Os Leones têm como regra em seu estatuto só contar com jogadores de origem basca, como é o caso do jovem jogador, filho de pai angolano e mãe basca. Em breve, Ramalho e outras promessas da base do Athletic poderão debutar em jogos oficiais, pois Joaquin Caparrós, técnico da equipe, encontra dificuldades para montar o elenco, por conta da restrição aos estrangeiros. O sentimento patriótico dos bascos é tão forte que outra polêmica alheia a estréia de Ramalho divide os torcedores bilbaínos: o jovem lateral-esquerdo de origem catalã, Enric Saborit, de apenas 15 anos, pretende defender as cores dos Leones, vindo do Espanyol, o que ainda divide os torcedores. Mas o processo parece irreversível. Na base da equipe, já existem jogadores oriundos de outros países como Camarões, Itália, França, Colômbia e Portugal, osa quais vieram morar na região ou são filhos de estrangeiros que migraram para o País Basco.
Alheio a isso e ciente a realidade, Caparrós mostrou-se um descobridor de talentos, ao promover José Reyes (atualmente no Atlético de Madrid) e Diego Capel para a equipe profissional do Sevilla.
Curioso com o fato, pesquisei em alguns sites e blogs espanhóis sobre o jovem recordista. As análises são otimistas. Jonás Ramalho é zagueiro e também pode atuar pela lateral-direita. Apesar da altura (1,80m com apenas 14 anos), os jornalistas o definem como “técnico” e “versátil” e que logo ele poderá vestir a camisa das seleções de base da Fúria, já que apesar da autonomia administrativa, o País Basco é ligado à Espanha e por conta disso, a seleção local não pode disputar competições oficiais.
Mesmo permitindo que apenas bascos defendam o clube, o Athletic é um dos únicos times que nunca caíram da primeira divisão (ao Lado do Real Madrid e do Barcelona) e um dos únicos campeões invictos da Liga Espanhola (o outro é o Real Madrid). Também é oito vezes campeão espanhol e 23 vezes campeão da Copa do Rey. E se depender da nova safra da cantera de Lezama que teve a oportunidade de jogar alguns minutos contra o Amorabieta, composta por cadetes como Ramalho e o jovem atacante Iker Muniain, o Athletic pode tentar sair do ostracismo dos últimos anos, quando vem lutando para não cair para a Segunda. Mas será que só os bascos salvarão o Athletic? É o que alguns torcedores começam a se perguntar.
2 comentários:
Como o autor do texto bem falou, infelizmente, o Athletic caiu no esquecimento. Pouco produz em campo, e isso se reflete na queda de visibilidade que o clube sofreu. Mas a tradição não morre nunca!!
Pessoal do opinião, não deixe de visitar e comentar o blog Jornalismo Esportivo: www.esportejornalismo.blogspot.com
Um abraço a todos!!!
André sempre trazendo novidades muito legais.
Tomara que o Athletic volte aos velhos tempos, quando dava trabalho para Real e Barça.
Abraço,
Felipe Leonardo
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