Semana que antecede clássico normalmente tem um script pré-definido: o treinador isola o time, faz treinos secretos e prega um respeito que por vezes soa “artificial” ao adversário. Clichês são proferidos aos montes e não cansam de encher microfones, páginas de jornal e sites de quem busca as notícias mais fresquinhas dos respectivos times. “Clássico é clássico” e “não há favorito” são alguns deles.
Mas é possível se respeitar a entidade e os profissionais que fazem parte dela e, ao mesmo tempo, fugir do lugar-comum com argumentos. O maior exemplo disso? A troca de declarações que cerca o Choque-Rei do próximo domingo pelo Brasileirão. São Paulo e Palmeiras duelam para decidir quem fará a perseguição aos gaúchos do Grêmio na luta pelo título. Um empate pode dificultar a missão para ambos – ainda mais para o Tricolor Paulista – já que o Grêmio tem uma missão “mais fácil” contra a limitada Portuguesa. E como líder, o Grêmio pode e deve se impor diante da Lusa.
O lateral Leandro – que diga-se de passagem, faz um excelente campeonato – foi categórico nas suas declarações, nesta terça-feira: “O Palmeiras é o favorito contra o São Paulo. Estamos jogando dentro de casa, com o apoio da nossa torcida, onde perdemos apenas uma partida no Campeonato Brasileiro. Eu acredito que temos de 60% a 70% de chances de sair de campo com a vitória. Confio na minha equipe e em nosso elenco para conquistarmos os três pontos”, disse. Os tricolores, obviamente, reagiram com ironia e indignação às fortes declarações do camisa seis, prontamente reforçadas por frases não menos polêmicas do meia Diego Souza e do técnico Luxemburgo. “Para nós está bom. Sobraram 30% e está ótimo”, afirmou o técnico Muricy ao GloboEsporte.com.
A rivalidade entre as equipes é antiga e a motivação do clássico é extra para o São Paulo, goleado na polêmica partida disputada em Ribeirão Preto e posteriormente derrotado nas semi-finais do Paulistão. Mas se analisarmos friamente a situação das duas equipes no campeonato e o futebol apresentado por ambas, vejo as declarações de Leandro perfeitamente possíveis e nada absurdas. É verdade que o São Paulo vem de três vitórias consecutivas (Cruzeiro, Ipatinga e Náutico) e nove jogos sem derrota, resultados que colocaram a equipe novamente na rota do inédito tricampeonato nacional. Mas há muito vem apresentando um futebol pragmático e pouco convincente na competição, não sendo nem sombra das equipes campeãs em 2006 e 2007. Desta vez, o São Paulo tem adversários à altura e individualmente melhores.
Já o Palmeiras tem um retrospecto quase que impecável no Palestra Itália, local da partida. Em 14 jogos, apenas um empate e uma derrota, ou seja: Dos 42 pontos disputados, 37 conquistados. Enquanto isso, o São Paulo conseguiu apenas três vitórias e sete empates longe do Morumbi, nas mesmas 14 partidas. E na hora das decisões em 2008, o São Paulo não mostrou o sangue frio do ciclo de conquistas iniciado em 2005. As derrotas para o próprio Palmeiras, no Paulistão, e para o Fluminense na Libertadores mostraram isso.
Claro que não menosprezo aqui nestas linhas a recuperação do São Paulo - principalmente no returno - já que a equipe possui o melhor ataque do campeonato (47 gols) e a segunda melhor defesa (27 gols). Mas as circunstâncias do jogo levariam a apostar minhas fichas no Palmeiras, que é individualmente melhor e mais consistente, na minha opinião.
Penso que as declarações de Leandro não soam tão absurdas como as do fanfarrão Márcio Braga, presidente do Flamengo, que até a semana passada “estava preparando a festa para o hexa”. E a declaração infundada e fora de hora prejudicou a equipe - apática contra o Atlético/MG - que se distanciou na briga pelo caneco. Não contente, deu uma de João-sem-braço ao zombar da situação do ameaçado Vasco, dizendo que não conhece o time cruzmaltino, ao invés de ponderar um favoritismo visível, dada a situação do rival.
Declarações como as dos palmeirenses são um tempero a mais em um clássico que promete ser eletrizante e decisivo (dentro de campo, espero). Com favoritismo palmeirense.
Mas é possível se respeitar a entidade e os profissionais que fazem parte dela e, ao mesmo tempo, fugir do lugar-comum com argumentos. O maior exemplo disso? A troca de declarações que cerca o Choque-Rei do próximo domingo pelo Brasileirão. São Paulo e Palmeiras duelam para decidir quem fará a perseguição aos gaúchos do Grêmio na luta pelo título. Um empate pode dificultar a missão para ambos – ainda mais para o Tricolor Paulista – já que o Grêmio tem uma missão “mais fácil” contra a limitada Portuguesa. E como líder, o Grêmio pode e deve se impor diante da Lusa.
O lateral Leandro – que diga-se de passagem, faz um excelente campeonato – foi categórico nas suas declarações, nesta terça-feira: “O Palmeiras é o favorito contra o São Paulo. Estamos jogando dentro de casa, com o apoio da nossa torcida, onde perdemos apenas uma partida no Campeonato Brasileiro. Eu acredito que temos de 60% a 70% de chances de sair de campo com a vitória. Confio na minha equipe e em nosso elenco para conquistarmos os três pontos”, disse. Os tricolores, obviamente, reagiram com ironia e indignação às fortes declarações do camisa seis, prontamente reforçadas por frases não menos polêmicas do meia Diego Souza e do técnico Luxemburgo. “Para nós está bom. Sobraram 30% e está ótimo”, afirmou o técnico Muricy ao GloboEsporte.com.
A rivalidade entre as equipes é antiga e a motivação do clássico é extra para o São Paulo, goleado na polêmica partida disputada em Ribeirão Preto e posteriormente derrotado nas semi-finais do Paulistão. Mas se analisarmos friamente a situação das duas equipes no campeonato e o futebol apresentado por ambas, vejo as declarações de Leandro perfeitamente possíveis e nada absurdas. É verdade que o São Paulo vem de três vitórias consecutivas (Cruzeiro, Ipatinga e Náutico) e nove jogos sem derrota, resultados que colocaram a equipe novamente na rota do inédito tricampeonato nacional. Mas há muito vem apresentando um futebol pragmático e pouco convincente na competição, não sendo nem sombra das equipes campeãs em 2006 e 2007. Desta vez, o São Paulo tem adversários à altura e individualmente melhores.
Já o Palmeiras tem um retrospecto quase que impecável no Palestra Itália, local da partida. Em 14 jogos, apenas um empate e uma derrota, ou seja: Dos 42 pontos disputados, 37 conquistados. Enquanto isso, o São Paulo conseguiu apenas três vitórias e sete empates longe do Morumbi, nas mesmas 14 partidas. E na hora das decisões em 2008, o São Paulo não mostrou o sangue frio do ciclo de conquistas iniciado em 2005. As derrotas para o próprio Palmeiras, no Paulistão, e para o Fluminense na Libertadores mostraram isso.
Claro que não menosprezo aqui nestas linhas a recuperação do São Paulo - principalmente no returno - já que a equipe possui o melhor ataque do campeonato (47 gols) e a segunda melhor defesa (27 gols). Mas as circunstâncias do jogo levariam a apostar minhas fichas no Palmeiras, que é individualmente melhor e mais consistente, na minha opinião.
Penso que as declarações de Leandro não soam tão absurdas como as do fanfarrão Márcio Braga, presidente do Flamengo, que até a semana passada “estava preparando a festa para o hexa”. E a declaração infundada e fora de hora prejudicou a equipe - apática contra o Atlético/MG - que se distanciou na briga pelo caneco. Não contente, deu uma de João-sem-braço ao zombar da situação do ameaçado Vasco, dizendo que não conhece o time cruzmaltino, ao invés de ponderar um favoritismo visível, dada a situação do rival.
Declarações como as dos palmeirenses são um tempero a mais em um clássico que promete ser eletrizante e decisivo (dentro de campo, espero). Com favoritismo palmeirense.
7 comentários:
Apesar de já ter dito em post anterior que não dá para apontar favoritos em clássicos, o Palmeiras leva uma vantagem não por causa do elenco, mas sim por jogar em casa, onde tem um retrospecto impressionante. A equipe não comete os mesmos erros do ano passado jogando em casa, quando perdeu muitos jogos (Atlético-MG na última rodada do Brasileirão, eliminação na Copa do Brasil frente ao Ipatinga, e derrota para o próprio São Paulo do Brasileiro, entre outros).
Vai ser um jogão de bola. Um jogo super decisivo. Não tem favorito.
E sobre as declarações, não vejo nenhum problema. Aliás, faz tempo que não vejo um clássico sem declarações do tipo "preparação para a guerra", essas coisas que acontecem quase sempre.
É só vc ver as reações do Juvenal e do Muricy pra vc ver se não teve problema ou incitação para uma "guerra" em campo...
o são paulo vai meter a sola no parmera
O Marcio Braga é um bom dirigente, calado. Ah o jogo é decisivo sim, mas creio que a catimba do Muricy vencerá a estrategia do Vanderlei.Abração
Visite o blog tampão do Pitacos do Bodaum, e ajude nas interrogativas do Bodaum.
http://blogs.abril.com.br/pitacosdobodaum
Vai ser um fim de semana de arrepiar.
Warley Morbeck
http://flamengoeternamente.blogspot.com
http://eternabola.blogspot.com
Postar um comentário