Garoto prodígio no Grêmio, jogador sem tanto brilho no Paris Saint-Germain, Ronaldinho chagou a Barcelona como uma incógnita, apesar dos 21 milhões de euros pagos por ele. Afinal, era seu primeiro desafio em um time de ponta, de torcida exigente e que sempre está entre os favoritos em todos os campeonatos. Mas ele fez a magia acontecer nos gramados europeus e durante seu auge, era comparado aos monstros do futebol, como Maradona e até Pelé. Claro que parte desse “exagero” vem do sensacionalismo característico da maioria da imprensa esportiva espanhola, mas Ronaldinho realmente comeu a bola. Quem não se lembra da seqüência de chapéus em cima do lateral Del Horno, à época no Bilbao? Ou dos jogos brilhantes com o Barcelona na campanha campeã da Champions em 2005/06? Ou da brilhante campanha junto a Seleção Brasileira na campanha vencedora da Copa das Confederações de 2005, ao lado de Kaká e cia.?
Após o fiasco na Copa de 2006 - onde se esperava que ele fosse um dos expoentes de uma eventual campanha vitoriosa do Brasil - Ronaldinho começou a cair vertiginosamente de produção. Particularmente nesta temporada, Ronaldinho atravessa a pior fase de sua carreira. Ao dividir a responsabilidade de brilhar junto das outras vértices do “Quarteto Fantástico” do Barça, achou-se que ele iria reeditar os seus melhores dias. No entanto, Ronaldinho está deixando uma lacuna, que aos poucos vêm sendo ocupado pelos talentosos garotos da base blaugrana, como Bojan Krkic e Giovani dos Santos. Pouco efetivo na perseguição do Barcelona ao Real Madrid na Liga Espanhola e também no caminho do Barça rumo ao topo da Europa, Ronaldinho vislumbra um fim de temporada péssimo, onde é constantemente poupado por Rijkaard – por vezes, estando em condições de jogo – e também se encontra fora dos planos de Dunga para a Seleção neste momento. Isso certamente lhe custaria uma das vagas destinadas aos jogadores com mais de 23 anos da seleção olímpica, que tentará conquistar o ouro em Pequim.
Até aqui, o que faltou para Ronaldinho ser reconhecido como um grande jogador da história do futebol é a regularidade de um Zidane, um Kaká ou um Romário, citando apenas seus contemporâneos. E ultimamente é perceptível a falta da alegria em sua expressão, sendo este o principal combustível de sua personalidade para que ele possa encantar e desequilibrar. Seria este um momento propício para o craque dentuço mudar de ares? Enfrentar a dureza de um futebol inglês, onde seu xará lusitano, de ousadia tão grande quanto a do brasileiro, deita e rola? Ou a retranca de um futebol italiano, onde um jogador com a técnica que ele possui pode se sobressair facilmente? Talvez seja a hora de partir da Catalunha.
“Muito além dos troféus, o que me faz feliz é jogar futebol”. Essa é uma das frases que o craque diz, em seu site oficial. E se Ronaldinho está feliz, com certeza todos que apreciam um futebol espetáculo, acrobático e encantador também estarão felizes. Que o apagar das velinhas traga uma nova fase, para que o camisa 10 e nós, apaixonados por futebol, também fiquemos felizes.
3 comentários:
Sou um fã do futebol do Ronaldinho e torço muito pelo seu retorno em grande estilo. Depois de Zidane, foi o melhor jogador que pude acompanhar atuando!
O reinado agora é de outro Ronaldo, o Cristiano. É o melhor jogador mundial da actualidade.
Podem anotar: quando todos faltarem no Barcelona, vai ser o Ronaldinho que vai botar a bola no chão é mostrar pq é super craque! Ele vai fazer a torcida se arrepender mt no final desta temporada!
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