8.1.08

Rei de Copas...e de Ouros!

O Boca Juniors não deve ser taxado apenas como um simples “Rei de Copas”. O atual campeão sul-americano e vice-campeão do mundo é um time de boa estrutura, torcida fanática e sabe negociar como ninguém. O último grande negócio foi a venda do jovem e promissor volante Ever Banega, um dos destaques da equipe em 2007. O promissor meio-campista - campeão mundial sub-20 com a Argentina – foi vendido recentemente ao Valencia por 18 milhões de euros. É mais um jovem jogador que deixa os trópicos para aventurar-se no rico futebol europeu. Mas a questão é: será que o Boca é tão bom vendedor assim ou o mercado europeu é que exagera na hora de canetar o cheque?

Acho o Boca um excelente vendedor. Alie a isso, safras de jogadores jovens, que saem das categorias de base e ganham destaque meteórico em uma das potências do continente. Não há time europeu que não coce o bolso! A prova disso são as transferências mais recentes do clube para o futebol mundial. O também volante Fernando Gago – que já foi comparado ao grande volante Fernando Redondo – saiu do clube Xeneize por 20 milhões de euros, em direção ao Real Madrid. O zagueiro Daniel Diaz, também um bom destaque na Libertadores 2007, foi para o Getafe por seis milhões de euros. Antes de retornar ao Boca novamente, o lateral Clemente Rodrigues foi para o frio russo em 2004/05, já que o Spartak desenbolsou seis milhões pelos seus direitos federativos. Ainda em 2005, Carlitos Tevez rumou para o Corinthians, quando a nebulosa parceria da MSI chegou ao Timão. O investimento no atacante foi de quase 20 milhões de dólares. Para citar outros negócios mais polpudos, o matador Martín Palermose transferiu em 2001/02 para o Villarreal (7,5 milhões), o craque Riquelme começou suas idas e vindas da Europa com sua transferência ao Barcelona (10 milhões) e o zagueiro Walter Samuel embarcou para a cidade eterna de Roma (cerca de 20 milhões). Outro que não deve durar muito tempo no elenco Xeneize é o bom atacante Rodrigo Palacio, sempre cotado para ir defender um clube de ponta no Velho Continente.

As boas vendas do Boca - e do futebol argentino em geral – me fazem pensar que os melhores jogadores sempre serão os brasileiros, mas na questão de vendas, a Argentina faz melhores negócios. Pelo menos ultimamente. Mesmo com ambos possuindo qualidades técnicas aclamadas pelos principais times do mundo, muitos alegam que o jogador argentino é mais aplicado taticamente que o brasileiro, tendo ainda a vantagem da fluência dos hermanos na língua espanhola. Uma questão polêmica, que poderemos debater numa outra oportunidade. Enquanto isso, o Boca enche sua galeria de troféus e seus cofres de dinheiro. E está, quase sempre, um passo a frente de seus adversários.

2 comentários:

Gerson Sicca disse...

Alguns dizem q os argentinos adaptam-se melhor na Europa, o que tornaria o investimento mais seguro. MAs tenho minhas dúvidas. O fato é q o Boca só vende qdo tem boas propostas. Já a maioria dos times brasileiros fica louca pra vender seus jogadores. Aí perde de fazer negócios melhores. O maior exemplo é o Inter, q já prepara os guris pensando em vendê-los rapidamente. Aí faz negócios ruins. O Pato, p.ex., saiu por 20 milhões de dólares. MAs ele não é a maior promessa do futebol brasileiro? Se é, não deveria sair por menos de 30 milhões.
Talvez o São Paulo seja o único time brasileiro que negocie como time grande.

Felipe Moraes disse...

Boas observações, André.

Realmente, os argentinos se mostram muito mais hábeis nas negociações de seus jogadores.

Abraço,
Felipe Leonardo