26.11.08

Cuidado com a megalomania...


Do final de 2007, quando foi rebaixado para a Série B do Brasileirão, até agora, o Corinthians tem feito muito bem a lição de casa. Conseguiu montar um bom elenco, que fez um bom Paulistão, uma ótima Copa do Brasil – deu sorte por não pegar bons times durante o caminho e azar na final, contra o Sport -, e uma excelente Série B, sagrando-se campeão com algumas rodadas de antecedência. Além, é claro, da saída de Dualib. Tudo perfeito. Agora, é começar o planejamento para 2009.

O maior problema a ser enfrentado, e que não vejo nenhuma perspectiva de melhora, é a questão financeira: com uma dívida de aproximadamente R$ 90 milhões, em plena crise financeira mundial, a diretoria quer reforçar o elenco para a próxima temporada. Mas a megalomania já começa a avançar para os muros do Parque São Jorge.

Mano Menezes renovou por mais um ano, com um aumento de 40% de salário, e deve ganhar R$ 350 mil por mês, segundo o presidente Andres Sanchez. Uma das exigências para continuar foi a promessa da diretoria de um elenco competitivo. Mas se já está difícil angariar recursos para a permanência de Herrera (bom para ter no plantel, mas não para ser titular), como trazer outros jogadores? E o presidente ainda diz que não perde o Herrera por R$ 150 mil...

Para piorar, Sanchez divulgou uma lista nada modesta de reforços que o clube pretende trazer: Jorge Wagner, Kléber Pereira, Túlio, Tcheco, Kléber e Martinez. O Corinthians, vez ou outra, precisa recorrer a empréstimos bancários (cada vez mais difíceis) para honrar com os salários de seus atletas, além das antecipações de cotas da TV (as de 2009 praticamente já se foram). Como pensar em aumentar ainda mais a folha mensal, e com salários altos, como dos jogadores citados?

Ainda não está descartada a venda de um atleta para equilibrar as finanças neste final de ano. Aliás, é essa a intenção da diretoria, o que já tiraria alguma peça importante da equipe, pois dentre as opções estão Felipe, Chicão, André Santos, Douglas e Dentinho. Ou seja: entre os reforços, alguns deles podem chegar para repor a saída de um atleta do atual elenco. Mas a diretoria tem muita opção? Não, pois o time está afundado em dívidas e precisa de dinheiro.

Até agora o Timão está no caminho certo. Mas a diretoria não pode jogar tudo pro ar, para não repetir os mesmos erros da gestão Dualib, já que foram eleitos justamente para por fim a essas políticas mirabolantes: um ano de craques e títulos, outros de elenco fraco e brigas para não cair, como ficou marcada a gestão anterior.

7 comentários:

André Augusto disse...

É tempo de especulação. Ele mesmo disse que não estava negociando com ninguém, só que seriam grandes nomes, nessa época é normal. Mas é fato que ele deva trabalhar com a realidade financeira do clube e não extrapolar na grana

Fábio Leopissi disse...

Já mostraram que não aprenderam que se deve trabalhar mais e falar menos. Ou seja continuam como antes. Se não aprenderam a contratar também, logo logo voltam de onde vieram.

Gerson Sicca disse...

corinthians e flamengo vivem da megalomania q vendem na mídia para os pobres torcedores.às vezes conseguem comprar algum título. são clubes cuja incompetência é pq se esconde no apelo popular.

Filipe Araújo disse...

"Ciranda da morte". Esses clubes rodam rodam e não aprendem.

Saludos!

http://gambetas.blogspot.com

Vinicius Grissi disse...

É uma situação complicada. O time precisa de reforços mas não tem dinheiro. Tem que buscar alternativas inteligentes.

O nome, para ser vendido, porém, é Lulinha. Aguarde e verás.

Arthur Kleiber disse...

O problema é quem vai querer comprar o Lulinha? Os dirigentes devem estar lembrando com bastante pesar as propostas feitas pelo jogador quando despontou nas categorias de base, mas que nunca mostrou o mesmo desempenho no time profissional...

Anônimo disse...

É uma situação complicada. Se o clube está sem dinheiro e acumula dívidas antigas, não dá pra pensar em reforços caríssimos como a atual diretoria está pensando.

Se mantivesse esse elenco, talvez não precisasse gastar com contratações, já que o time tem qualidade e condições de disputar tranquilamente uma Série A.

Difícil vai ser segurar as peças e, pior, substituí-las por outras de mesma qualidade.