deixando uma base forte para que o clube avance com as próprias pernas, ou se apenas o tornou dependente de seu mecenato.
4 comentários:
Com a saída de Damião, os novos dirigentes do norusca têm que tmoar cuidado para toda estrutura que foi arquitetada nos últimos anos não ceda e o time volte a passar por outra crise financeira e estrutural.
Vai ser dificil o Norusca manter o nível por causa que ele era o principal investidor do clube.
Para alegria de Paulo Jaú, o Norusca pode afundar novamente!
Mto bom o texto!
A relação de Damião com o Norusca é mesmo complicada: tem mistura de paixão e boa administração, coisa rara entre times pequenos e do interior. Resta saber se ele deixou, além da boa estrutura já citada no texto, a semente o profissionalismo (é complicado dizer até que ponto ele foi profissional, colocando dinheiro do próprio bolso, por exemplo).Sua passagem pelo clube foi bem vitoriosa, agora é esperar para que o Norusca não vire bagunça ou que fique marcado como time "viúvo" do ex-dirigente. O Paulistão 2007 está chegando...
O fim de mais um time pequeno! Pelo menos é assim que eu enxergo a saída do Damião! O Noroeste se iguala a São caetano, Guarani, e muitos outros times que estão orfãos de um grande pai!!! Fazer o que né?
Parabéns pelo texto, caro Jefferson. Seja bem-vindo ao epicentro da opiniao esportiva de qualidade!!
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