Desde que foi estipulado o regulamento de pontos corridos em 2003 para a disputa do Brasileirão de futebol, o torcedor teve que mudar o hábito de acompanhar seu time apenas na reta final do torneio e passou a seguir cada jogo como se fosse uma preliminar da decisão, já que toda partida têm o mesmo peso para levar o um clube ao título ou ao rebaixamento.
A tão saudosa "final” foi extinta, porém no decorrer de todos os campeonatos por pontos corridos que foram disputados, em cada um deles houve uma pseudo-finalíssima ou pelo menos houve emoção na disputa entre os primeiros colocados do torneio. Os famosos jogos de seis pontos e os tropeços nas retas finais marcaram as conquistas dos últimos três campeonatos, o que faz equipes como Grêmio, Internacional e Santos ainda terem esperanças em alcançar o líder São Paulo, mesmo após o empate da equipe em 1 a 1 contra o tricolor gaúcho.
Em 2003, Cruzeiro e Santos brigaram pelo título até a 31º rodada, porém, no confronto direto no Mineirão, a raposa encaçapou 3 a 0 no peixe e abriu uma vantagem que só aumentou durante as dez rodadas seguintes, sagrando campeã com antecipação a equipe mineira, que possuía excelência dentro de fora de campo com o inspirado meia Alex e o estrategista Vanderlei Luxembrugo.
No Brasileirão de 2004, o mesmo Luxemburgo assumiu o Santos e novamente a competência do de seu trabalho se transformou em título, o quinto brasileiro do técnico. A equipe do Atlético Paranaense vivia um ótimo momento e contava com o oportunismo do centro-avante Whashington e a habilidade do garoto Dagoberto. O time de Curitiba sofreu aquilo que chamamos de “amarelão”. O Vasco dessa vez foi o fiel da balança. A equipe paranaense liderou a competição da 31º rodada até a penúltima quando perdeu um jogo simples contra os cariocas em São Januário por 1 a 0 e abriu as portas para título do embalado Santos de Robinho, que na rodada seguinte só precisou vencer próprio Vasco por 2 a1 na Vila Belmiro para levantar o caneco.
No ano passado, em meio ao escândalo do apito e impugnação de onze jogos, os quais foram remarcados, o Corínthians de Tévez e Nilmar superou o Internacional de Fernandão e Rafael Sóbis. O Inter se manteve líder até o momento em que estourou o escândalo e o STJD tomou a decisão de voltar as partidas suspeitas de manipulação. Os jogos remarcados beneficiaram o time de Parque São Jorge que conseguiu recuperar quatro pontos perdidos nos jogos suspeitos e diminuiu a vantagem do colorado de sete para três pontos.
A decisão de verdade ficou para o dia 20 de novembro no Pacaembu, durante a antipenúltima rodada. Para o time gaúcho só a vitória poderia lhe deixar perto do título, porém, a o árbitro Márcio Rezende de Freitas operou a equipe dos pampas, não assinalando um pênalti claro do goleiro Fábio Costa em Tinga, vindo ainda a expulsar o meia por simular a jogada. O resultado de 1 a 1 manteve o Corinthians na liderança e mesmo com a derrota para o Goiás, os paulistas comandados por Antônio Lopes se sagraram campeões com 81 pontos contra 78 do colorado. Se não houvesse a anulação dos jogos, o Internacional teria sido campeão brasileiro de 2005 com 78 contra 77 do Corínthians.
No campeonato deste ano a disputa entre o bloco de elite está um pouco mais equilibrada do que nas últimas edições. Diferentemente destas, onde a disputa se restringiu a apenas dois times nas rodadas finais, quatro times ainda podem sonhar com a conquista em 2006. Por enquanto, a vantagem de sete pontos do São Paulo(60) sobre o agora vice-líder Internacional(53) lhe permite respirar um pouco mais para seguir rumo ao tetra campeonato. Já o Santos(52) ainda têm confronto direto contra o tricolor paulista no dia 11 de novembro e pode sonhar em se aproximar da liderança. O Grêmio(62) mesmo após o empate em casa continua na briga e aposta no seu bom retrospecto no segundo turno para chegar ao título.
Qualquer vacilo do São Paulo agora pode aproximar o segundo bloco da liderança e um “apagão” na reta final resultaria em mais um título que escapa das mãos do tricolor muito próximo de ser conquistado, o quarto este ano para ser mais exato. Basta não pipocar agora e fazer o “arroz com feijão” nos jogos disputados no Morumbi para cruzar a linha de chegada na frente e comemorar. O Brasileirão ainda promete várias surpresas para as suas últimas oito rodadas, garantia de bons jogos e bastante emoção.
5 comentários:
As Brunas passaram por aki tb!!!! Votamos no Santos!!!hahahaha bjus
Bom, confesso que torci o nariz qdo foi implementada a fórmula de pontos corridos no Brasileirão. Sou um eterno amante das finalíssimas.
Mas também há mta emoção com pontos corridos, e é a fórmula mais justa. O empate de ontem deixou o sp com a mão no caneco. É só não amarelar!
Sou completamente a favor do pontos corridos, por ser o mais justo e por definir o time mais completo e equilibrao do campeonato. Quem gosta de final e mata-mata, pode acompanhar a Copa do Brasil, que deveria ser mais valorizada e para com a bagunça que é e sempre foi. A começar com a volta dos times que disputam a Libertadores, e critérios mais justos e claros para participar da copa.
Sobre o atual campeonato, o São Paulo deu um grande passo ao título, mas como foi observado, na reta final sempre há os escorregões... Mas só um escorregão muito grande pra tirar o caneco do São Paulo
Só um escorregão bem grande mesmo; os pontos corridos sempre dá aquela adrenalina, o complicado é quando seu time escorrega feio e acaba perdendo o título, aí acaba com o torcedor.
o São Paulo tem q seguir firme, e já está na hora de ganhar um título esse ano, depois de perder todos os passados, pelo menos esse né São Paulo !! Força aeee time!
Achei uma tese interessante sobre o Márcio Rezende quando escrevia sobra a libertadores.
http://canais.rpc.com.br/deprimeira/conteudo.phtml?id=514483
A ligação entre a pepsi e os times que o juizão colaborou.
Abraços,
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