9.10.06

Enfim, o ataque

Não é de hoje que o São Paulo sofre com a falta de um ataque eficiente. Após a saída de Ricardo Oliveira ao final da Libertadores da América, o time teve que voltar a depender do "desequilibrado" Aloísio. O termo não tem nada a ver com a personalidade do atacante, muito pelo contrário. Ele é tido pelos colegas como um agregador do grupo e está sempre de bom humor. O adjetivo se refere à irregularidade do centro-avante, que fica muitos jogos sem marcar gols, e também pela sua dificuldade em ficar de pé em campo, algo que prejudica muitos ataques da equipe devido aos escorregões e a mania que o jogador têm em se atirar no chão para cavar faltas.

Leandro "Gianechinni" e Thiago também não andam colocando a bola no fundo do gol, irritando a torcida, acostumada com goleadores como Amoroso, Luís Fabiano, França e Reinaldo. A equipe do Morumbi precisou de oito jogos no Brasileirão, sem contar a Recopa Sul-americana, para marcas gols com seus atacantes, no caso, Leandro e Aloísio.
Os 2x1 contra o Fluminense, em pleno Maracanã, durante a última rodada, confirma a boa fase do líder do campeonato, que havia goleado o Vasco por 5x1, e tira um pouco o peso da equipe, que vinha marcando gols apenas com seus meio campistas, laterais , zagueiros ou com seu goleiro Rogério Ceni.

A ineficiência do ataque se deve talvez à falta de entrosamento da dupla Thiago-Aloísio, além disso, Leandro nunca foi um goleador e joga em função do homem de área. Alex Dias está muito abaixo do nível que começou a temporada. Tadeu e Edgar ainda são jovens promessas e não podem assumir a responsabilidade pela ineficiência do ataque tricolor.

O fato da equipe estar na liderança do campeonato e, de certa forma, marcando gols, acaba por encobrir um fato que prejudicou a conquista da Libertadores e da Recopa, deixando margem para que o torcedor se preocupe com o andamento do time nas rodadas decisivas do Brasileirão, quando o ataque realmente terá que mostrar serviço.

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