25.12.09

O time da década - Parte 1

O ano de 2009 está chegando à sua reta final e com ele, termina também a primeira década do século XXI. Tal marco dá margem para que possamos refletir sobre a equipe mais marcante desse período. O critério utilizado aqui não refletirá somente grandes conquistas dentro de campo, mas times que de alguma forma, encantaram os amantes do futebol com grandes performances. Você também pode votar em sua equipe favorita (enquete à direita da página), de acordo com os textos ou lembrar de alguma que não foi incluída nestes textos através dos comentários

Boca Juniors 2000/01 – A base xeneize era formada por nomes carimbados do futebol sul-americano, como os colombianos Oscar Córdoba e Jorge Bermudez , além de Riquelme, por exemplo. Comandados brilhantemente por Carlos Bianchi, estiveram presentes no bicampeonato da Libertadores conquistado pelo boca - que levaria também as edições de 2003 e 2007. Certamente os argentinos conquistaram as Libertadores mais difíceis desta década. Em 2000, deixou só pedreira pelo caminho, ao passar por Cerro Porteño, os eternos rivais do River Plate, o América do México e por fim, o Palmeiras de Felipão na grande final, decidida nos pênaltis em pleno Morumbi. Em 2001, voltou a comemorar o campeonato após finais eletrizantes contra o Cruz Azul do México. Ainda conseguiu conquistar o Mundial Interclubes, ao bater o Real Madrid em 2000. Além da base citada, começaram a aparecer jogadores do quilate de Palermo, Battaglia, os hermanos Guillermo e Gustavo Schelotto e Walter Samuel, entre outros.
Time-base: Córdoba; Ibarra, Bermudez, Samuel (Burdisso) e Arruabarrena (Matellán); Bataglia (Serna), Traverso, Basualdo e Riquelme; Guillermo Schelotto (Barijho) e Palermo (Marcelo Delgado). Técnico: Carlos Bianchi

Real Madrid 2001/02 – Embrião da geração galáctica, esse Real Madrid foi campeão da Champions League e do Mundial Interclubes e contava com jogadores da estirpe de Zidane, Figo, Hierro, Raúl, Roberto Carlos e na segunda metade de 2002, Ronaldo. Mesmo não conquistando La Liga naquela temporada, a equipe comandada pelo atual técnico da Espanha, Vicente Del Bosque, fez campanha fantástica no mata-mata da Champions. Reverteu a vantagem do Bayern nas quartas (1-2 e 2-0), despachou o rival Barcelona nas semis e fez uma das finais mais memoráveis da principal competição de clubes européia no estádio Hampden Park, Escócia, só perdendo em emoção para a memorável final entre Liverpool e Milan, em 2004/05. Encarando o Leverkusen de Lúcio, Ballack, Neuville e Bastürk, o Real venceu graças ao gol memorável de Zidane, ao acertar um lindo voleio em bola espirrada da esquerda em jogada de Roberto Carlos.
Time-base: César Sánchez; Michel Salgado, Hierro, Helguera e Roberto Carlos; Makelélé, Solari (Guti), Figo e Zidane; Raúl e Morientes. Técnico: Vicente Del Bosque

Santos 2002 – O embrião para o time que seria vice-campeão da América em 2003 e bicampeão brasileiro em 2004, o Santos de 2002 talvez não tivesse surgido no atual sistema de pontos corridos. Isso porque a equipe se classificou para o mata-mata na última posição, graças ao saldo de gols superior ao do Cruzeiro. A partir daí, os meninos da Vila comandados por Émerson Leão despertaram. O Peixe bateu o São Paulo, melhor da primeira fase, em grande jornada de Diego, então com 17 anos. Depois, Robinho, 18, roubou a cena na semifinal contra o Grêmio e na final contra o Corinthians de Carlos Alberto Parreira, nas célebres pedaladas contra um incrédulo Rogério. Além dos garotos prodígio, aquela equipe apresentou ao futebol brasileiro jogadores como Renato, Elano, Alex e Alberto.
Time-base: Fábio Costa; Maurinho, André Luis, Alex e Léo; Paulo Almeida, Renato, Elano e Diego (Robert); Robinho e Alberto (William). Técnico: Émerson Leão.

Cruzeiro 2003 – Sucessor do Santos na hegemonia tupiniquim, ainda detém a marca de ser o único clube brasileiro a deter a tríplice coroa nacional: Mineiro, Copa do Brasil e o Brasileirão, o primeiro da era dos pontos corridos. O ataque dos 102 gols e o time dos 100 pontos era articulado por um inspirado Alex, que municiava o atacante colombiano Aristizábal.
Time-base: Gomes; Maurinho, Cris, Edu Dracena e Leandro; Maldonado, Augusto Recife, Wendell e Alex; Márcio Nobre (Mota) e Aristizábal. Técnico: Vanderlei Luxemburgo

Arsenal 2003/04 – Primeiro campeão inglês invicto após 115 anos, a equipe montada por Arsène Wenger tinha uma base fantástica com Lehmann, Touré, Vieira, Ljungberg, Pires e Henry, além do veterano Bergkamp. Os brasileiros Edu e Gilberto Silva faziam parte daquele elenco que ficou eternizado como The Invincibles, vencendo 26 dos 38 jogos que disputou naquela liga, cravando o melhor ataque (73 gols) e melhor defesa (26 gols) da competição. A base desse time foi a mesma que chegou ao vice-campeonato europeu na temporada seguinte, quando perdeu para outra equipe ainda mais fantástica: o Barcelona de Frank Rijkaard.
Time-base: Lehmann; Lauren, Campbell, Touré (Keown) e Cole; Vieira (Parlour), Gilberto Silva (Edu), Pires, Ljungberg, Bergkamp e Henry. Técnico: Arsène Wenger.

3 comentários:

mateus disse...

po, no lugar do sanches no gol do real madrid nao eram o casillas e o cesar nao? e no lugar do preto na zaga do santos nao era o andre luis?

um abraço

mateus disse...

po, o maurinho tb era desse santos de 2002 tb! huaehuae, sem querer ficar te corrigindo, eh que foram times realmente marcantes neh? me lembro deles todos ateh hoje tambem (:

André Augusto disse...

Mateus: Tem razão quanto ao Maurinho e o A. Luis. Corrigi o texto. O Sanches é o César Sanchez, titular do real naquela temporada. Casillas ainda era banco dele naquela temporada.