Hoje, uma nação apaixonada com mais de 30 milhões de torcedores. Em 1º de setembro de 1910, cinco operários de uma ferroviária resolveram fundar um time no bairro do Bom Retiro, inspirado nas aparições do devastador Corinthian inglês pelo Brasil. Um século depois, aquele ato tomou proporções gigantescas, mas manteve-se a essência: o Corinthians, acima de tudo, é o time do povão. Atualmente, o Corinthians é plural em todas as classes sociais. Mas o maior orgulho de qualquer corinthiano é esse: ser popular. "Corinthiano, maloqueiro e sofredor, graças a Deus!", como é constantemente entoado nas arquibancadas. O primeiro presidente, Miguel Bataglia, profetizou: "O Corinthians é o time do povo, e é o povo que vai fazer o time". É a pedra fundamental para entender a identidade que formou o clube.
E como tudo que é do povo, o Corinthians sofreu. Em seu início, custou a ser aceito pela Liga da elite paulistana, composta pelas classes mais altas até então. Fato quebrado pelo campeão da várzea, que logo se incorporou ao rol da nata do futebol paulista. Menotti Del Picchia, modernista das décadas de 1920 e 1930, decretava: “o Corinthians é um fenômeno sociológico a ser estudado em profundidade”. Mal acostumado com títulos até 1954, o Corinthians amargou a maior fila entre os grandes clubes brasileiros: 23 anos. Enquanto o Santos, de Pelé, o Botafogo, de Garrincha, e a Academia de Futebol do Palmeiras ganhavam títulos atrás de títulos, o Timão – apelidado de “faz-me rir” pelos adversários no período da fila – aumentou substancialmente o número de torcedores, cada vez mais apaixonados, sofredores, maloqueiros. O que transformou a semifinal do Brasileirão de 1976, contra o Fluminense, numa invasão de esperança que dividiu o Maracanã e o título Paulistão de 1977 em uma festa sem tamanho.
Como time do povo, teve contribuição relevante no período que marcou o final da ditadura no Brasil, com a Democracia Corinthiana, algo nunca visto nos elencos do futebol tupiniquim. Um quê de socialismo em um futebol que cada vez mais germinava o capitalismo. Democrático e campeão. Um time que pelos erros em demasia de um dirigente que queria se perpetuar no clube, acabou pagando com o vexame de cair para a Série B do futebol nacional. Vexame que logo se transformou na prova de amor incondicional que a torcida teve para com o time, que voltou com estilo ao lugar de nunca deveria ter saído. Embalado pela Fiel.
Nuances de uma história que completa um centenário de vida. De um corinthianismo que nasceu em mim, filho de pai santista, na final do inesquecível Brasileirão de 1990, quando estava no ônibus e perguntei quanto estava a final: “tá 1 a 0 pro Corinthians, gol do Tupãnzinho”. Da tristeza por ter acompanhado, como torcedor e apaixonado pelo futebol, as derrotas doloridas para o arquirrival Palmeiras em 1993 (quando eles tinham um timaço) e nas Libertadores de 1999 e 2000, onde nós éramos muito mais time. O que dentro de campo, as vezes, acaba não sendo primordial, infelizmente. De enforcar o trabalho pra ver a final do Mundial de 2000, dos gritos incessantes ao ver, in loco, o gol de Ricardinho contra o Santos, em 2001 – meu momento mais intenso em estádios. Da tristeza ao ver o time ser relegado às trevas em 2007. E do orgulho de vê-lo dando a volta por cima, dando a oportunidade de ver um dos maiores jogadores da história recente envergar a camisa 9 do Corinthians – com todas as ressalvas.
Como corinthiano (e jornalista) tenho orgulho de ter vivido tais momentos. Moldaram minha paixão pelo esporte e pelo futebol. E nortearam minha jornada, já que decidi seguir a profissão por causa exatamente disso, despertado por uma paixão intensa e incondicional que se chama Sport Club Corinthians Paulista. Parabéns, Timão!
E como tudo que é do povo, o Corinthians sofreu. Em seu início, custou a ser aceito pela Liga da elite paulistana, composta pelas classes mais altas até então. Fato quebrado pelo campeão da várzea, que logo se incorporou ao rol da nata do futebol paulista. Menotti Del Picchia, modernista das décadas de 1920 e 1930, decretava: “o Corinthians é um fenômeno sociológico a ser estudado em profundidade”. Mal acostumado com títulos até 1954, o Corinthians amargou a maior fila entre os grandes clubes brasileiros: 23 anos. Enquanto o Santos, de Pelé, o Botafogo, de Garrincha, e a Academia de Futebol do Palmeiras ganhavam títulos atrás de títulos, o Timão – apelidado de “faz-me rir” pelos adversários no período da fila – aumentou substancialmente o número de torcedores, cada vez mais apaixonados, sofredores, maloqueiros. O que transformou a semifinal do Brasileirão de 1976, contra o Fluminense, numa invasão de esperança que dividiu o Maracanã e o título Paulistão de 1977 em uma festa sem tamanho.
Como time do povo, teve contribuição relevante no período que marcou o final da ditadura no Brasil, com a Democracia Corinthiana, algo nunca visto nos elencos do futebol tupiniquim. Um quê de socialismo em um futebol que cada vez mais germinava o capitalismo. Democrático e campeão. Um time que pelos erros em demasia de um dirigente que queria se perpetuar no clube, acabou pagando com o vexame de cair para a Série B do futebol nacional. Vexame que logo se transformou na prova de amor incondicional que a torcida teve para com o time, que voltou com estilo ao lugar de nunca deveria ter saído. Embalado pela Fiel.
Nuances de uma história que completa um centenário de vida. De um corinthianismo que nasceu em mim, filho de pai santista, na final do inesquecível Brasileirão de 1990, quando estava no ônibus e perguntei quanto estava a final: “tá 1 a 0 pro Corinthians, gol do Tupãnzinho”. Da tristeza por ter acompanhado, como torcedor e apaixonado pelo futebol, as derrotas doloridas para o arquirrival Palmeiras em 1993 (quando eles tinham um timaço) e nas Libertadores de 1999 e 2000, onde nós éramos muito mais time. O que dentro de campo, as vezes, acaba não sendo primordial, infelizmente. De enforcar o trabalho pra ver a final do Mundial de 2000, dos gritos incessantes ao ver, in loco, o gol de Ricardinho contra o Santos, em 2001 – meu momento mais intenso em estádios. Da tristeza ao ver o time ser relegado às trevas em 2007. E do orgulho de vê-lo dando a volta por cima, dando a oportunidade de ver um dos maiores jogadores da história recente envergar a camisa 9 do Corinthians – com todas as ressalvas.
Como corinthiano (e jornalista) tenho orgulho de ter vivido tais momentos. Moldaram minha paixão pelo esporte e pelo futebol. E nortearam minha jornada, já que decidi seguir a profissão por causa exatamente disso, despertado por uma paixão intensa e incondicional que se chama Sport Club Corinthians Paulista. Parabéns, Timão!
3 comentários:
Parabéns pelo centenário!
Abraço
Lembro do Corinthians com Ado e Zé Maria. Do Biro Biro, Basilio, Lance, Sicupira, Zé Roberto, Rivelino, Vladmir, Jairo, Russo, Ronaldo, Sócrates, Zenon, Casagrande, Palhinha, Romeu, entre outros. Pena que sempre foi um clube administrado amadoristicamente.
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