19.2.08

Guardiães da Nationalmannschaft

A presença de Lehmann na seleção alemã é cada vez mais contestada. Para quem o experiente goleiro passará a camisa 1?


A escola de goleiros alemães é uma das mais tradicionais ao logo dos tempos. Nomes como Sepp Mayer, Toni Schumacher, Bodo Illgner e mais recentemente, nomes como o de Andréas Köpke, Jens Lehmann e o carrancudo Oliver Kahn figuraram com destaque na seleção alemã.

Mas a velha guarda começa a dar sinais de despedida do gol alemão. Oliver Kahn, desde que foi reserva de Lehmann durante a Copa de 2006, não tem mais pretensões em voltar a defender as cores alemãs em grandes competições. E o até outrora incontestável Lehmann está sendo muito criticado por conta de suas irregularidades nesta última temporada. O veterano goleiro do Arsenal, de 38 anos, alterna muitos momentos na reserva dos Gunners, o que lhe traz a falta de ritmo de jogo. Consequentemente, quando vai mal na seleção, questiona-se sua capacidade e necessidade na equipe. O técnico Joachin Löw não esconde sua preferência por “Crazy Jens” – como ficou connhecido Lehmann – mas a irregularidade em seu próprio clube faz com que ele perca espaço no time. Últimos ícones de uma geração, nomes como Kahn e Lehmann vão ficando apenas na memória dos torcedores, o que nos faz pensar quem herdará tal fardo, tão tradicional do Nationalmannschaft?


Muitos postulantes, de todas as idades e com algum potencial para envergar a camisa 1 da Alemanha com dignidade. Um dos que alia experiência com bom nível técnico é o goleiro do Valencia, Timo Hildebrand. Aos 28 anos, faz sua primeira temporada no futebol espanhol, após ter sido campeão alemão no Stuttgart em 2006/07. Vem ganhando gradualmente o seu lugar na equipe comandada por Ronald Koeman, substituindo Cañizares, grande ícone da história recente de Los Che. É figurinha carimbada nas convocações da Nationalelf desde a Eurocopa de 2004, mas esteve sempre sob a sombra de Kahn e Lehmann. Provavelmente, o mais cotado para assumir a titularidade da Alemanha.

Mesmo com o Hannover vagando no meio da tabela da Bundesliga 2007/08, o experiente Robert Enke está se destacando embaixo dos três paus. Apesar de toda sua bagagem internacional – já defendeu clubes como o Barcelona, Benfica e Fenerbahçe – ele só foi titular uma vez com Löw, em março de 2007, na derrota para a Dinamarca. Mesmo assim, Enke figura com alguma freqüência nas convocações alemãs e mostra-se uma boa opção por conta de toda a sua bagagem adquirida ao longo da carreira. Mas ainda deve um pouco em relação aos mais jovens, no que diz respeito a técnica.

Entrando na safra mais “jovem”, podemos falar de Rene Adler. O goleiro do Leverkusen, de 23 anos, mostra-se com o maior potencial desta nova leva de torwalds (goleiros). Eleito o melhor arqueiro do primeiro turno desta Bundesliga, Adler é cotado para debutar em breve na seleção principal, já que só vestiu a camisa da Alemanha nas categorias de base. Está em um ótimo momento, mas ainda necessita de um pouco mais de tarimba.

Outro jovem q
ue é visto com atenção é Manuel Neuer, de 21 anos. O goleiro do Schalke desbancou o experiente Frank Rost, que sem espaço nos Azuis-reais acabou rumando para o Stuttgart nesta temporada. Adler surgiu como um cometa em Schalke, chegou a treinar com o Nationalelf em algumas oportunidades, mas ultimamente vem mostrando muita instabilidade, principalmente em jogos importantes, como contra o Chelsea na fase de grupos da Champions 2007/08. Mesmo assim, tem passagem pelas categorias de base da Alemanha e muitos acreditam que é questão de tempo até que Neuer exploda de vez e brigue com unhas e dentes por um lugar constante no grupo de Löw.

Mesmo nomes como o instável Tim Wiese - que vive boa fase no Werder Bremen - e o jovem Michael Rensing, ainda saindo da grande sombra de Oliver Kahn no Bayern de Munique também engrossam o corpo de pretendentes à camisa 1. A renovação alemã, que se iniciou com Klinsmann após a boa campanha na Copa de 2006, está em curso pelas mãos do atual técnico Joachim Löw. Bons valores surgem para preencher a grande lacuna que será deixada pelo eminente fim de carreira de Kahn e Lehmann. Cabe a Löw incumbir ao seu “homem de confiança” as chaves de tranca da meta alemã.

Um comentário:

Anônimo disse...

Todas as vezes que vi Hildebrand jogar ele me agradou muito... Mas como a seleção alemã ultimamente naturaliza muitos jogadores, quem sabe não pode pintar um estrangeiro no gol?!