1.9.09

Rivalidade acirrada

Love e Defederico: a primeira disputa entre os rivais foi pela repercussão de suas apresentações na mídia

No mesmo dia e parecendo disputar quem atraia mais flashes da imprensa, dois rivais apresentaram seus principais reforços para o segundo semestre da temporada brasileira. Vágner Love e Matias Defederico chegam para Palmeiras e Corinthians com um objetivo a longo prazo comum, porém, em momentos diferentes de carreira e também dos clubes que passarão a defender.

Com Love no comando do ataque – provavelmente ao lado do emergente Obina – o Palmeiras se credencia de vez na luta pelo título brasileiro. Atual líder do certame nacional, o Verdão pode não ter um elenco vasto como Inter e São Paulo – fato que pode pesar para a conquista do campeonato – mas tem a base mais acertada, com Marcos, Pierre, Cleiton Xavier e Diego Souza em excelente fase. E ao repatriar o atacante de 25 anos, o Palmeiras ganha uma gama de opções ofensivas, já que Vágner está mais experiente em relação a sua primeira passagem pelo Palmeiras, em 2003, e também pode atuar como atacante fixo entre os zagueiros ou como segundo atacante, caindo mais pelas pontas e partindo em diagonal. Além do objetivo coletivo, Vagner Love - cobiçado por muitos times brasileiros - sonha em voltar à Seleção e brigar por uma vaga no elenco que disputará a próxima Copa do Mundo.

Mais novo e menos conhecido entre os brasileiros. Nem por isso, Defederico traz menos esperanças ao corinthiano, que ainda vê seu vitorioso time do primeiro semestre ser reconstruído, após a perda significativa de Cristian, André Santos e Douglas na janela européia de transferências. Revelação do futebol argentino, o meia de 20 anos foi um dos pilares do modesto Huracán na conquista do vice-campeonato argentino. Herda a camisa 10 de Douglas, o que não significa que o argentino tenha características semelhantes ao de seu antecessor, que mesmo com oscilações, é artigo raro no futebol tupiniquim: o do meia cerebral, pensante e cadenciador de jogadas. Defederico é um meia mais ágil, driblador e veloz, que não tem medo de partir para cima dos adversários. Se Mano Menezes conseguir adaptá-lo rapidamente ao esquema de jogo alvinegro com Dentinho, Jorge Henrique e Ronaldo, o setor de frente do Corinthians ganhará ainda mais mobilidade, principalmente nas jogadas em velocidade. O novo camisa 10 tem potencial, mas ainda carece de mais tarimba, tendo no Corinthians o maior desafio de sua curta carreira. Deverá se inspirar em Tevez e Herrera, compatriotas que passaram pelo Parque São Jorge e deixaram muita saudade, principalmente pela gana demonstrada dentro do campo de jogo, além dos bons resultados conquistados.

O Palmeiras está embalado na busca do pentacampeonato brasileiro e certamente deve conseguir vaga na Libertadores, enquanto o Corinthians, no alto de sua maré de desfalques, e se reformulando, é coadjuvante, corre por fora na luta pelo título nacional e tem seu plano focado no centenário do clube, em 2010, onde a principal competição do continente é a grande vedete. Enquanto isso, Love e Defederico vão se adaptando aos elencos. O primeiro possível embate entre os rivais e possivelmente, suas novas estrelas, será no próximo 31 de outubro, no dérbi de returno do Brasileirão, disputado em Rio Preto. Muitos já sonham com os épicos embates entre os eternos rivais na Libertadores, como nas edições de 1999 e 2000, onde o Verdão eliminou o Timão nos detalhes dos pênaltis. E o embrião para tal e possível disputa pode estar sendo formado agora, quase um ano antes.

3 comentários:

Saulo disse...

Uma rivalidade boa mesmo.

Gerson Sicca disse...

Com o Love eu acho muito difícil o Palmeiras não levar o título. Talvez o São Paulo atrapalhe o objetivo do Muricy, mas o tricolor tem mais derrotas e terá que manter a reação espetacular.
Já o Corinthians optou por fazer dinheiro, no que tem razão, já que ganhou dois títulos no ano. Tem agora que se preparar para a Libertadores.
Abraço

Leandrus disse...

Foram ótimas contratações. Mas não sei se Vagner Love vai alcançar o objetivo dele, que é voltar para a Seleção voltando ao Brasil. Dunga nunca morreu de amores por ele, já parou de convoca-lo há um bom tempo e parece estar mais disposto a testar nomes que ainda não testou. Vai ter que comer a bola pra voltar.

Ateh!