O Brasileirão 2008 ainda nem acabou e já é com folgas a edição mais vitoriosa do campeonato nacional, desde a mudança para o sistema de pontos corridos. Recorde de público, disputa pelo título e Libertadores aberta, rebaixamento indefinido, e até o sobe-desce de posições no bloco intermediário está interessante.
Tais atributos mostram que a competição suportou muito bem a ausência do Corinthians, time de segunda maior torcida do país e para muitos de maior repercussão nacional. O fato dessa constatação ter ocorrido com o Timão, no entanto, não importa. O mais relevante é mostrar para muitos cartolas que, sozinhos, os clubes não são tão poderosos assim.
No Rio de Janeiro é muito comum ouvir cartolas dizendo coisas do tipo “O Brasil não existe sem o Flamengo...” ou “o campeonato brasileiro fica sem graça sem o Vasco”. Será mesmo?
Para se ter uma idéia, atualmente, a média de público do Brasileirão é de 16.051 pessoas. Ano passado, a média foi de 17.461. Com as últimas rodadas, a média dos jogos aumenta consideravelmente e deve ultrapassar a marca dos 18 mil. Repito: sem a participação de dois gigantes de público, Corinthians e Bahia. A arrecadação média já passou de pouco mais de 212 mil, do ano passado, para quase 250 mil reais por jogo deste ano. Mais uma vez, sem a complementação das rodadas decisivas.
Argumentos como a queda da audiência geral da Série A na televisão não indicam que tais times façam falta. Afinal, a audiência sempre vai cair se Flamengo, Corinthians, São Paulo e Palmeiras não disputarem a primeira divisão, pois são de longe as quatro maiores torcidas do país e representam milhões de telespectadores.
Isso significa que o principal torneio nacional é um produto muito mais valioso e independente do que alguns podem sugerir. Cada vez mais, o sucesso administrativo dos clubes garantem receitas mais elevadas do que a mais apaixonada tradição. Portanto, alguns times “atrasados” estruturalmente correm o risco de serem “substituídos” por pequenos notáveis.
A tradição que se cuide, afinal, dentro da lógica capitalista, o velho deve dar lugar ao novo...
3 comentários:
Como sepre, discordo de vc.
A média do Corinthians na Série B é de 22,5 mil. A Arrecadação de bilheteria dobrou em relação a 2007. Todos os estádios que o Corinrhins foi fora da São paulo lotaram. Na Série A, é a mesma coisa. Você acha que a torcida de um Grêmio ou Atlético prefere lotar o campo num jogo contra o Ipatinga, ou contra um grande, tipo Corinthians, Palmeiras (só pra citar os que caíram.)
Um campeonato onde os grandes estiverem fortes sempre vai fazer com que estes disputem o título, e consequentemente, que a torcida compareça ao campo para apoiar.
Mas para estar entre a elite, os grandes devem fazr por onde e ano passado, o Corinthians não o fez. Assim como acredito que o vasco, do nefasto Eurico e de time medíocre, também não o está fazendo.
o fato de o Corinthians ter aumentado a sua media de publico nao tem mt a ver só com resultados... Gremio, Palmeiras e Atletico-MG sempre lotavam os estadios na Serie B... a torcida empurra mais o time, o que é uma coisa interessante... coisa pra antropologo estudar
e realmente, a queda de grandes como palmeiras, gremio, botafogo e principalmente o corinthians pra serie B mostram que o mundo nao acaba, e que quando os clubes se organizam e se estruturam de verdade, os resultados aparecem em campo
Bem lembrado, os times de tradição tem que se ligar, pois alguns considerados pequenos vem com tudo. Só lembrar que a Copa do Brasil deste ano foi vencida pelo Sport, mesmo não tendo os times que disputam a Libertadores.
A média do público deve aumentar pelas partidas decisivas e alguns clássicos que acontecem na última rodada.
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