Início de returno com o pé direito
Sete jogos. Cinco vitórias, um empate e apenas uma derrota. Certamente nem mesmo o torcedor esmeraldino imaginaria que o Goiás começaria o segundo turno do Campeonato Brasileiro de maneira tão irresistível.
Depois de apresentar um futebol apático durante boa parte do primeiro turno, rondando por várias vezes a Zona do Rebaixamento, o clube esmeraldino já dá sinais de que o descenso é quase impossível, e até a Libertadores é um sonho, agora, alcançável. Hoje, a grande pergunta é: como um time que termina a primeira fase em uma zona intermediária, hoje tem a melhor campanha do returno, com 76,19% de aproveitamento?
Acredito que boa parte destes méritos pertencem à diretoria goiana. Dentre todos os outros competidores, nenhum outro soube, durante o torneio, reforçar-se tão bem em seus setores mais carentes. Sem fazer loucuras, o Verdão arrumou seu plantel com nomes pouco aproveitados em suas ex-equipes, como Iarley ou Fahel, ou com jovens promessas, como Fausto (ex-Linense).
Outra mudança crucial para a melhoria do desempenho foi a vinda do treinador Hélio dos Anjos. Diferentemente de seu antecessor Vadão, que preferia o 4-4-2, o técnico monta o Goiás num 3-5-2 que, por muitas vezes, torna-se um falso 3-4-3.
Outra mudança crucial para a melhoria do desempenho foi a vinda do treinador Hélio dos Anjos. Diferentemente de seu antecessor Vadão, que preferia o 4-4-2, o técnico monta o Goiás num 3-5-2 que, por muitas vezes, torna-se um falso 3-4-3.
Com a nova tática, os esmeraldinos acertaram sua outrora problemática defesa, que nas primeiras rodadas tomou 11 gols em três jogos (3 deles de Grêmio e Vitória e outros 5 do Atlético-PR). Ernando, prata-de-casa e único titular absoluto da zaga, amadureceu e já aparece como uma grata surpresa do setor.
Com três beques, o futebol dos laterais Vítor e Júlio César cresceu. Sem a necessidade de voltarem tanto, não é raro ver algum dos dois dentro da área pronto para finalizar. Essa mudança também favoreceu o futebol de Paulo Baier. Quando atuava ao lado de outro meia, geralmente Evandro (hoje no Palmeiras), o veterano perdia-se e ocupava os mesmos espaços de seu companheiro. Hoje, tem mais liberdade para atacar.
Na frente, os experientes Romerito e Iarley posicionam-se muito bem, tornando-se muito mais perigosos do que os outros atacantes testados (Alex Terra, Rinaldo, Schwenk...). Isso sem falar dos novos valores que surgem como opção quando a partida está dura, como o armador Felipe ou o avante Anderson Gomes.
Na frente, os experientes Romerito e Iarley posicionam-se muito bem, tornando-se muito mais perigosos do que os outros atacantes testados (Alex Terra, Rinaldo, Schwenk...). Isso sem falar dos novos valores que surgem como opção quando a partida está dura, como o armador Felipe ou o avante Anderson Gomes.
Com tudo isso, não quero afirmar que o Goiás é o melhor time do Brasil ou algo parecido. Mas em tempos de “vacas magras”, em que é raro algum clube gastar muito em alguma contratação, vale a pena os dirigentes darem uma olhada nesse Goiás, que numa recuperação semelhante em 2003, revelou ao Brasil Araújo, Grafitte, Dimba e companhia.
4 comentários:
Se o Goiás beliscar uma vaga na Libertadores, não vou me surpreender.
O Goiás está se especializando em arrancadas... já teve ano que fez a mesma coisa. Em compensação, no ano passado a "arrancada" foi pra baixo, e só nao caiu pq o juiz mandou voltar os penaltis do Paulo Baier. O Flamengo teve uma arrancada parecida no ano passado, e conseguiu a vaga na Libertadores
Primeiramente, muito bom o seu blog.
Sobre o Goiás, tem a melhor campanha do segundo turno, com 16 pontos ganhos em 21 disputados. O técnico Hélio dos Anjos está acertando esse time do Goiás. Pra mim, o Goiás vai brigar também por uma vaga na Libertadores.
boa análise do goiás, que realmente conseguiu tirar leite de pedra. E fez bem em querer ficar com o romerito e não liberá-lo novamente para o sport.
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