Neto cobra falta decisiva para a caminhada rumo ao título Brasileiro de 1990, na semi-final contra o Bahia: um dos grandes momentos corinthianos vividos no Pacaembu
“O Pacaembu não é nossa casa, e sim, nossa sala. A idéia é construirmos nossa arena, mas não podemos descartar outras possibilidades”. Assim Andrés Sanches, presidente do Corinthians, se pronunciou ao Lancenet após a possibilidade da concessão do Pacaembu ser posta em pauta novamente pela Prefeitura Paulistana, depois de mais uma falha na sina de construção de uma casa apropriada para a equipe – já que desde o início o consórcio Egesa/Seebla nunca demonstrou firmeza em seu projeto. Creio que o sonho de todo corinthiano é ter um estádio de acordo com as tradições do clube, e a onda pode ser mais favorável por conta da proximidade da Copa do Mundo em 2014; mas será que a construção dessa arena é de extrema urgência?
A concessão do Pacaembu tem seus contras – como a impossibilitação do aumento da capacidade do estádio, bem como qualquer alteração de natureza estética ou estrutural, já que se trata de um patrimônio cultural tombado pela cidade de São Paulo desde 1994. Mas eu creio que o Corinthians deve pensar além: o Pacaembu é, historicamente, considerada a casa corithiana, desde que deixou de mandar jogos no Alfredo Schürig, a Fazendinha. Mesmo com um estádio de porte médio – cerca de 35 mil torcedores bem acomodados – a concessão do estádio ao clube seria de grande valia.
Se analisarmos o lado financeiro, as vantagens são visíveis. Em virtude da última reforma no estádio no começo deste ano, o Corinthians mandou a maioria de seus jogos no Morumbi. Em 15 partidas – disputadas em um intervalo menor que seis meses – o Corinthians gastou mais de um milhão de reais nas despesas de locação do estádio. Isso porque a diretoria corinthiana fechou um “pacote”, onde o aluguel saiu mais em conta do que os R$ 70 mil que o São Paulo passou a cobrar nessa temporada. Só de arrecadação pela final da Copa do Brasil contra o Sport, foram pouco mais de R$ 300 mil, de uma renda bruta de R$ 2.256.630,00. Além da “ajuda” ao rival, há de se considerar que mesmo com a campanha que for, não dá pra pôr 60 mil todo jogo, por mais fiel que seja o torcedor. Se o Corinthians assumir as despesas do Pacaembu – cerca de dois milhões de reais/ano – poderá investir recursos para benefício próprio (conservação do estádio) e continuar usufruindo daquela casa que lhe acolhe há exatamente 1499 jogos, sendo o primeiro deles em 28 de abril de 1940, contra o Atlético/MG, no jogo principal da inauguração do Estádio Municipal de São Paulo.
Todos sabemos que o Corinthians atravessa grave crise financeira, herança de más administrações anteriores. O clube precisa se concentrar em sanar boa parte desse montante e, ao mesmo tempo, não deixar a peteca cair para os anos posteriores – já que o Corinthians caminha a passos largos para o acesso à Série A – montando uma boa equipe, à altura de sua tradição e história. Nesse meio-tempo de reerguimento gradual do clube, seria possível se pensar em um projeto sério de uma arena multiesportiva, a qual pudesse suprir as necessidades do Corinthians e ainda ser usado para outras finalidades, com todo o conforto.
O Pacaembu é um templo do futebol e deve ser conservado como tal, em sua essência. E até que o Corinthians possa finalmente migrar para um local mais moderno e apropriado, porque não tomar conta de quem sempre lhe acolheu de braços abertos? Penso que a diretoria corinthiana deveria considerar com carinho a opção, e não simplesmente “desprezar” a possibilidade, parecendo que a construção da nova arena será tão já.
A concessão do Pacaembu tem seus contras – como a impossibilitação do aumento da capacidade do estádio, bem como qualquer alteração de natureza estética ou estrutural, já que se trata de um patrimônio cultural tombado pela cidade de São Paulo desde 1994. Mas eu creio que o Corinthians deve pensar além: o Pacaembu é, historicamente, considerada a casa corithiana, desde que deixou de mandar jogos no Alfredo Schürig, a Fazendinha. Mesmo com um estádio de porte médio – cerca de 35 mil torcedores bem acomodados – a concessão do estádio ao clube seria de grande valia.
Se analisarmos o lado financeiro, as vantagens são visíveis. Em virtude da última reforma no estádio no começo deste ano, o Corinthians mandou a maioria de seus jogos no Morumbi. Em 15 partidas – disputadas em um intervalo menor que seis meses – o Corinthians gastou mais de um milhão de reais nas despesas de locação do estádio. Isso porque a diretoria corinthiana fechou um “pacote”, onde o aluguel saiu mais em conta do que os R$ 70 mil que o São Paulo passou a cobrar nessa temporada. Só de arrecadação pela final da Copa do Brasil contra o Sport, foram pouco mais de R$ 300 mil, de uma renda bruta de R$ 2.256.630,00. Além da “ajuda” ao rival, há de se considerar que mesmo com a campanha que for, não dá pra pôr 60 mil todo jogo, por mais fiel que seja o torcedor. Se o Corinthians assumir as despesas do Pacaembu – cerca de dois milhões de reais/ano – poderá investir recursos para benefício próprio (conservação do estádio) e continuar usufruindo daquela casa que lhe acolhe há exatamente 1499 jogos, sendo o primeiro deles em 28 de abril de 1940, contra o Atlético/MG, no jogo principal da inauguração do Estádio Municipal de São Paulo.
Todos sabemos que o Corinthians atravessa grave crise financeira, herança de más administrações anteriores. O clube precisa se concentrar em sanar boa parte desse montante e, ao mesmo tempo, não deixar a peteca cair para os anos posteriores – já que o Corinthians caminha a passos largos para o acesso à Série A – montando uma boa equipe, à altura de sua tradição e história. Nesse meio-tempo de reerguimento gradual do clube, seria possível se pensar em um projeto sério de uma arena multiesportiva, a qual pudesse suprir as necessidades do Corinthians e ainda ser usado para outras finalidades, com todo o conforto.
O Pacaembu é um templo do futebol e deve ser conservado como tal, em sua essência. E até que o Corinthians possa finalmente migrar para um local mais moderno e apropriado, porque não tomar conta de quem sempre lhe acolheu de braços abertos? Penso que a diretoria corinthiana deveria considerar com carinho a opção, e não simplesmente “desprezar” a possibilidade, parecendo que a construção da nova arena será tão já.
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3 comentários:
Já passou da hora do Corinthians ter seu próprio estádio e parar de ficar gastando dinheiro com aluguel. Mas vistas as atuais circunstâncias e os problemas financieros deixados por gestôes corruptas que se eternizaram no clube paulista, a idéia de cessão do Pacaembu realmente é uma boa idéia, pois além de já ter esta mística de casa corintiana, pelo menos em curto prazo seria uma medida paliativa. Acredito que a única saída para o Corinthians ter sua casa é investir em projetos de co-gestão de arenas multi-uso, assim como está fazendo o Palmeiras e grandes clubes europeus.
O Pacaembu já virou a casa do Corinthians e isso não se muda mais. Essa novela do estádio do Timão pra mim já teve fim, um final triste.
um clube com o poder de captar recursos como o corinthians, se bem administrado, já deveria ter uma casa própria há muitos anos. O pior é que nem CT tem.
Abrazo!
http://gambetas.blogspot.com
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