Honduras passa por um delicado momento político, desde que o presidente Manuel Zelaya – empossado em 2006 – foi deposto do poder por Roberto Micheletti, no final de junho deste ano. Desde então, a crise interna pela luta de poderes no país se acirrou. Sem entrar no mérito de quem está do lado certo – toda a comunidade internacional rechaçou o golpe dado por Micheletti – os hondurenhos aguardam com apreensão o desfecho desse impasse, no qual o Brasil até tomou parte – só não se sabe se direta ou indiretamente. Claro que esse assunto não teria nada a ver com a temática do blog, se não fosse um detalhe em que cabe uma pequena analogia, (explicada ao longo deste texto): Zelaya – que negocia com Micheletti a volta à presidência do país – estabeleceu este 15 de outubro como data limite para a sua restituição ao poder. Apesar dos significativos avanços na mesa de negociações nos últimos dias, o desfecho em si ainda é imprevisível.
Quase que ao mesmo tempo em que as duas partes conflitantes tentam chegar a um consenso, a seleção do país lutava para retornar a uma Copa do Mundo após 28 anos de sua única aparição, na Espanha. As coisas tinham ficado mais difíceis para os Catrachos após o revés em casa diante dos Estados Unidos por 3-2 no último sábado, frustrando os torcedores locais que haviam feito festa durante todo o dia, confiantes no último grande passo antes da classificação. A derrota frente aos estadunidenses fez com que Honduras tivesse que vencer a eliminada El Salvador – com quem os hondurenhos têm rusgas históricas (leia aqui post do Esporte Fino sobre o assunto) – e torcer por um tropeço da Costa Rica, diante da já classificada seleção dos Estados Unidos, em Washington.
A mesma Costa Rica que tem em seu presidente, Carlos Arias, o mediador das conversas entre Micheletti e Zelaya, conseguiu o mais difícil: após acuar os Yanks e abrir 2-0, se acovardou atrás e permitiu o empate. Enquanto isso, em San Salvador, o veterano de 36 anos e maior artilheiro da equipe em todos os tempos, Carlos Pavón – que havia perdido a chance de garantir o empate no jogo anterior, ao perder um pênalti – fez o gol que classificou os Catrachos para a Copa de 2010. Não é uma equipe do porte de Estados Unidos ou México, mas possui alguns jogadores tarimbados em centros grandes do futebol europeu, como o zagueiro Waynor Figueroa e o meia Hendry Thomas (ambos do Wigan), além do habilidoso meia Wilson Palácios (Tottenham) e do veloz e arisco atacante David Suazo (Inter). Além dos "estrangeiros", tem nos experientes Pavón e Amado Guevara (foto do topo) verdadeiros ícones do futebol local.
Abafada no sábado anterior, a festa finalmente chegou na conturbada Honduras. Resta saber se ela será completada com o fim do impasse na política do país, que assim como o selecionado nacional, parece estar numa verdadeira decisão hoje. Mas com certeza, uma missão muito mais dura do que a alcançada diante pela equipe diante de El Salvador.
Abaixo, o gol da classificação de Honduras:
Quase que ao mesmo tempo em que as duas partes conflitantes tentam chegar a um consenso, a seleção do país lutava para retornar a uma Copa do Mundo após 28 anos de sua única aparição, na Espanha. As coisas tinham ficado mais difíceis para os Catrachos após o revés em casa diante dos Estados Unidos por 3-2 no último sábado, frustrando os torcedores locais que haviam feito festa durante todo o dia, confiantes no último grande passo antes da classificação. A derrota frente aos estadunidenses fez com que Honduras tivesse que vencer a eliminada El Salvador – com quem os hondurenhos têm rusgas históricas (leia aqui post do Esporte Fino sobre o assunto) – e torcer por um tropeço da Costa Rica, diante da já classificada seleção dos Estados Unidos, em Washington.
A mesma Costa Rica que tem em seu presidente, Carlos Arias, o mediador das conversas entre Micheletti e Zelaya, conseguiu o mais difícil: após acuar os Yanks e abrir 2-0, se acovardou atrás e permitiu o empate. Enquanto isso, em San Salvador, o veterano de 36 anos e maior artilheiro da equipe em todos os tempos, Carlos Pavón – que havia perdido a chance de garantir o empate no jogo anterior, ao perder um pênalti – fez o gol que classificou os Catrachos para a Copa de 2010. Não é uma equipe do porte de Estados Unidos ou México, mas possui alguns jogadores tarimbados em centros grandes do futebol europeu, como o zagueiro Waynor Figueroa e o meia Hendry Thomas (ambos do Wigan), além do habilidoso meia Wilson Palácios (Tottenham) e do veloz e arisco atacante David Suazo (Inter). Além dos "estrangeiros", tem nos experientes Pavón e Amado Guevara (foto do topo) verdadeiros ícones do futebol local.
Abafada no sábado anterior, a festa finalmente chegou na conturbada Honduras. Resta saber se ela será completada com o fim do impasse na política do país, que assim como o selecionado nacional, parece estar numa verdadeira decisão hoje. Mas com certeza, uma missão muito mais dura do que a alcançada diante pela equipe diante de El Salvador.
Abaixo, o gol da classificação de Honduras:
Um comentário:
As últimas vagas da Concacaf geralmente vão para alguém que não faz rigorosamente nada na Copa do Mundo. Jamaica e Costa Rica mostraram isso recentemente e Trinidad e Tobago só serviu para entrar na memória dos alternativos e fazer Suécia e Inglaterra passarem vergonha (o último por só ter ganho com gols no fim do jogo).
Por isso, não espero muito de Honduras. Pelo menos tem alguns nomes de maior renome do que os outros que citei, mas ainda assim não deve conseguir grandes coisas - a não ser que estejam dispostos a calar minha boca.
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