
Clubes como o Manchester United só contaram com brasileiros recentemente. O primeiro foi Kléberson, ainda embalado pela excelente Copa do Mundo conquistada na Ásia. Em 2003, o volante paranaense teve bom começo no time de Sir Alex Ferguson, mas depois caiu no ostracismo e só reapareceu no Flamengo, neste Brasileirão. Depois do fracasso de Kléberson, Ferguson demorou a utilizar novamente um brasileiro nos Red Devils. O meia Anderson, adquirido junto ao Porto em 2007/08, foi prontamente adaptado ao elenco por Ferguson, chegando a atuar como uma espécie de segundo volante, dando qualidade à saída de bola da equipe nas vezes em que era utilizado. Com isso, o brasileiro ganhou espaço na Seleção de Dunga – fez parte do elenco campeão da Copa América 2007 e do bronze olímpico em Pequim 2008 – e teve sua contribuição na dobradinha na conquista da Premier League e da Champions League na temporada passada.

Mas a instabilidade na lateral-direita do United, que ora utiliza os improvisados Brown e O’Shea, ora utiliza um Gary Neville de futebol muito limitado devido as recentes contusões, fez com que Rafael fosse sendo inserido gradualmente no time. Com isso, Ferguson vai lançando-o aos poucos na equipe principal. E o lateral vai agradando o chefe. “O garoto é atrevido e tem um grande talento. É um menino corajoso para jogar, sem medo de arriscar as jogadas. Ele tem a famosa mentalidade brasileira do "me dê a bola, quero jogar", e toda vez que pegamos a bola, ele pede, se apresenta para jogar. É um grande atributo para um jogador jovem” afirmou Ferguson ao GloboEsporte.com, após a boa atuação na derrota do Manchester United para o Arsenal por 2-1, onde o lateral entrou com personalidade e marcou o gol de honra.

Atento, o Manchster United já possui dois olheiros no Brasil em busca de novos Andersons e Rafaéis. Prova disso foi a última investida dos ingleses a respeito da possbilidade de contratação do meia Douglas Costa, revelação precoce do Grêmio. Enquanto isso, o escocês já começa a lapidar um futuro talento, tanto para o Manchester, quanto para a Seleção.