28.9.09

Aprecie com moderação

O veterano Giggs vem sendo decisivo nas últimas partidas do United: até onde vai o fôlego do galês?

Numa partida burocrática, disputada fora de casa, o Manchester United assumiu a liderança da Premier League ao bater o Stoke City por 2 a 0, no último sábado. Os gols de Berbatov e O'Shea tiveram assistência cirúrgica de Ryan Giggs, assim como já havia acontecido em três dos quatro gols marcados pelos Red Devils no dérbi contra o City na semana passada, na vitória por 4-3. A saída de Cristiano Ronaldo e a vinda de reforços que não parecem talhados para desequilibrar uma partida fizeram com que o peso de tal responsabilidade recaisse sobre Wayne Rooney, primordialmente.

No entanto, outro jogador que, se não é tão brilhante quando Ronaldo foi e que Rooney é atualmente, mostra-se mais importante ainda nesse momento em que o Manchester United ainda aprende a jogar sem o galáctico português: Ryan Giggs, tão importante e icônico na história recente do Manchester United quanto Sir Alex Ferguson. Nesta temporada de 2009/10, foram sete partidas com o galês em campo – três delas, ele entrou na segunda etapa - , com um gol anotado e sete assistências, o que enfatiza sua capacidade técnica de decisão. Acontece que, às vésperas de completar 36 anos no próximo mês de novembro, é notório que Giggs não tem a mesma capacidade física para atuar em alto nível em uma temporada tão longa e desgastante quanto a européia. E aí que está o grande problema da equipe comandada por Ferguson. O camisa onze manteve média de 40 atuações nas últimas três temporadas, mas parece evidente que o desgaste em 2009/10, quando será mais exigido, poderá se acentuar.

Giggs não rende tanto quando atua pela faixa central do campo e o Manchester United ainda não encontrou um jogador em seu elenco para executar a função plena de armação das jogadas da equipe, já Valencia e Anderson ainda não convencem e Owen não inspira confiança plena para ser improvisado em tal situação. E quando Giggs é poupado, o português Nani não supre a lacuna deixada por ele no lado esquerdo de campo. Isso deixa a equipe previsível e faz com que um dos atacantes – Rooney ou Berbatov – tenha que buscar o jogo no meio-campo.

Ainda assim, o United conseguiu alcançar a liderança, mostrando o entrosamento e a consistência das últimas temporadas. Mas precisa rever conceitos e variações dentro de seu elenco ou até mesmo em eventuais compras na janela de transferência de janeiro,se quiser manter o sonho de buscar o tetracampeonato da Premier League com uma equipe mais encorpada.

4 comentários:

Vinicius Grissi disse...

Giggs é um exemplo. Ótimo jogador dentro e fora de campo. Um símbolo do Manchester que ficará sempre marcado na história.

Anônimo disse...

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Desde já agradeço sua visita e até breve....

Felipe Brisolla disse...

Realmente ele é um exemplo. Deixa evidente que é possível ser brilhante mesmo depois dos 35. A partida que fez contra o Manchester City foi esplêndida. Outros deveriam ser espelhar nele.

Felipe Moraes disse...

De todos aqueles atletas-símbolo do Manchester, meu favorito sempre foi o Giggs. Não que desdenhasse o futebol de Ronaldo, mas, nos anos passados, o galês vinha sendo apenas um bom coadjuvante e com funções secundárias nos planos de Ferguson. Agora, nesta temporada, ele tem mostrado que, realmente, é um craque. É decisivo. Claro que a idadae atrapalha e Giggs já não tem o mesmo fôlego de cinco anos atrás. Ainda assim, é peça essencial nesse time.

Abraço,

Felipe Moraes