O gol 309 ratifica Raúl como o maior artilheiro da história do Real: marca que dificilmente será batida.
Toda equipe de grande porte possui uma era vitoriosa, marcante, inesquecível. Normalmente relacionadas a feitos do passado, numa era em que o futebol era mais romantizado, ofensivista e menos mercadológico. Naturalmente, os ídolos continuarão existindo, mas o ícone – o jogador que encarnava em campo o espírito do clube aliado a era vencedora – foi ficando cada vez mais raro com o passar das décadas. E nesse começo de século XXI, podemos estar testemunhando a extinção desse tipo de atleta, onde os últimos jogadores que carregam essa estirpe estão mais próximos do final de sua carreira como atletas de futebol.
Já imortalizado na história do Real Madrid, Raúl Gonzalez Blanco tem o estereótipo do ícone. Maior ídolo da equipe desde o hispano-argentino Alfredo Di Stéfano, na década de 60, Raúl representa a era de glórias contemporâneas da equipe merengue. Em quase 15 anos de carreira futebolística profissional – todos dedicados ao Real Madrid – o camisa sete conquistou seis Ligas Espanholas, três Champions League, quatro Supercopas da Espanha e dois campeonatos intercontinentais, além de inúmeros prêmios e marcas individuais: é o quinto atleta com mais jogos em La Liga (505) e o sexto maior artilheiro (216 gols, 35 atrás de Telmo Zarra, maior artilheiro da competição). É maior artilheiro de todos os tempos em competições européias (66 gols) e quebrou o recorde pertencente a Di Stéfano no último domingo, no doblete frente ao Sporting Gijón como o maior artilheiro do clube de todos os tempos, com 309 tentos (como mostra o infográfico do Diário Marca).
Curiosamente, o ídolo merengue é oriundo da categoria de base dos rivais do Atlético de Madrid, que perderam o prodígio jogador por conta de dificuldades financeiras. Debutou na equipe com apenas 17 anos e conforme foi se firmando como uma das principais peças, teve a difícil missão de substituir outro ídolo do Real com a tarja de capitão: o zagueiro Fernando Hierro. Aos 31 anos, nenhuma expulsão e histórico de poucas contusões graves, “Raúl Madrid” – como é carinhosamente chamado pelos torcedores – caminha firme para chegar mais perto de outras marcas de Di Stéfano, indubitavelmente o maior ídolo que envergou a camisa merengue. Jamais Raúl poderia ter sua técnica comparada a de Don Alfredo – apesar de se tratar de um bom jogador. No entanto, ao falarmos de Real Madrid, podemos equipará-los em importância histórica.
Jogadores como Raúl são cada vez mais raros em clubes e os poucos que existem, já beiram ou passaram dos trinta anos: Paolo Maldini, 40 anos – 25 deles dedicados exclusivamente ao Milan. Nunca nenhum outro atleta envergou tanto a camisa do Milan (mais de 1000 partidas) e defendeu a Azzurra numa Copa (2252 minutos, recorde absoluto); Javier Zanetti, 14 anos de serviços prestados a Inter; Francesco Totti e Alessandro Del Piero, sendo que Delpi – maior número de jogos e maior artilheiro com a camisa bianconera – ajudou a reerguer a Juve de uma das páginas mais negras de sua história: a queda para a Segunda Divisão italiana, por conta do escândalo do Calciocaos; Carles Puyol (Barcelona), Ryan Giggs (Manchester United) e Steven Gerrard (Liverpool), todos ícones recentes de fases vitoriosas de suas equipes. No Brasil, cada vez mais colônia no cenário clubístico, Marcos e Rogério Ceni – ambos goleiros – se adequam a um perfil que se é cada vez mais raro no exterior, certamente morrerá por aqui quando os dois não puderem mais envergar as camisas de Palmeiras e São Paulo.
O processo é irreversível. O futebol das cifras estratosféricas e dos mecenas que ambicionam montar esquadrões vai na contramão desse tipo de jogador, onde a identificação fala mais alto do que qualquer outra coisa. Por isso, temos que nos deleitar ao ver esses atletas continuarem quebrando marcas do passado. e do presente Aproveitar enquanto podemos ver ao vivo esses jogadores em ação. Porque essa próxima geração de craques que está se consolidando como grandes atletasno futebol contemporâneo – Cristiano Ronaldo, Messi, ou mesmo Kaká - dificilmente terão suas feições associadas a história um clube, tal qual ainda ocorre hoje em dia, como a dos exemplos citados acima.
Já imortalizado na história do Real Madrid, Raúl Gonzalez Blanco tem o estereótipo do ícone. Maior ídolo da equipe desde o hispano-argentino Alfredo Di Stéfano, na década de 60, Raúl representa a era de glórias contemporâneas da equipe merengue. Em quase 15 anos de carreira futebolística profissional – todos dedicados ao Real Madrid – o camisa sete conquistou seis Ligas Espanholas, três Champions League, quatro Supercopas da Espanha e dois campeonatos intercontinentais, além de inúmeros prêmios e marcas individuais: é o quinto atleta com mais jogos em La Liga (505) e o sexto maior artilheiro (216 gols, 35 atrás de Telmo Zarra, maior artilheiro da competição). É maior artilheiro de todos os tempos em competições européias (66 gols) e quebrou o recorde pertencente a Di Stéfano no último domingo, no doblete frente ao Sporting Gijón como o maior artilheiro do clube de todos os tempos, com 309 tentos (como mostra o infográfico do Diário Marca).
Curiosamente, o ídolo merengue é oriundo da categoria de base dos rivais do Atlético de Madrid, que perderam o prodígio jogador por conta de dificuldades financeiras. Debutou na equipe com apenas 17 anos e conforme foi se firmando como uma das principais peças, teve a difícil missão de substituir outro ídolo do Real com a tarja de capitão: o zagueiro Fernando Hierro. Aos 31 anos, nenhuma expulsão e histórico de poucas contusões graves, “Raúl Madrid” – como é carinhosamente chamado pelos torcedores – caminha firme para chegar mais perto de outras marcas de Di Stéfano, indubitavelmente o maior ídolo que envergou a camisa merengue. Jamais Raúl poderia ter sua técnica comparada a de Don Alfredo – apesar de se tratar de um bom jogador. No entanto, ao falarmos de Real Madrid, podemos equipará-los em importância histórica.
Jogadores como Raúl são cada vez mais raros em clubes e os poucos que existem, já beiram ou passaram dos trinta anos: Paolo Maldini, 40 anos – 25 deles dedicados exclusivamente ao Milan. Nunca nenhum outro atleta envergou tanto a camisa do Milan (mais de 1000 partidas) e defendeu a Azzurra numa Copa (2252 minutos, recorde absoluto); Javier Zanetti, 14 anos de serviços prestados a Inter; Francesco Totti e Alessandro Del Piero, sendo que Delpi – maior número de jogos e maior artilheiro com a camisa bianconera – ajudou a reerguer a Juve de uma das páginas mais negras de sua história: a queda para a Segunda Divisão italiana, por conta do escândalo do Calciocaos; Carles Puyol (Barcelona), Ryan Giggs (Manchester United) e Steven Gerrard (Liverpool), todos ícones recentes de fases vitoriosas de suas equipes. No Brasil, cada vez mais colônia no cenário clubístico, Marcos e Rogério Ceni – ambos goleiros – se adequam a um perfil que se é cada vez mais raro no exterior, certamente morrerá por aqui quando os dois não puderem mais envergar as camisas de Palmeiras e São Paulo.
O processo é irreversível. O futebol das cifras estratosféricas e dos mecenas que ambicionam montar esquadrões vai na contramão desse tipo de jogador, onde a identificação fala mais alto do que qualquer outra coisa. Por isso, temos que nos deleitar ao ver esses atletas continuarem quebrando marcas do passado. e do presente Aproveitar enquanto podemos ver ao vivo esses jogadores em ação. Porque essa próxima geração de craques que está se consolidando como grandes atletasno futebol contemporâneo – Cristiano Ronaldo, Messi, ou mesmo Kaká - dificilmente terão suas feições associadas a história um clube, tal qual ainda ocorre hoje em dia, como a dos exemplos citados acima.
3 comentários:
Nunca achei Raul essas coisas.
André, vou mudar o Blog do PP de endereço. Vou trocar o Uol pelo Blogspot. Se puder ir lá fazer uma visita, ficarei grato! Abraço, PP
http://ppresotto.blogspot.com/
As vezes me parece que o futebol se tornou apenas um meio pra se conseguir "carrões e loironas". Os casos citados vão um pouco na contra mão, mas o problema é que os proprios clubes já incorporaram o padrão mercadológico, que não favorece um comportamento mais "apaixonado" por parte dos jogadores. Tomara que um dia essa lógica perca a razão de ser, pra podermos presenciar novamente o já quase esquecido "futebol arte".
Bjs,
Postar um comentário