A Era Dunga vai conhecendo o seu fundo do poço. Após os jogos pífios pelas Eliminatórias Sul-Americanas - que deixaram o Brasil com apenas nove pontos em seis jogos - a Seleção falhou na única vez em que foi exigida pra valer: não fez sombra frente a excelente Argentina. Porque antes de mais nada, há de se exaltar que havia uma excelente equipe, de futuros valores como Garay, Mascherano, Agüero e Messi, os quais podem futuramente tirar a Argentina da fila de quase 25 anos por uma Copa do Mundo. E que jogaram de acordo com as expectativas que os cercaram. Fora a motivação extra dos hermanos, por conta de recentes goleadas e a perda da Copa América sob circunstâncias estranhas. Mesmo jogando o melhor futebol naquela oportunidade, simplesmente o time desandou. Assim como o Brasil fez hoje, no Estádio dos Trabalhadores, em Pequim.
Posto isso, vamos aos fatos: Dunga não tem condições de seguir a frente do comando da Seleção. Não só por ele ser totalmente inexperiente e incompetente taticamente. Mas por ele não ter respaldo de ninguém. Torcedores, imprensa e até a CBF – que inicia um gradual processo de fritura – não acreditam que ele possa desenvolver um trabalho razoável. Aliado a isso, o fato da turra do comandante do escrete canarinho. A insistência em jogadores ultrapassados como Josué, Mineiro, Gilberto(s) e Sóbis chega a irritar. Falta um espírito de elenco, falta disciplina tática e falta bom senso em sua relação com os jogadores, como nos episódios passados com Ronaldinho, Kaká e Robinho, principais jogadores de sua era à frente do Brasil.
Apesar de achar que ele não convocou mal o elenco que está em Pequim (salvo algumas exceções), claramente faltou pôr em prática o tão falado “projeto olímpico”. Dunga poderia ter jogado os últimos amistosos contra times decentes para ir encorpando o elenco e testando mais opções, como Léo (Grêmio) e Guilherme (Cruzeiro), por exemplo. A preparação na Ásia – que apesar de todos os problemas, foi de um tempo razoável – poderia ser a fase final de algo planejado previamente.
Infelizmente, Dunga não cairá tão já. Os jogos em setembro contra o Chile (fora, 06/09) e Bolívia (casa, 09/09) serão pontuais quanto ao seu futuro. Dependendo das andanças, o negócio pode ficar feio em Santiago mesmo, em uma (não tão) eventual derrota. O que não se pode é caçar as bruxas erradas. Há uma – ou duas, mas esta última inalcançável, infelizmente – bruxa prestes a queimar na fogueira das vaidades do futebol brasileiro.
Enquanto isso, em Pequim mesmo, está uma outra seleção que a CBF nem liga muito e, mesmo assim, vem correspondendo à altura. Será que é por conta disso que o técnico Jorge Barcellos consegue tirar o melhor de suas atletas e sua camisa 10 é 10, de fato? O primeiro ouro do futebol brasileiro pode vir, sim. Mas não como Ricardo Teixeira imaginava.
Posto isso, vamos aos fatos: Dunga não tem condições de seguir a frente do comando da Seleção. Não só por ele ser totalmente inexperiente e incompetente taticamente. Mas por ele não ter respaldo de ninguém. Torcedores, imprensa e até a CBF – que inicia um gradual processo de fritura – não acreditam que ele possa desenvolver um trabalho razoável. Aliado a isso, o fato da turra do comandante do escrete canarinho. A insistência em jogadores ultrapassados como Josué, Mineiro, Gilberto(s) e Sóbis chega a irritar. Falta um espírito de elenco, falta disciplina tática e falta bom senso em sua relação com os jogadores, como nos episódios passados com Ronaldinho, Kaká e Robinho, principais jogadores de sua era à frente do Brasil.
Apesar de achar que ele não convocou mal o elenco que está em Pequim (salvo algumas exceções), claramente faltou pôr em prática o tão falado “projeto olímpico”. Dunga poderia ter jogado os últimos amistosos contra times decentes para ir encorpando o elenco e testando mais opções, como Léo (Grêmio) e Guilherme (Cruzeiro), por exemplo. A preparação na Ásia – que apesar de todos os problemas, foi de um tempo razoável – poderia ser a fase final de algo planejado previamente.
Quanto aos jogadores, algumas ponderações: apesar de Ronaldinho não ter correspondido, ele terá nova chance no Milan. Com uma preparação adequada e com ritmo forte de competição, ele ainda poderá ser útil. O mesmo para o garoto Pato. Responsabilizado precocemente em ser o fazedor de gols, ele foi mais uma vítima do esquema de Dunga, que isola os atacantes e os deixa trombando com a zagueirada. Já foi dessa forma com Wagner Love e Luís Fabiano, por exemplo. Provaram que são futuros valores para a equipe atletas como Marcelo, Lucas, Hernanes e Thiago Neves, cujo talento pode dar uma gama de opções ao time futuramente, nas Eliminatórias da Copa.
Infelizmente, Dunga não cairá tão já. Os jogos em setembro contra o Chile (fora, 06/09) e Bolívia (casa, 09/09) serão pontuais quanto ao seu futuro. Dependendo das andanças, o negócio pode ficar feio em Santiago mesmo, em uma (não tão) eventual derrota. O que não se pode é caçar as bruxas erradas. Há uma – ou duas, mas esta última inalcançável, infelizmente – bruxa prestes a queimar na fogueira das vaidades do futebol brasileiro.
Enquanto isso, em Pequim mesmo, está uma outra seleção que a CBF nem liga muito e, mesmo assim, vem correspondendo à altura. Será que é por conta disso que o técnico Jorge Barcellos consegue tirar o melhor de suas atletas e sua camisa 10 é 10, de fato? O primeiro ouro do futebol brasileiro pode vir, sim. Mas não como Ricardo Teixeira imaginava.
9 comentários:
É verdade, se o ouro vier via pés femininos, será uma baita ironia.
André, parabéns pelo ótimo preview da Premier League!
abs,
Dassler
Infelizmente, concordo com sua análise... Não aguento mais a cagadas do Dunga..
Agora uma coisa deve ser dita, se o Brasil ganhar o ouro no feminino, muito deve-se a Cristiane e não a Marta. A melhor jogadora do mundo é irregular, estabanada e fraca na hora de decidir... Pude acompanhar quase todos os jogos do Brasil e posso dizer com propriedade: quem joga para valer mesmo é a Cristiane... Espero que um dia ela tenha a recompensa
É de consenso de todos que o Dunga não serve nem pra técnico do Noroeste, quanto mais pra seleção brasileira, que para muitos é mais importante que sua própria família. Mas antes de ficarmos só criticando o Dunga, ou seja, batendo em bêbado, não deveríamos culpar quem brincou com o cargo de técnico da Seleção? Ou seja, quem colocou ele lá? Antes de tudo, o principal culpado na minha opinião chama-se Ricardo Teixeira.
André, eu concordo que o Dunga não é o homem certo para dirigir a seleção. Em relação ao seu texto, discordo de duas coisas: O Dunga não tem condições de ser o técnico justamente por ser inexperiente e incompetente. É justamente por isso que ele é contestado. Não é pra confundir a causa com o efeito: um vem antes do outro.
A segunda questão é até uma insistência da minha parte, já estou até ficando chato: infelizmente, não é o Dunga que traça o planejamento da equipe. O Teixeira é que manda, ele escolhe quais os adversários e quem vai ser escalado: se são os veteranos ou os olímpicos. O erro de Dunga é aceitar isso. Por isso, insisto que ele não deve ser responsabilizado pela péssima preparação (uma rotina da seleção brasileira).
E pra finalizar, o Messi e o Mascherano não são futuros valores, e sim valores do presente. Já são uma bela realidade, diga-se de passagem...
Abraço
Ah, e esqueci de um comentário sobre o que o Felipe escreveu. Quer dizer que a Marta é irregular, estabanada e fraca na hora de decidir? Tipo, no sentido que a Cristiane é bem melhor??? Eu tb vi os jogos, eu discordo diametralmente. A Marta é a melhor do time disparado... Vc viu a final hj??
Então.. infelizmente a final foi o jogo da Marta.. Tenho que admitir que ela jogou muito melhor do que a Cristiane...
Talvez por isso o Brasil tenha perdido...
E sua análise só foi escrita após a final de hoje...
Arthur, duas coisas:
Faltou o "só" no trecho que vc citou e eu tb ironizei o fato da responsabilidade do RT, se vc observar bem o texto.
Quanto ao Mascherano e ao Messi,são titulares absolutos, mas ambos jovens. Por isso, a expressão.
Quanto a Marta, nem discuto. Além de habilidade, ela pensa e chama o jogo mais do que as companheiras, inclusive a Crsitiane (ótima jogadora, diga-se de passagem).
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