A decisão do Brasil em sediar a Copa do Mundo de 2014 se divide em opiniões favoráveis e contrárias quanto ao fato do país receber grandes eventos. Investir quantias que iriam ser destinadas para finalidades sociais mais emergenciais ou de maior relevância para a população, visando viabilizar a realização dos jogos, gera um paradoxo em um país que busca se destacar internacionalmente, mas que no seu interior convive com uma enorme desigualdade social.
Para o jornalista esportivo Flávio Benvenuto, a aplicação de recursos do governo federal em eventos esportivos de grande porte é uma forma de melhorar a infra-estrutura das cidades que serão sedes do evento: “O governo terá de fazer obras que facilitem o escoamento do trânsito, melhorias nos setores urbanísticos, contenção da violência e reformas em estádios que promoverão a criação de empregos temporários e agirão no desenvolvimento social e tecnológico no Brasil”.
Aldo Azevedo, especialista em Sociologia do Esporte e professor da UnB, acredita que o Pan-Americano 2007 irá trazer boas lições para os organizadores do projeto da Copa do Mundo no Brasil quanto ao orçamento e desperdício de recursos: “Durante a realização das obras no Rio de Janeiro, foram destinados cerca de R$ 3,5 bilhões de reais para a concretização do evento que inicialmente havia sido orçado em R$ 300 milhões”, ressalta o professor.
A respeito da realização da Copa de 2014 no Brasil, o presidente Lula, em nome do Governo Federal, enfatiza que a aplicação de recursos públicos é uma forma de divulgar a grandeza do país e melhorar a auto-estima do brasileiro. Já a CBF, espera que o Estado apenas haja como um facilitador e indutor, deixando o capital privado tomar conta dos preparativos da competição.
Cléber Bernucci, jornalista da rede SportTV, acredita que o planejamento é fundamental para o Projeto 2014 vingar: “ Já tivemos exemplos de países como o México, o Chile e mais recentemente Japão e Alemanha, que destinaram recursos para a realização das Copas e melhoraram seus sistemas viários, deixaram seus estádios mais modernos e criaram um sentimento de zelo pelo patrimônio construído”, e conclui: “A Copa passa mas o legado fica”.
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3 comentários:
Apesar dos contrastes sociais pelos quais o país passa, um evento desses traz muitos beneficios sociais, mesmo que a longo prazo.
O Brasil tem muito a ganhar com a Copa por aqui
O Brasil tem a ganhar e muito se fizerem uma copa com honestidade e competencia, basta não deixar que Ricardo teixeira comande as obras!Para ser sede de uma copa o Brasil precisa mexer em varios setores como transporte, segurança entre outros e se isso ocorrer o povo Brasileiro alem de aproveitar o evnto vai ter muitas melhorias no país a ser comemoradas!Abração
Ha que fazer um grande planejamento para a Copa do Mundo. Eu sou do Itaim Bibi e acho que ha que pensar sobre a organização de todos os municípios.
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