Mal voltou ao Parque São Jorge, Vampeta já desferiu a seguinte frase para se mostrar presente e provocar o principal adversário: "Vieram me perguntar se eu queria enfrentar o São Paulo e eu perguntei: Que São Paulo? O do Juvenal ou o do Muricy?".
A declaração foi rapidamente rebatida pelo superintende de futebol do São Paulo, Marco Aurélio Cunha com a comparação do jogador com o cantor Zeca Pagodinho por causa de sua fama de boêmio.
Foi da boca do mesmo Vampeta que o termo “bambi” se espalhou e virou denominação para caçoar os torcedores são-paulinos, que ficaram possessos com a comparação do time com o animal dócil e delicado. Não que o gambá defendido pelo volante fosse lá muita coisa, mas o importante é que a polêmica sobre os dois clubes rivais estava instaurada, fruto da irreverência do atleta baiano que proferiu a seguinte frase em 2002:"Costumo ir bem nas finais, principalmente contra os bambis", se referindo a vantagem do Corínthians sobre o tricolor em jogos decisivos na época.
“A coisa ficou pior ainda em 2003 quando ele disse:” "Vamos transformar o Morumbi em um grande circo" durante as finais do paulistão que culminaram no título corintiano sobre o São Paulo.
A presença de figuras linguarudas e performáticas como Vampeta ajudam a manter a magia e a mística que rodeia o futebol. Do que seria o esporte sem a autopromoção do centro avante Túlio, ex-Goiás e Botafogo, que a cada gol marcado pelo seu time corria para câmera, mesmo se o gol não fosse dele? Quem não se lembra das comemorações de gol performáticas de Viola e Paulo Nunes que planejavam cuidadosamente uma a uma dias antes dos seus jogos?
Entre os anos de 1997 e 1999 o ataque do Corinthians contou com a presença de uma figura baixinha e polêmica vinda do Sport Recife que atendia pelo apelido de Mirandinha, assim como o ídolo de décadas passadas. O atacante pernambucano nunca poupou esforços para se declarar o jogador mais rápido e perigoso do Brasil e acirrar ainda mais os clássicos contra Palmeiras e São Paulo.
Quando defendeu o São Paulo, o atacante Amoroso fez questão de polemizar os confrontos contra o Corinthians, prometendo gols e cumprindo. Outro que prometeu e cumpriu foi Edílson do São Caetano, que antes de enfrentar o Timão falou que iria dar duas “canetas” no argentino Mascherano e não decepcionou.
O brasileiro tem sua identidade relacionada à esperteza, a malandragem e a simpatia. Independetemente se Vampeta vai jogar bem ou mal pelo Coríntihains, o importante é que ele é um exemplo claro da irreverência de um povo que procura levar com muito bom humor o dia-a-dia, fazendo com que a rivalidade que existe dentro e fora de campo tenha seu lado cômico e insinuante, dando uma boa apimentada na disputa do campeonato brasileiro deste ano.
4 comentários:
Concordo que jogadores polêmicos e sem "papas na lingua" são necessários para acirrar as disputas no futebol. No entanto, convenhamos, o Vampeta já deu o que tinha que dar!!
abraços!
Jota Assis
Acho que seria mais interessante se ee estivesse jogando muito e fazendo esse tipo de comentário...se ele fracassar, vai morrer como peixe pela boca.
Marketing ele ja conseguiu, vamos ver se aunda existe futebol nele
é...eu não entendo muito de futebol mas meu pai fala o dia inteiro disso... Você critica muito bem bjos
bom domingo!
nao ligo muito pra esse vem e vai de jogadores, desde que eles mostrem serviço
Postar um comentário