16.8.07

Restam dezenove... - Parte II

Valdívia: Afinal, o chileno é o maior destaque do certame, até o momento?

Dando sequencia ao meu balanço sobre o 1º Turno do Campeonato Brasileiro, relato aqueles que, sob meu ponto vista são, até agora, os melhores jogadores da competição. Primeiramente gostaria de explicitar que, desta análise, excluo jogadores que já estiverem atuando no exterior. Assim, Diego (ex-Atlético-MG), Welliton (ex-Goiás), Josué (ex-São Paulo) e outros nomes que poderiam ter sua presença discutida, sequer foram avaliados. Contudo, do jeito que andam as negociações, não duvidaria que até o final deste post algum jogador aqui citado fosse vendido.
No gol, muitos atletas têm um relativo destaque em seus clubes. Mas, não há como competir com Rogério Ceni. Sofrer apenas 7 gols em 19 partidas, já poderia credendiar Ceni ao título de melhor da posição. Como se não bastasse, o são-paulino acumula 4 gols marcados (vice-artilheiro do clube) e uma assistência. Nem mesmo as defesas milagrosas de Felipe ou os penaltis agarrados por Diego Cavalieri superariam este índice.
As laterais não vivem seus melhores dias. Na direita, o atleticano Coelho é o melhor muito mais pela ausência de adversários a altura do que por suas qualidades. Coelho não é tão ruim, somente não convence. Seus cruzamentos importantes e seus chutes de longa distância, são suficientes para ficar a frente de nomes discutíveis, como Wágner Diniz (Vasco) e Sidny (Náutico).
Na esquerda, um show a parte Kléber é. Ora escalado na meia, ora escalado na ponta, Kléber mostra muita disposição física e habilidade. Ao meu ver, a posição está tão necessitada de bons atletas que os outros nomes de destaque têm origem meio-campista, casos do tricolor Jorge Wágner e do cruzeirense Fernandinho.
A zaga sai de uma mistura entre os líderes. Juninho, capitão botafoguense, é o responsável por organizar a deficiente defesa do time da Estrela Solitária. Desarma bem e, quando sobra tempo, até sobe ao ataque para marcar seus golzinhos. Já Miranda é o representante da ótima fase vivida pela defesa do Tricolor Paulista. Joga sério, é eficiente e dita o ritmo da marcação. Aqui, outros jovens nomes merecem destaque, como William (Grêmio), Tiago Silva (Fluminense) e Breno (São Paulo).
A dupla de volantes repete a mesma receita da zaga. Leandro Guerreiro pode até não ser um excepcional atleta, mas compensa sua falta de habilidade fazendo jus a sua alcunha. Richarlyson também serve como exemplo de raça. Porém, diferente de Leandro, o volante sai para o jogo e através de sua técnica ajuda na armação e finalização. Os regulares volantes palmeirenses Pierre e Martinez, assim como os já rodados Túlio (Botafogo) e Marcão (Juventude) também fizeram um bom 1º turno.
Na armação o maior destaque não é brasileiro. Por ser a grande inspiração do meio-campo palmeirense com seus refinados passes, “El Mago” Valdívia certamente tem vaga garantida. Outro nome que agrada é o de Thiago Neves, meia que, aos poucos, consegue reviver no Fluminense os seus áureos tempos de Paraná. Virtuoso, basta ele jogar mal para o time das Laranjeiras sucumbir.
Nesta posição destaco duas reviravoltas: Wágner, que retornou do ostracismo árabe para levar o Cruzeiro às primeiras colocações; e Paulo Baier, veterano meia que parece saber jogar apenas com as cores do Goiás. O arisco William (Corinthians) e o argentino Darío Conca (Vasco) também apareceram com um bom futebol.
No ataque também temos muitos atletas medianos. Dentre todos, o que apresenta maior qualidade, é o rodado Dodô. Se o matador fosse mais participativo, teria espaço até em clubes europeus. Além dele, não há como esquecer do trombador Josiel. Bastou o artilheiro do campeonato entrar em má fase, para o Paraná despencar na tábua classificatória.
A coisa está tão feia que até os esquecidos Kléber Pereira (Santos) e Roni (Cruzeiro) voltaram a ganhar renome no cenário nacional. A grata surpresa, cabe ao jovem Guilherme. Não dá para entender por que o avante cruzeirense ficara de fora do Mundial Sub-20. André Lima, reserva de luxo do Botafogo, Marcos Aurélio do Santos e Carlinhos Bala do Sport também vem fazendo seus gols.
Dos 34 nomes aqui supra-citados, certamente há muitos que podem ser contestados. Com tantos atletas sendo vendidos, essa é a triste realidade que nosso futebol vive. Fazer o quê?

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