nos gramados de São Paulo" (Juca Kfouri)
A partida teve de tudo. Lances violentos, catimba, impedimentos polêmicos, faltas interpretativas, bola na linha que não entrou, ufa! Muita polêmica para uma partida só. E acreditem, na minha avaliação, Sálvio se saiu bem.
Por mais que ambos os times ainda devam fazer jogos eletrizantes até o final da competição, esse foi sem dúvida o mais importante para os dois. Como paulistano, posso afirmar sem sombras de dúvidas que os palmeirenses consideravam essa partida mais importante do que embate contra o Grêmio. Especialmente pelo fator motivação que um clássico sugere.
Em campo, vi um São Paulo mais aplicado taticamente do que motivado. Já o Palmeiras entrou em campo pegando fogo... e talvez por isso, Léo Lima cometeu um pênalti tão ingênuo que derrubou logo de cara as intenções de decidir rapidamente a parada.
E esse fogo se tornou um vulcão quando Borges e Diego Souza, estupidamente, foram expulsos logo após o gol tricolor. Taticamente, a expulsão do meia palmeirense foi um balde de água fria para Luxemburgo. Mesmo assim, vi um Palmeiras mais ligado na partida e, se não fosse o Rogério, teria virado o jogo ainda no primeiro tempo. Depois de mais pancadaria e lances de nervosismo, o displicente Dagoberto fez um gol que parecia sacramentar a partida. São-paulinos, não me odeiem, mas se o atacante jogasse um pouquinho mais sério o placar seria outro.
No segunto tempo, as modificações realizadas pelo técnico alviverde não surtiram efeito até os trinta minutos. O Palmeiras estava desorganizado e pouco produziu. Até Denilson deixar André Dias no chão e rolar a bola sem goleiro para Kléber. Mérito do Luxemburgo?? Claro que não! Méritos para Denilson, que mesmo muito aquém do jogador que era no passado, continua muito útil na campanha palestrina. Qualquer um faria essa alteração com 2 a 0 para reverter... Na base do abafa, o Palmeiras chegou ao empate logo na sequencia e o Tricolor, depois de quase 35 minutos atrás, resolveu atacar e ainda perdeu algumas chances de gol.
Vi uma partida com a cara de seus treinadores. Um São Paulo aplicado, defensivo, forte, porém sem a vibração necessária para matar o jogo. Acho que os jogadores do ataque do São Paulo estavam desligados, sobretudo, no segundo tempo.
Já o Palmeiras provou que sabe jogar com a bola no pé, pressionando o adversário e com a garra de um campeão. Mas também mostrou que todo esse trabalho tático-emocional não vale nada se seus principais jogadores não entenderem que os momentos decisivos separam os homens dos meninos. E hoje, talvez Diego Souza e Léo Lima tenham envelhecido um pouco.
5 comentários:
Foi um jogo emocionante e os dois continuam vivos pelo título.
Está emocionante a decisão do Brasileirão
Belissimo jogo, credenciado por dois times que com certeza brigaram até o fim pelo titulo.Abração
Pitacos do Bodaum
Causos do Mineirin especial do brasileirão. Visite-nos e comente.
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Concordo que o jogo foi importante na corrida pelo título, no entanto (e podem me chamar de saudosista) vi de tudo neste clássico, menos futebol classe de outrora. Concordo com o Felipe. quuando ele fala que o Denilson foi decisivo na partida, mas isso só me deixa mais preocupado: Denilson, com seu futebol cada vez menos vistoso (pra não dizer feio), ser destaque de um clássico desta magnitude? Acho que o futebol brasileiro realmente está nivelado por baixo.
abraços
O que faltou para o São Paulo vencer o jogo foi a pontaria e displicência dos atacantes, que perderam muitos gols. Sorte para o Palmeiras, que foi pra cima e buscou um empate merecido, já que cada equipe dominou um dos tempos da partida. Com a derrota do Grêmio, o título está aberto e, ao contrário do que eu disse, o Flamengo ainda está no páreo (apesar de continuar achando que não tem muitas chances).
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