21.12.09

A vez de “La Pulga”

Como esperado (e merecido), Lionel Messi foi agraciado pela Fifa como o melhor futebolista deste ano de 2009. O resultado final, que conta com votos de técnicos e capitães de quase 150 seleções nacionais, mostra o quanto o argentino foi superior aos seus concorrentes: 1.073 pontos, contra 352 de Cristiano Ronaldo, o antecessor de Messi ao prêmio. Maior estrela desse Barcelona campeão de tudo, Messi consegue se sobressair mesmo em meio a muitos jogadores bons que fazem parte desse elenco blaugrana. Por conta disso, seu prêmio acaba diferindo um pouco de seus dois últimos antecessores, Kaká e Cristiano Ronaldo, os quais acabaram conquistando a honraria em um contexto onde a equipe em que eles estavam à época – respectivamente Milan e Manchester United – tinham grande dependência em seu futebol – no caso, muito mais por parte do limitado Milan campeão europeu do que no United, mais equilibrado em relação aos italianos.

Além dos títulos com o Barcelona, Messi se destacou principalmente na primeira metade de 2009 – ou na reta final da temporada 2008/09 – quando jogou o fino da bola, sagrando-se artilheiro da Champions com nove gols em doze jogos, além de contabilizar 23 gols em 31 partidas na campanha do título espanhol, mais sete gols em seis jogos da Copa do Rei. Neste começo de temporada 2009/10, La Pulga não está voando como no semestre anterior, mas deu mostras de seu grande talento e estrela na recente conquista do Mundial da Fifa (post abaixo). Poupado na partida contra o Atlante, o camisa 10 entrou no segundo tempo e decidiu a partida praticamente em seu primeiro toque na bola. Já contra o Estudiantes, o argentino também não reeditou suas melhores jornadas, mas mostrou estrela ao marcar o gol do título e arriscar algumas jogadas com a sua afiada canhotinha, marca registrada do craque argentino.

Com apenas 22 anos, Messi ainda tem muito chão pela frente. Seu maior desafio, neste momento, é provar – como fez nas Olimpíadas de Pequim, por exemplo – que ele é capaz de liderar tecnicamente a Argentina a um título mundial que não vem há quase 25 anos, o que o colocaria no patamar – de idolatria, não técnica – de seu treinador na albiceleste, o polêmico Diego Maradona. A missão parece mais difícil já que El Pibe não mostra o mesmo traquejo da época de jogador no comandoda Argentina, que se classificou a duras penas para a Copa da África.

O prêmio está em mãos merecidas, é verdade. Mas a eleição, na minha visão, comete duas grandes injustiças: a de não dar o segundo posto do prêmio a Xavi Hernández, um monstro no meio campo e que teve um ano de 2009 bem mais constante que Cristiano Ronaldo. Xavi é maior exemplo da junção entre técnica e aplicação tática, além de ser responsável por muitas das assistências que municiaram Messi e cia. O outro é dar o Prêmio Puskas ao gol de Cristiano Ronaldo contra o Porto, pelas quartas de final da Champions 2008/09. Soou como uma consolação ao português, que no entanto, vem crescendo de produção no Real Madrid e tem capacidade para reconquistar o prêmio da Fifa em 2010.

5 comentários:

Blog do Carlão - Futebol é nossa área disse...

Messi tem umas três Copas em alto nível pela frente.

Jefferson Pacaembu disse...

O Puskas foi ridículo, vários lances foram melhores que o do Cristiano Ronaldo. Eu ficaria com o lance do Grafite e depois com o do Torres.

Pedro Leonardo disse...

E o Ibra? Será que os técnicos não gostariam de ter o Ibracadabra em suas seleções? Três anos que o rapaz, praticamente, carregou a Inter nas costas. No mínimo deveria ficar entre os cinco.

Net Esportes disse...

Merecido mesmo o prêmio para o Messi, assim como para a Marta também .... agora no ano que vem está meio imprevisível, será que ganha o Cristiano Ronaldo mesmo se Portugal for mal na Copa, ou ganha alguém do time que será campeão da Copa ???

Gerson Sicca disse...

E põe merecido nisso. JOga demais.
E acho q pelo futebol o título do Barça foi merecido. E pelo clube e sua torcida tb. Mas torci pelo Estudiantes. Queria ver Verón campeão do mundo com a mítica camisa do clube argentino.
A propósito, a admiração dos gaúchos pelo Estudiantes vem daquele jogo inesquecível com o grêmio em 83.
Feliz Natal!