Susto e alívio: Manchester United mostrou-se melhor durante a temporada. No entanto, ficou devendo na grande final de Moscou
O futebol é uma verdadeira roda-gigante. O clichê se fez novamente na final da Champions League desta quarta, entre Manchester United e Chelsea. Apesar do equilíbrio de forças entre vermelhos e azuis, todos esperavam uma postura mais incisiva do Manchester, com o Chelsea esperando para atacar no erro do adversário. Apesar do primeiro tempo mais parelho – onde o United se saiu melhor – no conjunto da obra, o Chelsea pressionou. Principalmente no segundo tempo, o time de Sir Alex Ferguson foi mero espectador da partida em Moscou, onde se via um Chelsea centrado, tocando bem a bola e exigindo atenção redobrada da boa zaga dos Red Devils, em especial, a de Van der Sar.
Enquanto Drogba e Ballack deixaram a desejar, Lampard foi um senhorem campo. Distribuindo bolas, cadenciando a partida e chegando com perigo à frente, o camisa oito se fez o melhor da partida. Pelo menos, durante os 120 minutos de batalha. Do lado do United, Rooney não se fez presente, Tevez lutou, mas foi ineficaz, enquanto Ronaldo sumiu após o primeiro tempo. Já a defesa, principalmente Ferdinand, Brown e Hargreaves foram eficazes.
Sem falar no duelo particular entre Van der Sar e Cech. Mesmo com o tcheco sendo aclamado como melhor do mundo na posição há alguns anos, o veterano arqueiro holandês de 37 anos defendeu bolas importantes e viu sua estrela brilhar na cobrança de pênaltis, onde na maioria delas, ele esperava o batedor escolher o canto para que ele pudesse interceptar a cobrança. A cobrança derradeira de Anelka premiou sua paciência.
Numa relação complicada, Cristiano Ronaldo e Terry trocaram de papéis em poucos segundos. Enquanto o português precisava mostrar ao mundo seu poder de decisão – externado no oportunismo do gol e no bom primeiro tempo – o experiente zagueiro inglês era um dos pilares da ascensão recente dos Blues. Terry foi herói ao tirar a bola de Giggs do gol, numa das poucas jogadas do United na segunda etapa. Além de salvar a equipe, Terry fez uma partidaça. Mas nas cobranças, Ronaldo sentiu o peso de ser o foco da decisão. Suas pernas pesaram e consequentemente, Cech cresceu em cima do gajo. E ele quase foi vilão. No entanto, a escorregada na cobrança que poderia decidir o título fez com que Ronaldo fosse salvo pelo “Senhor Chelsea”.
Culpar Ronaldo numa eventual perda de título? Seria a tônica da maioria das pessoas, praticamente jogando fora a fantástica temporada do português. Assim como já aconteceu com Zico e Baggioem Copas. Assim como aconteceu com Riquelme quando o modesto Villarreal perdeu a chance de chegar à final da Champions 2005/06, na fatídica cobrança perdida pelo excelente meia argentino, depois de levar o Submarino Amarillo nas costas durante aquela temporada toda.
O destino jogou os dados. Premiou o melhor time europeu da temporada, mas que foi refém de um pragmático Chelsea. Um time que jogou esta temporada tal qual um relógio suíço. Preciso, arrumado, letal. Mas que muitas vezes é engessado e faz o esforço para vencer apenas, sem convencer. Mas que se impôs e foi melhor, na contabilidade do tempo normal mais prorrogação. Mas se os azuis vencessem, para muitos seria a vitória de um futebol chato, pautado apenas nas intermináveis somas investidas pelo mecenas russo Abramovitch.
Cech e Van der Sar. Ronaldo e Terry. Manchester e Chelsea. O futebol não é lógico. Nos prega peças o tempo todo e é por isso que é tão encantador.
Enquanto Drogba e Ballack deixaram a desejar, Lampard foi um senhor
Sem falar no duelo particular entre Van der Sar e Cech. Mesmo com o tcheco sendo aclamado como melhor do mundo na posição há alguns anos, o veterano arqueiro holandês de 37 anos defendeu bolas importantes e viu sua estrela brilhar na cobrança de pênaltis, onde na maioria delas, ele esperava o batedor escolher o canto para que ele pudesse interceptar a cobrança. A cobrança derradeira de Anelka premiou sua paciência.
Numa relação complicada, Cristiano Ronaldo e Terry trocaram de papéis em poucos segundos. Enquanto o português precisava mostrar ao mundo seu poder de decisão – externado no oportunismo do gol e no bom primeiro tempo – o experiente zagueiro inglês era um dos pilares da ascensão recente dos Blues. Terry foi herói ao tirar a bola de Giggs do gol, numa das poucas jogadas do United na segunda etapa. Além de salvar a equipe, Terry fez uma partidaça. Mas nas cobranças, Ronaldo sentiu o peso de ser o foco da decisão. Suas pernas pesaram e consequentemente, Cech cresceu em cima do gajo. E ele quase foi vilão. No entanto, a escorregada na cobrança que poderia decidir o título fez com que Ronaldo fosse salvo pelo “Senhor Chelsea”.
Culpar Ronaldo numa eventual perda de título? Seria a tônica da maioria das pessoas, praticamente jogando fora a fantástica temporada do português. Assim como já aconteceu com Zico e Baggio
O destino jogou os dados. Premiou o melhor time europeu da temporada, mas que foi refém de um pragmático Chelsea. Um time que jogou esta temporada tal qual um relógio suíço. Preciso, arrumado, letal. Mas que muitas vezes é engessado e faz o esforço para vencer apenas, sem convencer. Mas que se impôs e foi melhor, na contabilidade do tempo normal mais prorrogação. Mas se os azuis vencessem, para muitos seria a vitória de um futebol chato, pautado apenas nas intermináveis somas investidas pelo mecenas russo Abramovitch.
Cech e Van der Sar. Ronaldo e Terry. Manchester e Chelsea. O futebol não é lógico. Nos prega peças o tempo todo e é por isso que é tão encantador.
2 comentários:
Concordo com tudo que foi dito! O detalhe mais uma vez fez a diferença! Um lance transforma pode mudar toda história numa fração de segundos!
Nesta final, em especial com Terry e C.Ronaldo, pudemos observar momentos ascenção e derrocada de ambos, assim como no jogo entre São Paulo e Fluminense, onde pequenos detalhes mudaram o rumo do espetáculo, criando heróis e vilões simultâneamente.
Hoje em dia a coisa mudou, não precisa dar show em campo para levar um título, o Manchester joga pra ser o campeão e mereceu os títulos, tanto do inglês quanto da Champions League, onde ganhou sem perder nunhum jogo o campeonato todo
o título foi merecido e não houve nunhuma injustiça, aliás seria injustiça se o Chelsea fosse campeão pelo erro do Cristiano Ronaldo, que fez o gol do jogo e foi artilheiro com 8 gols, assim como é injustiça crucificar o Terry pelo escorregão, quando o mais culpado pela derrota do Blues foi o Anelka, que iludido pelo Van der Sar...........
http://netesporte.blogspot.com/
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