As Olimpíadas de Pequim mal começaram e a China já desponta no quadro de medalhas, mostrando sua evolução nos esportes. Os Estados Unidos vêm logo atrás, mas ainda tem muita bala na agulha pra desbancar o país sede. O Brasil, até o fechamento deste post, tinha humildes, porém suadas, três medalhas de bronze, todas conquistadas no judô, que já caminha para o encerramento das disputas.
Realmente essas três medalhas são repletas de significado, já que, até o momento, o judô é o esporte com o maior número de medalhas do esporte nacional (15 no total), desbancando a tradicional vela. Isso em um esporte com pouco (ou nenhum) incentivo por parte da iniciativa privada, muito menos do Governo Federal. Um esporte que daqui a uns 15 dias já some do noticiário.
Realmente essas três medalhas são repletas de significado, já que, até o momento, o judô é o esporte com o maior número de medalhas do esporte nacional (15 no total), desbancando a tradicional vela. Isso em um esporte com pouco (ou nenhum) incentivo por parte da iniciativa privada, muito menos do Governo Federal. Um esporte que daqui a uns 15 dias já some do noticiário.
Elogios a parte, quem mais tinha a obrigação de ganhar refugou. Casos de João Derly (até 66 kg) e Tiago Camilo (até 73 kg). O segundo ainda conseguiu uma medalha de bronze após vitória na prorrogação. Camilo tinha sido derrotado nas quartas-de-final pelo alemão Ole Bischof, que acabou vencendo o torneio.
Para quem não se lembra, Tiago é o atual campão mundial de sua categoria, título conquistado durante o mundial da categoria ano passado, no Rio de Janeiro. Ou seja, vinha como grande favorito à conquista do ouro e, no entanto, não foi isso que aconteceu. Mesmo assim, a imprensa elogia o seu bronze, porque antes da prova derradeira, ele “colou” a mão com cola instantânea, para que não sangrasse durante a prova. Um herói, campeão mundial, com a mão colada e o bronze no peito. Na minha opinião, herói de verdade é o campeão, que está com o ouro no peito e que ainda desbancou o campeão mundial. Bronze é significativo, mas pouco para um atleta do nível de Camilo.
Mas a maior frustração do esporte olímpico brasileiro nestas Olimpíadas até agora é, sem dúvida, João Derly. O gaúcho bicampeão mundial, mais que favorito ao ouro, foi derrotado na sua segunda luta por um inexpressivo atleta português, que transformou a luta em desafio pessoal, devido a um problema envolvendo sua esposa e Derly (todos sabem do que estou falando).
A responsabilidade era alta, concordo, mas campeão que se preze deve estar preparado para superar isso. Ou Michael Phelps não está pressionado? Nessas horas é que o atleta se supera e se torna um herói. Supera tudo e todos pelos seus objetivos. Não foi o caso dos dois judocas brasileiros, que, repito, são grandes esportistas pelo que já conquistaram pelo Brasil, mas na hora do vamos ver, não corresponderam.
E PRA VOCÊ? TIAGO CAMILO E JOÃO DERLY SÃO PIPOQUEIROS?
5 comentários:
Camilo, não.
Derly sim.
Na verdade, não pipoqueiro. Sei lá, faltou agressividade por parte do campeão do mundo. Ele ficou retrancado na defesa para jogar no contra-ataque. Jogou como time pequeno.
Acredito q os dois sejam pipoqueiros, afinal sou favorável a uma máxima:
Qdo atletas de alto nível disputam uma Olimpíada c/ chances d ganhar o ouro, ambos são tecnicamente semelhantes e o q os diferencia é o poder de decisão.
Coisa q pipoqueiros, não têm...
Concordo com o Carlos. O Derly pipocou, mas o Camilo não...
Por um motivo simples e que muitas pessoas não sabem:
O Campeonato Mundial vencido pelo Camilo no Rio de Janeiro não contou com a participação das principais estrelas de sua categoria. Por esse motivo, por mais que represente uma grande conquista, foi um título com conquistado com certas ressalvas... ditas pelo próprio Camilo.
Já o Derly não, esse é o atual bi mundial e deveria, ao menos, ter figurado no pódio... Mas quem sabe a derrota sirva para ele parar de lutar um Judô feio, sem falta de combatividade...
O Derly pode até ter pipocado mas o Camilo perdeu por um detalhe e mostrou muita garra em todas as lutas. É muito fácil criticar nossos atletas olímpicos por não atingirem as conquistas de chineses e norte-americanos, porém o esporte no Brasil de modo geral não possui patrocínio decente.Tirando o vôlei e o futebol, que sim, têm obrigação de trazer o ouro, os demais atletas lutam contra dificuldades muito maiores do que apenas 'adversários"! Acho que usar Phelps como exemplo é absurdo pois gasto na preparação dele pra Olimpíada é maior do que se somarmos duas dezenas de atletas nossos! Não podemos nos contentar com apenas bronze mas temos que reconhecer nossas limitações antes de criticar os resultados finais!
É muita corneta chamar qualquer um dos dois de pipoqueiros!
Pouca gente lembra, mas os dois se machucaram e tiveram problemas na preparação.
Além de tudo, o Derly foi muito estudado pelos adversários. Quantos campeões mundiais do Rio saíram com o ouro em Pequim?
Vide a Ryoko (merda esqueci o sobrenome), leve do Japão. A melhor judoca de todos os tempos, perdeu.
PS: Não me venham chamar o Thiago Pereira de pipoqueiro tbm...
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