O goleiro Caranta (E) pediu a Ischia (D) para não jogar contra o Estudiantes: mais um capítulo da crise Xeneize.
Imagine um time de massa que não vence há cinco partidas, está a oito pontos do líder, sofreu dez gols nos últimos cinco jogos do campeonato nacional e que não vence há três partidas em seus domínios - nada menos que a temível Bombonera. Aclamado como o Rey de Copas, o Boca Juniors – recentemente campeão da Recopa Sul-Americana em cima do Arsenal de Sarandí – vê as coisas se complicarem dentro e fora da cancha. Não bastasse a péssima campanha no Apertura 2008 (6º, 14 pts), as coisas fervem no elenco Xeneize. O zagueiro Cáceres soltou os cachorros sobre Riquelme – que não joga um bom futebol há um tempão – atribuindo parte da má fase da equipe aos privilégios concedidos ao camisa 10: "Riquelme é uma pessoa complicada, difícil de lidar. Durante as partidas, alguns companheiros se incomodam com suas atitudes. Em alguns jogos, aparenta estar correndo. Em outros, aparenta estar indiferente".
A resposta de Riquelme e dos que o defendem foi imediata. Mimos como o do presidente Pedro Pompílio e de Maradona colocaram o beque paraguaio como vilão da história. E apesar do ex-jogador do Atlético/MG não ser flor que se cheire, corre à boca pequena que ele não é o único que pensa dessa forma no elenco boquense. Ou alguém não lembra da forma como Riquelme saiu do Villarreal, após indisposição com um elenco inteiro, a ponto do técnico Manuel Pellegrini relegá-lo do Submarino Amarillo? E ele nem vai poder gozar de muita tranquilidade quando for servir a Argentina, que também vive momento delicado e pode ficar sem técnico, dependendo das andanças da seleção albiceleste ao final desta rodada das Eliminatórias Sul-Americanas.
Para apimentar ainda mais o péssimo momento, o goleiro Mauricio Caranta pediu para não jogar a última partida - a derrota para o Estudiantes por 2-1 na Bombonera. Alegando problemas familiares, o arqueiro deixou o técnico Carlos Ischia em maus lençóis, como aponta reportagem do diário argentino Olé!. Há quem diga que seu ciclo no Boca está se encerrando após os episódios do arqueiro e do bate-boca Riquelme/Cáceres. Mas Ischia terá direito a um recomeço, em meio a todas as polêmicas e contusões do elenco boquense: "basta" vencer El Superclásico na próxima rodada, diante do arqui-rival River. Los Millionários gozam de fase ainda pior que o Boca, pois amargam a antepenúltima colocação do Apertura, com Simeone também balançando forte no cargo.
Já com a sombra de Carlos Bianchi, o qual muitos dizem que deseja sair da “aposentadoria”, e até mesmo de Alfio “Coco” Basile - se este realmente fracassar na seleção argentina, pois possui muita moral no Boca devido ao título da Libertadores 2007 – pairando sobre Ischia, ele quebra a cabeça para armar a equipe. Com vários contundidos (inclusive Palermo, que sofreu grave contusão) e sem poder contar com o novo reforço (Lucho Figueroa, adquirido por empréstimo junto ao Genoa), o técnico terá de contar novamente com o juvenil Javier Garcia na baliza (que falhou no segundo gol do Estudiantes, na última partida) e o jovem Lucas Viatri no comando de ataque para vencer o River em pleno Monumental de Nuñez.
Com os garotos e Riquelme em péssima fase, resta ao Boca vencer um rival igualmente desesperado. E como desgraça pouca é bobagem, uma derrota no Superclásico pode trazer desdobramentos maiores à crise Xeneize, que pode chegar às arquibancadas: há uma disputa de poder entre facções em La Doce, a maior torcida organizada do Boca, onde três barrabravas foram presos no último domingo por porte ilegal de armas. A maré anda brava, dentro e fora de campo.
A resposta de Riquelme e dos que o defendem foi imediata. Mimos como o do presidente Pedro Pompílio e de Maradona colocaram o beque paraguaio como vilão da história. E apesar do ex-jogador do Atlético/MG não ser flor que se cheire, corre à boca pequena que ele não é o único que pensa dessa forma no elenco boquense. Ou alguém não lembra da forma como Riquelme saiu do Villarreal, após indisposição com um elenco inteiro, a ponto do técnico Manuel Pellegrini relegá-lo do Submarino Amarillo? E ele nem vai poder gozar de muita tranquilidade quando for servir a Argentina, que também vive momento delicado e pode ficar sem técnico, dependendo das andanças da seleção albiceleste ao final desta rodada das Eliminatórias Sul-Americanas.
Para apimentar ainda mais o péssimo momento, o goleiro Mauricio Caranta pediu para não jogar a última partida - a derrota para o Estudiantes por 2-1 na Bombonera. Alegando problemas familiares, o arqueiro deixou o técnico Carlos Ischia em maus lençóis, como aponta reportagem do diário argentino Olé!. Há quem diga que seu ciclo no Boca está se encerrando após os episódios do arqueiro e do bate-boca Riquelme/Cáceres. Mas Ischia terá direito a um recomeço, em meio a todas as polêmicas e contusões do elenco boquense: "basta" vencer El Superclásico na próxima rodada, diante do arqui-rival River. Los Millionários gozam de fase ainda pior que o Boca, pois amargam a antepenúltima colocação do Apertura, com Simeone também balançando forte no cargo.
Já com a sombra de Carlos Bianchi, o qual muitos dizem que deseja sair da “aposentadoria”, e até mesmo de Alfio “Coco” Basile - se este realmente fracassar na seleção argentina, pois possui muita moral no Boca devido ao título da Libertadores 2007 – pairando sobre Ischia, ele quebra a cabeça para armar a equipe. Com vários contundidos (inclusive Palermo, que sofreu grave contusão) e sem poder contar com o novo reforço (Lucho Figueroa, adquirido por empréstimo junto ao Genoa), o técnico terá de contar novamente com o juvenil Javier Garcia na baliza (que falhou no segundo gol do Estudiantes, na última partida) e o jovem Lucas Viatri no comando de ataque para vencer o River em pleno Monumental de Nuñez.
Com os garotos e Riquelme em péssima fase, resta ao Boca vencer um rival igualmente desesperado. E como desgraça pouca é bobagem, uma derrota no Superclásico pode trazer desdobramentos maiores à crise Xeneize, que pode chegar às arquibancadas: há uma disputa de poder entre facções em La Doce, a maior torcida organizada do Boca, onde três barrabravas foram presos no último domingo por porte ilegal de armas. A maré anda brava, dentro e fora de campo.
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2 comentários:
Desde a Libertadores que já se ouvem alguns comentários sobre o racha do elenco com o craque Riquelme. Até na seleção já vimos o Messi reclamar das atitudes de Maradona do atual camisa 10 do Boca. Realmente deve ser difícil de lidar com Riquelme. Em 2007, ele ganhou quase sozinho a Libertadores. Mas quando ela não vai bem, o Boca afunda... Precisa ver se compensa manter um jogador desses no elenco.
O Riquelme é um grande jogador, mas as vezes é complicado também. Mas, acredito que o Boca vai melhorar ainda no campeonato e ficar numa posição melhor.
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