Após a expulsão na final da Copa, Zidane caminha aos vestiários. A cabeçada em Materazzi foi a cena mais marcante em 2006. Na primeira grande competição de 2006, a Copa SP de Futebol Júnior nos mostrou a pr
Nos estaduais, nenhuma grande surpresa. Os grandes fizeram sua lição de casa e garantiram os canecos regionais. Em São Paulo, Tricolor e Santos disputaram palmo a palmo o título, mas pesou a regularidade do time de Luxemburgo, que venceu a competição por um ponto. No Rio, o Botafogo deu um chega pra lá na zebra e derrotou o Madureira na final. O craque do Fogão era Dodô, que já retornou ao clube após seis meses no futebol árabe.
Enquanto isso, a Europa aquecia as turbinas para a Copa 2006. E nas ligas nacionais, nenhuma grande surpresa. Barça, Chelsea, Bayern, Porto, Lyon e Juventus (título caçado posteriormente) levantaram os canecos. Mas a grande competição na Europa durante o primeiro semestre de 2006 foi a Liga dos Campeões. O futebol vistoso do Barcelona foi o foco da competição e o título dos catalães foi incontestável. Atropelando grandes forças como Chelsea, Benfica e Milan, a final entre Barça e Arsenal pois frente a frente a defesa sólida dos ingleses contra o ataque arrasador dos catalães. E o Stade de France, palco da grande final, viu a redenção do esforçado Belletti, autor do gol do título. Enquanto a estrela de Belletti brilhava, Ronaldinho, apesar do vistoso futebol apresentado durante toda a competção, falhou em se destacar nas horas decisivas, como seria de praxe neste ano de 2006.Na Libertadores, a final colocou frente a frente as duas melhores equipes sulamericanas em 2006: o São Paulo, em busca do tetra e o regular Inter, de Abel Braga. Dois jogaços deram o clima desta disputada final. A expulsão de Josué e a vitória no Morumbi na primeira partida facilitaram o trabalho para que o Inter conquistasse o inédito título da mais importante competição sulamericana. Jogadores como Tinga, Sóbis e Fernandão comandaram a equipe ao título.
Mas a grande vedete no futebol neste ano de 2006 foi a Copa do Mundo da Alemanha. Cercada de expectativas, o Brasil surgia como o grande favorito e virtual campeão, como ocorreu com a frança e a Argentina em 2002. E o futebol mostrou novamente que título não é ganho na vespera, na lábia eufórica da imprensa. Numa Copa em que todos esperavam o futebol vistoso de Ronaldinho, Adriano, Kaká C. Ronaldo, Shvchenko e etc. vimos a consagração de defensores e
volantes como Vieira, Zé Roberto, Pirlo, Materazzi, Lúcio, Lahm e Cannavaro. Comendo pelas beiradas, a Itália de Marcello Lippi conquistou o tetra na final contra a França. A Copa foi tão atípica que a cena que marcou a competição foi a cabeçada que Zidane deu em Materazzi. Quem diria...E o Brasil foi, sem dúvidas, a maior decepção dessa Copa. Badalado por toda a imprensa e patrocinado pela Rede Globo, a seleção mostrou-se um time individualista, sem comando e principalmente, sem brio algum. Era visível a "panceta" de Ronaldo, a apatia de Ronaldinho, a marra de Adriano. Esses elementos garantiram a maior decepção do futebol brasileiro desde o Maracanaço, na final de 1950. Nunca um título foi tão esperado no país.
Mas apesar do baixo nível de gols, a Copa registou os últimos suspiros de genialidade de Zidane. Cabeçadas à parte, o meia francês esteve presente quando a França precisou dele e o vice-campeonato lhe garantiu um final de carreira digno, jogando o futebol classudo que encantou a todos. E a Copa trouxe redenção à Itália, afundada na lama do escândalo do Calciocaos. Mas nem só de defesas viveu a Copa. Grandes jogos encheram os olhos dos torcedores, como Argentina X Alemanha, Itália X Alemanha, Argentina e Sérvia e Montenegro, etc. A anfitriã Alemanha fez bonito dentro e fora de campo. Com um organização impecável nos bastidores e uma seleção que cresceu dentro da competição, o NationalElf conseguiu uma honrosa terceira colocação. Antes da Copa, Klinsmann era contestado pelos maus resultados, mas cresceu junto com a equipe na hora certa. Jogadores como Klose, Lahm, Frings e Schweinsteiger comandaram a seleção, que contaminou e uniu todo um país. Coisas que só o futebol pode proporcionar.
No pós-Copa, o Brasileirão mostrava a ascensão do São Paulo. Depois de dois vices campeonatos, o Tricolor destacou-se jogando um futebol vistoso e coletivo, em uma equipe bem comandada por Muricy Ramalho. E o baixo nível técnico deste Brasileirão fez com que a organização dentro e fora de campo da equipe fizesse a diferença. Tanto que na seleção do campeonato, a maioria dos jogadores era do São Paulo. Os gaúchos fizeram bonito e garantiram boas colocações com Inter e Grêmio. Dos grandes, Corinthians, Palmeiras e Fluminense brigaram para não cair. Mas a incompetência de fracas equipes como Fortaleza, Ponte, Santa Cruz e São Caetano facilitaram as coisas aos times em perigo. Destaque também para a mobilização do Atlético/MG, que caminhou junto à sua torcida e chegou novamente a elite do futebol nacional. Sport, Náutico e América/RN garantiram a representatividade do Nordeste na elite do futebol brasileiro. A Lusa quase caiu, mais uma vitória épica deixou a equipe, que ainda está na UTI, respirando por aparelhos na Segundona.
Na última grande competição do ano, O Inter mostrou novamente, como na Copa do Mundo, que título não é ganho na véspera. O badalado Barcelona chegou ao Japão como ultra-favorito ao Mundial Interclubes. O show contra o América mexicano catalizou ainda mais o favoritismo dos catalães, frente a um Inter que jogou um futebol razoável contra o Al-Ahly. Mas o futebol-operário da equipe de Abel Braga foi o diferencial para o título. Ao invés de Ronaldinho, brilhou Iarley. E apesar da supervalorização de Alexandre Pato, bom jogador, o Inter foi uma equipe compacta, coesa, que jogou com o coração. Título merecidíssimo.Quero aproveitar esse espaço pra desejar a todos os amigos e leitores do Opinião FC os votos de um Feliz 2007, com muita paz, prosperidade e sucesso a todos. Em apenas quatro meses de blog, foram quase 3000 visitas. A equipe do Opinião FC agradece a todos e espera que 2007 seja um ano de crescimento e maturação do blog, sempre abrindo seus canais para que todos possam participar das discussões propostas nos artigos de todos os colunistas.















Estive acompanhando a penúltima rodada do campeonato brasileiro nesse final de semana e me entretive com um detalhe no jogo Palmeiras e Internacional.



Por André Augusto e Jota Assis













Dia 15 de novembro, após a derrota no Maracanã para o Flamengo, os jogadores do Corinthians decidiram iniciar uma greve de silêncio. A alegação dos atletas era a de que a imprensa estava veiculando “inverdades” sobre o plantel alvinegro. A imprensa veiculava, na época, que os jogadores estavam fazendo corpo mole para derrubar o treinador Émerson Leão. A situação do time era caótica: estava na zona de rebaixamento, jogando mal e sendo apedrejado. Era natural o receio de falar com a imprensa. Não era a primeira vez que um elenco usaria deste recurso. Uma série de vitórias faria a mordaça cair. Pelo menos era o que todos achavam.









