Estive acompanhando a penúltima rodada do campeonato brasileiro nesse final de semana e me entretive com um detalhe no jogo Palmeiras e Internacional.
Depois de ter perdido a chance de conquistar o título, o time gaúcho poupou alguns jogadores que não estavam 100% em suas condições físicas para priorizar a disputa do Mundial de Clubes em dezembro.
Dos vários reservas que estiveram em campo, um deles já chamava a atenção antes mesmo de se iniciar a partida. A mídia esportiva dizia para todos prestarem atenção na estréia de um atacante jovem e esguio que atendia pelo nome de Alexandre Pato (foto) (para aqueles que não sabem, o apelido Pato é uma homenagem ao município do interior do Paraná chamado Pato Branco, cidade-natal do atleta e de Rogério Ceni).
Logo que o jogo começou, Alexandre não decepcionou. Em sua primeira jogada, o atacante de 17 anos ficou cara-a-cara com Diego Cavallieri e com um leve toque, deslocou o goleiro palmeirense e abriu o placar.
Sorte de iniciante? Pouco provável. Quando a partida já estava 2 a 0, Alexandre Pato acertou uma cabeçada no travessão após cruzamento da direita. Minutos depois, Pato recebeu lançamento Fernandão e cruzou na área. Na tentativa de cortar o lance, Daniel se antecipou e fez contra.
Havia mais. Antes ainda do primeiro tempo acabar, Alexandre Pato cortou a zaga, fez Marcinho Guerreiro cair sentado, driblou o goleiro Sérgio (que havia substituído o lesionado Diego) e deixou Iarley livre para marcar o quarto gol colorado.
Tudo ia bem para o estreante, até que Élder Granja desentendeu-se com Juninho Paulista e foi expulso. Com o resultado praticamente garantido, o técnico Abel Braga preferiu compactar o time: sacou o garoto e colocou o meia Adriano em seu lugar.
Mesmo assim, os exatos 60 minutos jogados por Pato foram suficientes para glorificar o jogador. Alexandre Pato foi manchete em todos os meios de comunicação do país e elevado, inclusive, como o sucessor de Rafael Sóbis. Pato ganhou destaque até no site da FIFA sendo classificado como uma espécie de menino prodígio do time gaúcho. Em 10 dias Alexandre Pato saiu do ostracismo e virou a maior promessa do clube na atualidade.
A diretoria do Inter favorece esse alarde. Afinal, o clube do Beira-Rio já prorrogou o contrato com o atleta e aumentou seu salário em 500% (o valor subiu de R$ 2 mil mensais para 15 mil). Isso sem contar a multa contratual que já atinge US$ 20 milhões. Toda essa bagunça depois de uma partida. Apenas uma.
Acredito que a mídia esportiva precipita-se ao dar tanto destaque a um atleta que acabou de surgir. Os exemplos do passado pouco distante mostram que isso pode ser prejudicial a todos: jogador, torcedor, dirigente...
Quando surgiu no São Paulo, Thiago Ribeiro era a maior revelação paulista na posição e chegou a ser injustamente comparado com Careca, Muller e Serginho Chulapa. Hoje, Thiago tenta aos poucos, recuperar o seu bom futebol. Lenny chegou a ser comentado como possível substituto de Ricardo Oliveira, semanas antes da convocação brasileira para a Copa do Mundo da Alemanha. Lenny atualmente é reserva de Cláudio Pitbull no Fluminense... Isso, sem citar a atitude do presidente do Internacional, Fernando Carvalho (foto), que ao aumentar o salário de Alexandre dá “um tiro n’água” que pode causar futuros prejuízos financeiros ao time. Não esqueçamos que o lateral Gabriel, do São Paulo foi outro caso semelhante.
O mundo esportivo está órfão de bons jogadores no ataque. Todos que aparecem, viram astros da noite para o dia. Não quero dizer que Pato é um jogador medíocre. Mas é muito cedo para julgar o potencial do garoto e pode ser que tudo não passe de um sonho. E se tudo não passar de uma mera patacoada, no final, quem irá pagar o pato?
Depois de ter perdido a chance de conquistar o título, o time gaúcho poupou alguns jogadores que não estavam 100% em suas condições físicas para priorizar a disputa do Mundial de Clubes em dezembro.
Dos vários reservas que estiveram em campo, um deles já chamava a atenção antes mesmo de se iniciar a partida. A mídia esportiva dizia para todos prestarem atenção na estréia de um atacante jovem e esguio que atendia pelo nome de Alexandre Pato (foto) (para aqueles que não sabem, o apelido Pato é uma homenagem ao município do interior do Paraná chamado Pato Branco, cidade-natal do atleta e de Rogério Ceni).
Logo que o jogo começou, Alexandre não decepcionou. Em sua primeira jogada, o atacante de 17 anos ficou cara-a-cara com Diego Cavallieri e com um leve toque, deslocou o goleiro palmeirense e abriu o placar.
Sorte de iniciante? Pouco provável. Quando a partida já estava 2 a 0, Alexandre Pato acertou uma cabeçada no travessão após cruzamento da direita. Minutos depois, Pato recebeu lançamento Fernandão e cruzou na área. Na tentativa de cortar o lance, Daniel se antecipou e fez contra.
Havia mais. Antes ainda do primeiro tempo acabar, Alexandre Pato cortou a zaga, fez Marcinho Guerreiro cair sentado, driblou o goleiro Sérgio (que havia substituído o lesionado Diego) e deixou Iarley livre para marcar o quarto gol colorado.
Tudo ia bem para o estreante, até que Élder Granja desentendeu-se com Juninho Paulista e foi expulso. Com o resultado praticamente garantido, o técnico Abel Braga preferiu compactar o time: sacou o garoto e colocou o meia Adriano em seu lugar.
Mesmo assim, os exatos 60 minutos jogados por Pato foram suficientes para glorificar o jogador. Alexandre Pato foi manchete em todos os meios de comunicação do país e elevado, inclusive, como o sucessor de Rafael Sóbis. Pato ganhou destaque até no site da FIFA sendo classificado como uma espécie de menino prodígio do time gaúcho. Em 10 dias Alexandre Pato saiu do ostracismo e virou a maior promessa do clube na atualidade.
A diretoria do Inter favorece esse alarde. Afinal, o clube do Beira-Rio já prorrogou o contrato com o atleta e aumentou seu salário em 500% (o valor subiu de R$ 2 mil mensais para 15 mil). Isso sem contar a multa contratual que já atinge US$ 20 milhões. Toda essa bagunça depois de uma partida. Apenas uma.
Acredito que a mídia esportiva precipita-se ao dar tanto destaque a um atleta que acabou de surgir. Os exemplos do passado pouco distante mostram que isso pode ser prejudicial a todos: jogador, torcedor, dirigente...
Quando surgiu no São Paulo, Thiago Ribeiro era a maior revelação paulista na posição e chegou a ser injustamente comparado com Careca, Muller e Serginho Chulapa. Hoje, Thiago tenta aos poucos, recuperar o seu bom futebol. Lenny chegou a ser comentado como possível substituto de Ricardo Oliveira, semanas antes da convocação brasileira para a Copa do Mundo da Alemanha. Lenny atualmente é reserva de Cláudio Pitbull no Fluminense... Isso, sem citar a atitude do presidente do Internacional, Fernando Carvalho (foto), que ao aumentar o salário de Alexandre dá “um tiro n’água” que pode causar futuros prejuízos financeiros ao time. Não esqueçamos que o lateral Gabriel, do São Paulo foi outro caso semelhante.
O mundo esportivo está órfão de bons jogadores no ataque. Todos que aparecem, viram astros da noite para o dia. Não quero dizer que Pato é um jogador medíocre. Mas é muito cedo para julgar o potencial do garoto e pode ser que tudo não passe de um sonho. E se tudo não passar de uma mera patacoada, no final, quem irá pagar o pato?
2 comentários:
A imprensa brasileira realmente não aprende...Quanto a diretoria do Inter, acho que agiram bem. Senão o Pato se junta a algum empresário e vai embora que nem o Anderson..Os gauchos são traumatizados com essa história de transferencia. Quem não lembra do Ronaldinho Gaucho??
O Inter aposta muito nessa garoto. O clube tem mais é que valorizar o jogador, pq o que não falta é empresário pra leva-lo embora.
A imprensa sempre faz estaedalahaço, o que naum pode é subir a cabeça do jogador...e o clube tem q saber preserva-lo desse assédio da imprensa.
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