Mais uma vez, pesou a tradição da camisa amarela. Desacreditado, o Brasil mostrava um futebol questionável, comandado por um técnico turrão encarou uma Argentina que jogava o futebol mais vistoso da Copa América, mais centrada, individualmente melhor. No fim, a eficiência com que o Brasil atuou na final deixou os hermanos perdidos. Em meio a resquícios de futebol de Messi e Riquelme, sobressairam-se o futebol solidário e a marcação de Mineiro e Josué e a força de Júlio Baptista. E mesmo com Elano se contundindo, onde a opção mais "razoável" seria a entrada de um meia, recuando Baptista para a direita, Dunga colocou Daniel Alves e este foi um dos jogadores-chave para o êxito brasileiro sobre a seleção albiceleste.
Tonha tudo para dar errado, e no fim, o Brasil foi campeão jogando um futebol de campeão. Méritos para a persistência da equipe, para a atuação decisiva de Vágner Love na final (que tanto critiquei neste espaço, mas ainda tenho restrições ao camisa 9) e para a versatilidade dos volantes.
Mas o torcedor não pode se iludir com esta Seleção renovada. E Dunga não pode tumultuar a Seleção bancando Júlio Baptista ou Elano nos lugares de Kaká ou Gaúcho. É momento de ele usar esse bom momento em favor da continuidade da renovação dentro do Brasil, mas sempre utilizando os melhores jogadores possíveis e não de tentar provar para a imprensa de que ele está sempre certo.
Como a Itália em 2006, o Brasil venceu priorizando a marcação. Mas como eu ouvi Juca Kfouri dizer hoje, o "Brasil deve se pautar em ser uma fábrica de criadores e não de marcadores".
E vale cutucar os hermanos, pois é a terceira final consecutiva que eles perdem para o Brasil. Fora os 14 anos de fila. Don't cry for me, Argentina!
5 comentários:
O jogo de hoje foi uma constatação óbvia de que apesar de todas as críticas feitas à seleção. o time, afinal, não é tão ruim. Dentre todos os 22 convocados, convenhamos, existem certos nomes que até podem compor elenco. Apesar da teimosia e do pragmatismo de Dunga, a Seleção Canarinha mostrou poder de reação no momento certo: na decisão.
Mais óbvio é ver como nuestros hermanos temem a camisa amarela. Marrentice excessiva e pouca efetividade em campo. Basta serem favoritos, para começarem a pipocar. Afinal, freguesia pouca é bobagem...
Mais uma vez, o Brasil mostrou q tem jogadores de qualidade, e que quando encaram o jogo engrossam o jogo contra qualquer um. A vitória foi incontestável.
André, valeu pela visita. Vou colocar o link de vcs no meu blog.
O time não é ruim, mas ainda não conquistou a confiança e o carinho dos brasileiros. Porém, se continuar vencendo, o povo se acostumará ao futebol amarrado, como dito pelo André, "à italiana", instituído por Dunga. Resultado sem bom futebol. Essa é a tônica da seleção de Dunga.
Abraços, Felipe Leonardo
Belo post, principalmente, pela parte que elogia os atletas que foram decissivos na final!
Eu esperava mais do Diego e do Anderson, mas o futebol de forte marcação acabou sendo o ponto forte do Brasil. Agora vamos ver como o Dunga vai se comportar com a "volta" do Kaká e do Ronaldinho.
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