Guarani disputa a Série C em 2008. O Bugre só disputará a fórmula de pontos corridos em 2009 se conseguir o acesso à Série B.
Após a CBF anunciar em março a intenção de reestruturar a Série C do Brasileirão – a qual passaria a ter 20 clubes numa disputa por pontos corridos – e anunciar a criação de uma Série D mais regionalizada, ela volta atrás na fórmula da Série C, que cá entre nós ficou bem ridícula. Pela fórmula divulgada pela entidade nesta sexta, os 20 clubes da nova Série C em 2009 serão divididos em dois grupos de dez clubes, onde os quatro primeiros de cada avançarão rumo às quartas, rebaixando os dois últimos de cada grupo à nova Série D.
Trocando em miúdos: a CBF esquartejou a emoção da terceirona, porque conheceremos os rebaixados e os ascendentes em diferentes momentos e o campeão em outro, numa “competição à parte”. Com jogos finais que prometem ser bem menos disputados, pois os quatro semifinalistas estarão garantidos na Série B em 2010 e certamente não se matarão em campo nos jogos “decisivos”. A Série D (que terá o tradicional Santa Cruz na disputa), mais regionalizada, ganhará ares de Copa São Paulo de Juniores. Quarenta clubes serão divididos em oito grupos, onde 16 avançarão ao mata-mata e da mesma forma, os semifinalistas estarão na terceira divisão na temporada seguinte.
O anúncio do fortalecimento da Série C era uma notícia excelente, pois os clubes teriam mais apoio da CBF e das próprias federações regionais para a disputa do certame, já que teriam como fazer o mínimo de uma programação antecipada para formar o elenco da próxima temporada, por conta das competições em disputa por praticamente 2009 inteiro, se a fórmula adotada fosse a dos pontos corridos. Agora com a “brilhante” mudança, as equipes que não chegarem ao acesso terão de investir para uma temporada de apenas 18 jogos (Série C) ou oito jogos (Série D). Os problemas de uma temporada mais curta sempre podaram a competitividade e o nível técnico da competição, onde a maioria das equipes monta elencos de aluguel e sem o mínimo de uma preparação decente. Este ano, a Série C teve impressionantes 63 clubes em seu início e nada menos do que quatro fases distintas para conhecermos os quatro agraciados em disputar a segunda divisão em 2009.
Há aqueles que são ainda defensores do mata-mata para competições mais longas, mesmo com a mudança de cultura após a implementação da fórmula de pontos corridos para a Série A, em 2003. O sucesso do Brasileirão - que tem pelo menos cinco postulantes diretos ao título de 2008 – e mesmo na Série B - onde mesmo com o Corinthians virtualmente garantido na elite em 2009, tem feroz disputa pelas outras três vagas para a primeira divisão – é prova viva da manutenção da competitividade e do aumento da presença do torcedor nas arquibancadas. A última edição do mata-mata no Brasileirão, em 2002, teve média de 12.886 torcedores, enquanto em 2008 esse número chegou a 15.618 até a 29ª rodada) e tem tudo para superar a de 2007, maior média de público da era de pontos corridos, com 17.461, mesmo com o São Paulo sagrando-se campeão com diversas rodadas de antecedência.
Além de ser a fórmula mais justa, uma Série C nos moldes da B e A seria um elemento fortalecedor dos clubes menores, que vão continuar fazendo das tripas coração para dar continuidade aos seus departamentos de futebol, principalmente aqueles times fora dos grandes centros. Até quando pensamos que a CBF acerta, erra. Assim como a aposta em um certo técnico sem experiência no futebol no comando da Seleção...
Trocando em miúdos: a CBF esquartejou a emoção da terceirona, porque conheceremos os rebaixados e os ascendentes em diferentes momentos e o campeão em outro, numa “competição à parte”. Com jogos finais que prometem ser bem menos disputados, pois os quatro semifinalistas estarão garantidos na Série B em 2010 e certamente não se matarão em campo nos jogos “decisivos”. A Série D (que terá o tradicional Santa Cruz na disputa), mais regionalizada, ganhará ares de Copa São Paulo de Juniores. Quarenta clubes serão divididos em oito grupos, onde 16 avançarão ao mata-mata e da mesma forma, os semifinalistas estarão na terceira divisão na temporada seguinte.
O anúncio do fortalecimento da Série C era uma notícia excelente, pois os clubes teriam mais apoio da CBF e das próprias federações regionais para a disputa do certame, já que teriam como fazer o mínimo de uma programação antecipada para formar o elenco da próxima temporada, por conta das competições em disputa por praticamente 2009 inteiro, se a fórmula adotada fosse a dos pontos corridos. Agora com a “brilhante” mudança, as equipes que não chegarem ao acesso terão de investir para uma temporada de apenas 18 jogos (Série C) ou oito jogos (Série D). Os problemas de uma temporada mais curta sempre podaram a competitividade e o nível técnico da competição, onde a maioria das equipes monta elencos de aluguel e sem o mínimo de uma preparação decente. Este ano, a Série C teve impressionantes 63 clubes em seu início e nada menos do que quatro fases distintas para conhecermos os quatro agraciados em disputar a segunda divisão em 2009.
Há aqueles que são ainda defensores do mata-mata para competições mais longas, mesmo com a mudança de cultura após a implementação da fórmula de pontos corridos para a Série A, em 2003. O sucesso do Brasileirão - que tem pelo menos cinco postulantes diretos ao título de 2008 – e mesmo na Série B - onde mesmo com o Corinthians virtualmente garantido na elite em 2009, tem feroz disputa pelas outras três vagas para a primeira divisão – é prova viva da manutenção da competitividade e do aumento da presença do torcedor nas arquibancadas. A última edição do mata-mata no Brasileirão, em 2002, teve média de 12.886 torcedores, enquanto em 2008 esse número chegou a 15.618 até a 29ª rodada) e tem tudo para superar a de 2007, maior média de público da era de pontos corridos, com 17.461, mesmo com o São Paulo sagrando-se campeão com diversas rodadas de antecedência.
Além de ser a fórmula mais justa, uma Série C nos moldes da B e A seria um elemento fortalecedor dos clubes menores, que vão continuar fazendo das tripas coração para dar continuidade aos seus departamentos de futebol, principalmente aqueles times fora dos grandes centros. Até quando pensamos que a CBF acerta, erra. Assim como a aposta em um certo técnico sem experiência no futebol no comando da Seleção...
6 comentários:
Eu gostei dessa nova fórmula da Série C e D.
Dizer que a CBF é ridícula e que só faz as coisas pensando em tudo menos nos próprios clubes é chover no molhado.
Lamentável
Também concordo que a fórmula dos pontos corridos seria mais charmosa para a competição, mas acho que a recente mudança teve o aval dos clubes. E explico o porquê.
Apesar de mais interessante, uma fórmula como a série A seria muito custosa para os times pequenos. Sabemos que a principal arrecadação das equipes vem do contrato com a televisão e como a série C não envolve grandes interesses comerciais, os times não teriam verba para longas viagens, hospedagens, bichos, elencos mais recheados, enfim... Ano passado o Noroeste de Bauru quase não disputou a competição por causa desses fatores...
Ou seja, apesar do charme e da organização, creio que nesse caso não é da CBF a culpa, e sim de clubes pequenos sem estrutura financeira para a acompanhar tal mudança.
Mas a idéia era os clubes terem ajuda da própria CBF, porque de qualuqer maneira essa nova fórmua trará gastos.
A CBF precisa ajudar. Se for depender da grana dos clubes pequenos, mesmo a Série B poderia estar ameaçada... Se os grandes clubes brasileiros, com toda a receita que conseguem, já fecham o balanço no vermelho, imagina os pequenos.
Também concordo, mas nesse caso o investimento seria muito alto. Coisa que o SR. Ricasso Teixeira jamais faria pelos nanicos...
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